- Michael! - ouvi uma voz distante.
- MICHAEL! - ouvi mais perto dos meus ouvidos, reconhecendo a voz.- ACORDAAAAA!
Tentei ignorar mais uma vez a sua delicada mas voz oportuna, escondendo a minha cabeça debaixo da almofada. Gosto dela e tudo isso mas um gajo também precisa de dormir. Senti o seu corpo a saltar em cima do meu, fazendo-me gemer em dor.
- Vá bela adormecida. - ouvia dizer e tirou a almofada da minha cara.- Só as avózinhas é que dormem a está hora.
Por momento olhei para a sua cara que raramente se via por causa dos seus cabelos sempre despentiados mas desta vez estavam presos num rabo de cavalo, deixando ver os seus olhos azuis que se destacavam pela sua pele perfeitamente branca. Um sorriso perdominava nos seus lábios, talvez por me estar a aborrecer-me ou simplesmente por estar com a minha t-shirt dos Sex Pistols, o que a fazia ainda mais frustrantemente sexy.
- Vai para o caralho. - soltei aborrecido, voltando a por a almofada na cara.
- Então este corpito vai ter com o Calum. - ouvi-a dizer provocativamente enquanto sentia o peso do seu corpo a desnivelar.- Assim ele leva-me ao concerto.
Rapidamente me sentei na cama e puxei-a de volta, sentando-a no meu colo com as pernas á volta da minha cintura. Ela olhou-me nos olhos mas eu simplesmente fixei os meus olhos no seu pescoço curvilíneo, completamente descoberto pelo colarinho largo da t-shirt.
- Que se foda o Calum. -sussurrei ao aproximar a minha boca do seu pescoço.
Rapidamente pousei uma mordidela no seu pescoço, sentindo rapidamente como reação as suas mãos a arranhar a minha nuca. Afastei-me e observei a sua pele pálida a formar uma pequena mancha na zona afetada.
- Tu és minha. - sussurrei apenas desta vez pousando um beijo delicado no seu pescoço, o que a fez soltar um pequeno gemido.
- EW! - ouvi, fazendo-me desviar do pescoço dela para ver um Ashton enojado.- Á minha frente não.
- A tua sorte é não estarmos os dois na cama. - declarei, dando um ultimo beijo leve no seu pescoço, largando-a e passando pelo Ashton em direção á mini cozinha que existia no quarto.
- Tu é que quiseste partilhar o quarto connosco. - ela disse aproximando-se do Ashton e beijando-lhe levemente na cara, o que o fez pousar a mão na curva das suas costas.- Bom-dia.
- Bom-dia. - respondeu-lhe ele de volta, o que me fez fazer uma careta de enojado enquanto mastigava o meu pequeno almoço.
Não é que eu não goste que ela se dé bem com os meus melhores amigos. O problema é que eles têm um cerebro o que os faz pensar, o que lhes manda hormonas que chegam á pila, o que lhes cria certos 'impulsos', que faz ás suas mãozinhas mexer em sitios 'interditos á entrada de estranhos ao serviço' se é que me estão a entender.
- Bem, vou deixar-vos estar. - afirmou o Ash, andando até á porta e piscando-me o olho, o que me fez duvidar do que ele ia dizer a seguir.- Vejam lá não queremos mais membros na banda.
Quando finalmente fechou a porta, observei a cara da Amanda a ficar vermelha mas tenho de admitir também estava a sentir a minha pele a aquecer.
- Não ligues o Ash não sabe o que diz. - afirmei, elevando-me da mesa e pousando o prato no lava-loiças.
Ela limitou-se a abanar a cabeça negativamente dirigindo-se ao espelho que se encontrava perto do móvel da entrada. Limitei-me a sentar-me na cama, a observa-la a ver-se ao espelho. Começou por examinar o seu pescoço, vendo a mancha vermelha que agora se encontrava lá e o que sinceramente me fez sorrir para mim própio pelo bom trabalho. Virou o corpo de perfil e pousou a mão na sua barriga e prosseguindo a encolhe-la num movimento brusco.
Não acredito que ela se acha gorda. Observei-a desta vez a olhar para mim pela superficie refletora á minha frente, esboçando-me um sorriso fraco que rapidamente se desvaneceu quando ela elevou uma sobrancelha.
- Sou demasiado Fab para teres pena de mim. - declarou, abrindo o fecho da sua mala e virou-se para mim.- Agora, veste-te Gordon!
Sorri levemente para mim própio enquanto tirava umas skinny jeans pretas, uma t-shirt e uma camisa aleatória também da minha mala.
Elevei a minha cabeça em direção a cadeira onde ela estava sentada mas já não se encontrava lá, decidi procurar uma casa de banho mas nem nenhum sinal dela.
- Á minha procura Clifford? - ouvi uma voz irritantemente familiar, vinda detrás de mim. - Namorado Stalker, já é demais para ti.
Franzi o sobrolho na sua direção, talvez seja um bocadinho stalker mas é que quando ela não está ao meu lado, é como que se um sentimento de descordenação se apoderasse do meu corpo, sem ela sinto-me perdido.
- Fala a namorada desnaturada e inalfabetizada que não sabe a diferença entre stalker e preocupação de uma pessoa maravilhosa como eu. - gozei, passando por ela em direção ao corredor, pegando na chave e no meu telemóvel.
- Seu convêncido de um raio. - sussurou, enquanto pegava no seu telemovel ao meu lado. - És mesmo irritante Gordon.
- Mas tu gostas. - afirmei, piscando-lhe o olho.
- Quem te disse que eu gosto de ti? - perguntou-me com um olhar superior.
- Amanda...- suspirei desiludido.
As suas feições desfaleceram, assim que percebeu a minha reação. Como é que ele me poderia ter feito isto? Nunca esperei isto dela. A Amanda sabe o que é que eu sinto sobre nós e tudo mais.
Observo os seus lábios a abrir para articular palavras mas rapidamente saio pela porta já aberta, bruscamente fechando-a na sua cara. Acelarei o passo assim que andava pelo corredor e o barulho dos passos leves dela em corrida atrás de mim acompanhados com a sua voz encharcada em aflição a chamar o meu nome.
Aumentei a velocidade e mal virei a esquina, deixei de ouvir a sua voz e os seus passos. Não lhe queria fazer isto, não a queria deixar para trás mas já o fiz e não tenho tempo para me arrepender. Passei a mão direita pela minha bochecha, sentindo lágrimas que rapidamente me obriguei a suprimir.
Querida Amanda,
Odeio-te tanto quanto te amo. Tanto me fazes sorrir como chorar e por causa disso, eu odeio-te. Odeio-te por te amar demasiado.
Sem ti sinto-me perdido,
X Michael.
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DEAR AMANDA, • mgc (EM EDIÇÃO)
FanficAmanda na sua infância trocava cartas com um misterioso remetente que dava pelo nome de "M" através de um projeto escolar de penpals;. Após anos de trocas de cartas, o "M"; deixa de responder misteriosamente. Nos seus dezoito anos, Amanda volta rece...