ela guarda prints de conversa com eles, conversas essas fúteis para nós, mas talvez não para o coração dela. acho que ela já imaginava que tudo iria acabar, que era tolice.
ela lia as conversa, os texto, como se quisesse que o tempo voltasse atrás. ou talvez ela não? existe saudade no olhar dela, mas —não sei se pode ser coisa da minha cabeça, ou não — eu acho felicidade lá no fundo, livramento, arrependimento de algum dia ter se entregado com todo o seu ser para garotos sem conteúdo, vazios.
eu não tenho uma opinião concreta sobre o amor, não sei se o amor que sinto por a minha irmã é o mesmo que posso sentir por outra pessoa. acho que não posso opinar sobre algo que não sei o que é. mas o pouco que sei é, que ele pode te confortar, te aquecer, como em uma tarde ensolarada de verão. mas também te matar, de destruir, te iludir.
vemos nos livros, filmes, séries um amor tão belo, gracioso. mas porq com a gente —comigo— ele é um desgaste, um fardo? hm, que amor? eu tenho medo de amar alguém e não ser amada, mas nunca namorei ou tive algum tipo de relação com alguém.
talvez eu tenha medo de ficar que nem ela, guardando lembranças de uma perda de tempo —na minha opinião —, de um amor de verão, passageiro. ser machucada.
eu só quero alguém que me ame da maneira quê sou; o caos. mas eu também posso ser a sua salvação, pelo menos, eu quero ser.
isso é doloroso.
bom, eu escrevi isso no começo desse ano e logo após, conheci uma menina. fizemos juras de amor como duas desconhecidas desesperadas. ela enchia a boca falando que gostava de mim e falou estar apaixonada por mim para um menino. eu sempre fui confusa e não entendia o que sentia. se passou uma semana e ela me pediu em namoro, eu meio que recusei. fazia uma semana que nos conhecíamos, estava meio óbvio o porquê recusei. enfim, passou, sei lá, dois meses talvez, e as coisas começaram a estranhar por parte dela. ela gostava de outra. me pediu desculpa por não manter as promessas. mas eu não a culpo, duas desesperadas, entorpecidas querendo um amor, será de ser esperar da minha parte que não desse certo. moral disso tudo: não falei mais com ela, tô meio traumatizada e se entrar no spirit —onde nos conhecemos — me lembro de tudo e parece que ela sabe que tô por lá, por isso não tô mais entrando tanto. vamo ri pra não chorar