DESTEMIDOS

CAPÍTULO 11 - SR. MACHADO

Se passaram dois dias desde de que recebemos as informações sobre ele.
Durante este tempo aconteceu algumas coisas, sendo uma delas o plano de Alaiov para enganar o Sr. Machado e conseguir sua confissão.
Devo acrescentar que gostei da ideia dele, os meninos o mesmo. Enquanto que Mirella não deu uma palavra sobre o assunto. Neste dois dias ela parece estar dispersa. E anteriormente ela pediu para deixá - la sozinha.

Sem enrolação, Alaiov chamou Miguel e William para ajudar ele no plano.

"Foi por isso que eu disse que eles gostaram da ideia"

Eles estão trabalhando juntos na criação de um falso coração de esmeralda. Que terá a aparência igual do verdadeiro, pois está sendo feito da pedra. Mas o resultado de quando tomar o líquido que foi colocado pelos três dentro do coração, terá o efeito parecido do real. Porém só irá durar alguns minutos.

"Provavelmente quando ele tomar e se sentir forte, acabará nos atacando. Se isto acontecer não precisaremos nem fazê - lo confessar"

Todavia o fato mais importante aconteceu ontem, quando decidi explorar os cômodos do palácio.

Eu já tinha contado quinze lugares onde havia entrado, e foi no décimo sexto local que entrei, onde descobri o passado do nosso criminoso.
O cômodo me surpreendeu com sua beleza. Dos dois lados dele havia cerejeiras floridas, com espaço de mais ou menos um metro uma da outra. Contendo entre elas espelhos médios redondos flutuantes.
E na parte da frente do cômodo, tinha uma estátua de uma mulher rodeada por água congelada.

Observei cada um dos dez espelhos de perto, e todos eles não refletiram a minha imagem.

— Que estranho.

E de trás de mim subitamente, ouvi o barulho familiar de um vaso sendo quebrado. Me virei para o lado de onde o som havia vindo, e deparei com a estátua viva observando - me.
A água antes congelada, agora a rodeava fazendo muitas curvas.
Eu queria sair dali correndo, mas meu corpo permaneceu imóvel.

"Vamos Hanna, toma coragem e diz alguma coisa"

— Er... Oi...
— O que você quer saber?
— Como?
— Sempre que entram aqui, é porque precisam ter algumas explicações.
— Então... Você é uma sábia?
— Não, eu sou a guardiã destes espelhos. Cada um deles tem uma função única, se der sorte escolherá o que procura.
— Na verdade eu entrei aqui por acaso, não procuro nada.
— Entendo... Porém já que entrou, por que não tenta? Talvez descubra algo novo.
— Está bem, mas o que cada espelho faz?
— Infelizmente para todos os que vêem aqui, esta pergunta é a que não devo responder.
— Isso não é um pouco injusto?— Muitas coisas são injustiça. Dependendo de quem julga, a justiça pode se tornar injusta.

Resolvi encerrar aquele assunto ali, e escolher um espelho.
Acabei apontando para o terceiro a direita.

— O que este mostra?
— Este espelho traz as mais recentes e também antigas memórias, sendo elas dolorosas ou alegres para quem as busca.
— Então eu devo perguntar diretamente a ele?
— Sim, procure perguntar com sabedoria.

Assim que ela terminou a sua explicação, tornou a voltar na forma da estátua.
Pensei em que poderia perguntar por um longo tempo, até me lembrar sobre a função do espelho.