Hora 15.

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Merda, merda, merda! O que ele ta fazendo aqui? Mas que merda.
Ele não tinha nada o que fazer aqui, eu já tinha tudo planejado e ele estragou tudo. Exatamente tudo!
Merda João. Que merda! Cacete João, cacete.
Joguei água no rosto, senti todo meu corpo tremer de raiva, me apoiei na pia escutando a água correr joguei mais um pouco no rosto sentindo as lágrimas querendo descer.
-Rafa? Ouvi sua voz abrindo a porta, puxei-a para dentro abraçando e beijando seu rosto.
-Me desculpe. As lágrimas desciam pelo meu rosto agora. -Me desculpe eu não sabia que ele estaria aqui...
-Não tem probelma. Ela sorriu, mas as lágrimas já desciam pelo seu rosto também.  -Não tinha como você saber Rafa.
-Isso não muda nada Gi, eu ainda vou me separar dele e eu ainda vou te esperar, eu vou sempre te esperar meu amor.
Gi não disse nada apenas me beijou, me beijou com vontade, com desejo. Me beijou ignorando que nossos filhos e meu marido estavam a poucos metros de nós, como se ainda estivessemos no quarto 41, Gi me apoiou sentada na pia e abriu sem muita dificuldade minha camisa descendo os beijos para meus peitos, arfei inclinando minha cabeça para trás, já senti saudade dela em mim, seus toques principalmente quando distribuia seus beijos abaixo da minha cintura.
Mas ao mesmo tempo, a sesanção de toca-la... Sentir seu corpo molhando de saber que havia sido eu. Eu quem havia feito aquilo, que havia feito-a gemer da mesma forma que ela fez, de sentir o gosto e todas as suas texturas, era diferente de tudo o que eu havia tocado antes e era simplesmente maravilhoso.
Desci da pia ainda beijando-a e a empurrei contra a parede. Eu queria poder te-la novamente em minhas mãos. Apertei seu peito e ela gemeu na minha orelha, me abaixei um poucou para ficar em sua altura e levei minha mão novamente na barra de seu vestido, brincando agora com o elastico de sua renda branca. Ela estava quente e molhada. E eu não iria me acostumar com isso. Não tinha como me acostumar com nada disso, entrei em sua renda e ela arfou apertando meu peito e cravando suas unhas em minhas costas.
-Diz que você vai se divórciar dele. Ela sussurou gemendo.
-Gizelly, eu sou toda sua e só sua.
Ela gemeu novamente não soube dizer se foi pelo movimento da minha mão ou pela minha fala, minhas lágrimas ainda ardiam em meus olhos e os dela ainda estavam marejados. Senti vontade de dizer quão linda ela é, quão perfeita e que eu sempre a esperarei, pois não tinha razão estar com outra pessoa se era ela quem eu amava.
-Mãe? Ai meu Deus mãe!
Gizelly me empurou tirei a mão de dentro dela o mais rápido para cobri meu peito amostra, fechando minha camisa o mais rápido possivel.
Julia estava parada com a porta aberta e os olhos arregalados, olhava para nós duas.
-Julia não é isso que você está pensando.
-A não mãe? O que é então? Ela gritou.
Me afastei encostando-me na parede, meu deus que vergonha? E se ela falasse algo para Junior?  Ai meu deus ela viu a mãe transando no banheiro do restaurante da faculdade dela. Meu deus, o que eu estava me tornando?
-Fecha a porta Julia, entra, deixa a mãe explicar.
-Foi por isso que não tivemos mais noticias de vocês?
-Ju... Gizelly começou a falar, as lágrimas caindo novamente. -Filha eu...
Julia olhava com os olhos acusatórios para as duas, Gi estava destruida.
-Julia, é culpa minha. Falei puxando Gi para trás de mim em instinto. -Eu quem seduzi sua mãe...
-Não. Gi falou. -Nós acabamos nos apaixonando filha.
-De qualquer forma eu fui a culpada, não era para ele ter vindo eu já tinha planejado tudo. Falei agora não mais para Julia apenas, falei agora olhando para Gi também, me explicando para ela.
"Eu iria passar o dia com vocês, nós três iriamos nos conhecer melhor e quando eu chegasse em casa depois de deixar você em casa iria sentar com ele e explicar tudo. Explicar que os papéis do divórcio já estão prontos, que eu não podia mais estar casada com ele e que por anos eu me mantive dentro do armario com medo de tudo o que poderia acontecer... Iria explicar para ele que por mais que o amasse, eu havia encontrado a felicidade de verdade e que não era culpa dele eu só não tinha me aceitado."
Julia ficou em silêncio e era pior do que se ela estivesse gritando com a gente. Grita Julia. Fala alguma coisa. Julia se aproximou e meu corpo se retraiu, com medo do que viria, sem imaginar que ela me abraçaria.
-Desculpa gritar com vocês. Julia puxou a mãe para o abraço. -Só fiquei traumatizada de pegar minha mãe com a mãe do meu amigo transando.
-Ai meu deus Julia. Gizelly riu. -Não tinha outra coisa para falar?
-Eu só quero que saiba que eu fui muito bem criada para saber que deve ser muito dificil a sua decisão e fico muito feliz que você tenha tido a coragem de poder finalmente ser quem você é.
-Obrigada Julia.
-Obrigada filha.
-Agora lavem essa mão pelo amor de deus, temos que manter as aparencias até o divórcio sair...

One Day. (Girafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora