capítulo 19

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- É uma pena que a tenham conhecido em dia de arder.- disse Dumbledore, passando para trás da secretária.- Normalmente é muito bonita, com uma plumagem muito melhor. São criaturas fascinantes, as Fênix. Podem transportar cargas pesadíssimas e as suas lágrimas têm propriedades curativas e são extremamente fiéis aos donos.

Dumbledore sorriu para Joana e Harry que ouviam Dumbledore com toda a atenção.
Nesse momento Hagrid entra no gabinete bruscamente.

- Não foi o Harry, professor Dumbledore.- disse, aflito.- Estive falando com ele segundos antes do ataque, ele não teve tempo, professor...

Dumbledore tentou dizer alguma coisa mas Hagrid continuou a falar, abanando um galo que ele tinha na mão.

- Não pode ter sido ele. Eu juro na frente do Ministro da Magia, se for preciso... Tem o garoto errado, professor.- e então Hagrid repara na presença de Joana.- e a garota errada também! Eu sei que eles nunca fariam nada disto...

- Hagrid!- Interrompeu Dumbledore, elevando a voz.- Eu não penso que o Harry ou a Joana tenham atacado aquelas pessoas.

- Oh! Certo, então eu espero lá fora, Diretor.

E saiu com ar envergonhado.

- O senhor não acha que fomos nós?- perguntou Harry.

- Não, Harry, não acho. Mas mesmo assim gostaria de falar convosco.

Eles esperaram ansiosamente enquanto o diretor os observava.

- Tenho de saber apenas uma coisa. Há alguma pergunta que algum de vocês queiram me fazer, qualquer que ela seja?

Joana começou a pensar assim como Harry. Ela se lembrou da poção Polissuco, do facto de ela saber falar a língua de cobras, das suas perdas de memória, dos seus estranhos pesadelos. Definitivamente ela tinha muitas perguntas mas assim como Harry apenas lhes saíram estas palavras.

- Não. Não há nada professor.- mentem

- Muito bem, então podem ir.

E os dois saíram do gabinete. Mas assim como eles haviam mentido sobre algo, Dumbledore havia feito o mesmo.

Ambos foram para fora do castelo e se sentaram os dois num banco que estava lá perto

- Você tinha perguntas a fazer não tinha?- pergunto Harry a Joana.

- Sim... E muitas. E você?

- Também. Como é que nós conseguimos falar Serpentês? E quem abriu a Câmara da primeira vez?

- Uma das minhas era essa do Serpentês. Outra era o porquê que eu andava com problemas de memória assim de repente. Afinal, como é possível não me lembrar de ter ido até aquele corredor?- disse Joana com um pouco de tristeza e irritação por isso.

- Pois, não sei mas vamos descobrir, vai ver.- disse Harry pondo a sua mão na da amiga tentando confortar ela .

O ataque a Justin e a Nick transformou o que até então era nervosismo em verdadeiro pânico.

- Por este andar vamos apenas ficar nós os quatro, o Malfoy, o Goyle e o Crabbe a ficar cá no Natal. Com toda a gente a querer ir para casa.- disse Ron

Nos dias antes das férias as piadas de Fred e George ficavam cada vez mais frequentes. Andavam sempre a provocar Harry a dizer que ele era o Herdeiro e se achavam muito divertidos. Mas as suas piadas pareciam ofender Draco Malfoy.

- É porque está ansioso por dizer que é mesmo ele.- disse Ron.- Sabem como ele detesta que alguém o ultrapassasse e você está recebendo todo o crédito pelo seu trabalho.

- Cala-se com isso Ron!- disse Joana irritada.- Você não sabe se é ele. Não tem provas para saber se é ou não!

- Não por muito tempo.- disse Hermione com uma voz satisfeita.- A poção Polissuco está mesmo quase pronta. Um dia destas durante as férias arrancamos a ele a verdade!- e se virando para Joana.- Continua sem querer tomar a poção?

- Claro que sim. Já vos disse que nunca faria ao Draco uma coisa destas.

Finalmente o período tinha acabado.
Joana adorou a tranquilidade da torre dos Gryffindor. Fred, George e Ginny tinham preferido ficar na escola a ir ao Egito visitar Bill.
Então eles os três, mais Joana, Harry, Ron e Hermione ficavam às vezes na sala comum a jogar às Explosões sossegados sem incomodar ninguém

A manhã do dia de Natal trouxe muita neve. Joana acordou e viu Hermione debruçada na poção com o ar felicíssimo.

- Ah.- Hermione reparou que Joana tinha acordado.- Bom dia Joana! Feliz Natal!- Hermione pegou num embrulho que ela tinha debaixo da cama e o entregou a Joana.

- Feliz Natal Hermione! Obrigada. Toma o seu presente.- e entregou outro embrulho a Hermione

Joana abriu o seu presente. Era uma linda agenda.

Depois Joana e Hermione vestiram se pegaram nos seus presentes que eram para Harry e Ron e foram até ao dormitório masculino.
Como só lá estavam os dois Joana disse bem alto.

- Acordem!

- Joana? Hermione?- disse Harry acordando

- O que estão fazendo aqui?- perguntou Ron

- Feliz Natal para você também!- disse Hermione rindo.

- Feliz Natal.- disseram os dois em coro.

Entregaram os presentes uns aos outros e depois Hermione informou

- A poção está pronta!

- Tem a certeza?- perguntou Harry

- Sim. E se vamos mesmo usar ela, acho melhor esta noite.

Harry e Ron concordaram. Joana não disse nada.

- Tenho aqui cabelos do Crabbe, do Goyle e de uma menina dos Slytherin. É hoje que vamos descobrir a verdade.

Se dirigiram até ao Salão Nobre para tomar o pequeno almoço. Não havia muita gente.
Joana passou quase todo o café da manhã calada. Não parava de pensar no plano dos amigos.
Ela tinha quase certeza de que não podia ser Draco. Mas e se fosse mesmo ele? O que poderia acontecer?

✩Joana Frost✩ [2]Onde histórias criam vida. Descubra agora