Troublemaker

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E lá estava Sana mais uma vez sentada na ponta da bancada de bebidas sozinha em uma das festas de milionários que sua mãe e o marido dela amavam fazer. Elas sempre foram uma família rica, ela já estava acostumada a esse tipo de ambiente, mas com certeza sua vida ficou muito mais agitada depois do segundo casamento de sua mãe. O homem era ótimo pra ela e eles se davam muito bem desde o início, mas ele tinha um sério problema: uma filha que veio de brinde e acabou com sua paz de espírito.

Desde a primeira vez que ela pôs os olhos em Dahyun ela sabia que aquilo não daria nada certo. Não porque ela não tenha gostado do que viu, longe disso. Era o oposto. Ela havia gostado demais do que viu ali.

E que inferno era aquela garota.

Mesmo de longe Sana não conseguia parar de olhar pra ela. Tinha algo de hipnotizante no rosto extremamente expressivo da coreana. E, para ajudar, ela estava especialmente deslumbrante naquele terninho curto e exageradamente sensual para um evento em casa, mas quem já a conhecia há tanto tempo quanto Sana não se surpreendia mais com as roupas dela.

Sana praguejou e cobriu o rosto com as mãos para disfarçar a expressão de raiva quando percebeu que, por se distrair com seu vinho por alguns segundos, tinha perdido Dahyun de vista. Onde aquela praga foi parar agora?

Sua resposta não demorou para chegar.

- Tá perdida em casa, irmãzinha?

Filha da puta

Sana estremeceu ao ouvir sua voz falando essa maldita palavra em seu ouvido. Ela havia se aproximado de suas costas sem Sana perceber, e agora estava com corpo inteiro colado ao seu e a boca insuportavelmente próxima a seu ouvido.

- Aparentemente eu tô é perdida no inferno. Dahyun, você pode só parar de me chamar assim, por favor?

- Por que, xuxu? Só porque não somos parentes de sangue não significa que não podemos nos considerar.

Uma das mãos de Dahyun parou na cintura de Sana enquanto a outra acariciava seus cabelos, sem deixar, é claro, de passar delicadamente por sua nuca e fazer seu corpo inteiro arrepiar. Maldito dia que ela deixou escapar como sua nuca era sensível.

- Acho que a vida decidiu pela gente que eu nunca vou ser sua "irmãzinha".

- Só porque você é mais velha?

A japonesa virou o rosto para encarar Dahyun da forma mais fria que pôde.

- Não é possível que você seja tão cínica.

- E quando "a vida" decidiu isso então, posso saber, meu bem?

Quando eu fui idiota o suficiente para achar que você era uma boa ideia.

A coreana falou isso com a cara mais lavada do mundo e já foi se sentando no banco a sua frente. Se acomodou de forma a fazer o maior contato possível entre suas coxas e as dela. Dahyun bem sabia como Sana gostava de seu corpo, especialmente de suas coxas.

- Talvez quando eu te fiz gozar a primeira vez. Nessa cozinha bem aqui, aliás. Com você encostada nesse mesmo balcão.

- Eu lembro bem Foi maravilhoso.

Esse sorriso.

Esse maldito sorriso que ela dá toda vez que quer alguma coisa é simplesmente irresistível.

Dahyun aproximou mais ainda o rosto do de Sana, sem perder o contato entre suas pernas e continuou a falar no mesmo tom neutro e pleno de sempre.

- Certamente esse é um momento que eu nunca vou esquecer, mas acho que o meu favorito sempre vai ser a primeira vez que você usou uma cinta comigo, lembra? Foi a melhor surpresa que eu já recebi, eu acho.

Troublemaker - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora