Susan Broom

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Mesmo que Joshua não fosse se lembrar disso ,ele estava no meio de uma conversa sobre como as ostras interferiam no mercado de ações quando foi interrompido por uma música, não sabia de onde vinha, mas era familiar, ele se sentou na cama ao perceber que se tratava da música do seu despertador, olhou ao redor do seu quarto imenso e quase completamente decorado por uma madeira escura, tal madeira exalava um cheiro característico que infestava todos os cômodos que possuíam um móvel de mesmo material, que no caso de Joshua eram quase todos os quartos, salas ou cozinhas da mansão em que vivia desde que nascera.Joshua se arrumou como costumava fazer em qualquer outra segunda-feira, ele desceu ainda sonolento, para a cozinha mais próxima. A mesa já estava feita, dezenas de tipos de alimentos o esperavam, era uma mesa longa com cadeiras espaçadas e novamente feitas à partir da mesma madeira escura que decorava quase todo canto do cômodo, era sempre assim, um banquete todas as manhãs, mesmo que Joshua fosse a única pessoa que fosse desfrutar dele. Enquanto comia uma colherada de pudim, Joshua levantou seu olhar e percebeu Penny o observando, enquanto engolia, a empregada soltou um sorriso para Joshua, que retribuiu tímido.Apesar de nunca ter se sentido muito estranho, Joshua, inclusive na sua percepção, passava longe de ser normal, ele não devia ter mais de 5 anos de idade quando começou a ver uma mulher em várias ocasiões, ela nunca estava lá porém Joshua à via, as vezes ela aprecia em seus sonhos também, a mulher de meia idade porém sempre aprecia, independente de onde, da mesma forma, parada e sempre na mesma roupa clara e comprida. Eram bem mais comuns nessa época, porém nunca deixaram de acontecer.Joshua nunca tinha visto tal mulher na sua vida e ao questionar sua mãe sobre os acontecimentos, pela descrição, sua mãe deduziu ser a avó do garoto, que havia desaparecido após a morte de seu marido.Joshua quase nunca se deu bem com ninguém, incluindo familiares, além de sua mãe e algumas outras exceções ele quase nunca se relacionava.Seu pai era um homem terno que quase nunca estava em casa, tendo dirigido a palavra ao seu filho por apenas 2 vezes durante sua vida, e o seu único amigo em toda sua vida tinha sido Jeff, com quem já não falava a meses. Joshua sempre questionava sua mãe o porquê do nome diferente nome de seu pai, já que Gosguen não é exatamente um nome comum. O dia que sua mãe se foi junto ao seu pai, para aonde quer que eles tivessem ido, foi bem marcante para Joshua, desde então ele vem sendo criado pelos empregados da mansão na qual foi abandonado pela família pelos últimos 3 anos.Era simplesmente outro dia na escola, outro dia sendo Joshua quando outra aluna o abordou no corredor, ele a estranhou não só pelo fato que já que fazia mais de um mês que não falava com ninguém na escola por causa de sua introvertividade, mais também pelo fato que nunca tinha visto ela na escola. Ela era bonita, exageradamente bonita, um tom nórdico era percebido por Joshua, por um breve momento ele se perdeu em seus olhos verde-claros. Ela falou com ele por todos os 25 minutos do intervalo entre aulas e mesmo sem ter sido respondida em nenhuma das perguntas feitas, ela deu um sorriso se despediu e seguiu seu caminho após o sinal que indicava o fim do intervalo tocar.Joshua estranhamente se sentiu atraído por ela, mas nada muito "grave", sua teoria sobre a garota era que ela que por ser nova e não conhecer alguém decidiu arrumar alguma amizade, ou até mesmo ter se interessado por Joshua, teoria que fazia bastante sentido tendo em vista que o garoto era bem atraente, diriam algumas meninas a sua volta, porém o fato de ser completamente recluso o deixava menos atrativo. Todos os dias dessa semana foram praticamente iguais, indo pra escola, assistindo às aulas e no intervalo apenas escutar Susan broom falar, para Joshua ele era seu único amigo, o que não fazia sentido já que sua beleza chamava muito a atenção.Na hora da saída da aula no último dia letivo da semana Susan o abordou com a mesma simpatia que fez no corredor uma semana atrás, e pediu para a acompanhar até sua casa, normalmente joshua iria recusar porém, a casa de susan era na exata rua pela qual ele passava para chegar em casa, então com um singelo gesto acenou com a cabeça positivamente.No caminho a camareira o ligou dizendo que seu pai passaria em sua casa hj para passar a noite:-Merda ! Eu vou até aceitar entrar na casa de susan se ela me convidar para entrar, qualquer desculpa é boa quando se trata de não precisar ficar cara a cara com ele. Pensou Joshua.Passando pela casa de susan ela o convidou para entrar com seu sorriso simpático de sempre e fazendo o gesto com sua mão para que a seguisse.Nesse momento Joshua quase recusou, porém mudou de ideia ao lembrar do fato de que seu pai iria estar em casa esperando por ele.A casa de susan era pequena, porém aconchegante, lá moravam ela e seus pais, no momento que Joshua viu o casal trocando beijos enquanto a mulher tentava cozinhar ele soube que a interação familiar de Susan era anos luz melhor que a dele, ambos eram lindos tais quais a filha, e com aquele mesmo tom nórdico. Eles se sentaram na mesa da sala de jantar, pouco iluminada que de certa forma acalmava Joshua. Depois de uma longa conversa sobre vários assuntos, que pela primeira vez em anos Joshua estava entretido, ele finalmente sorriu e disse em voz alta algo para susan, e foi um sincero e amigável ..."legal". Porém o que antes estava sendo uma conversa agradável se tornou um verdadeiro inferno para Joshua quando o assunto em pauta se tornou " família", Joshua sábia que era apenas uma questão de tempo para que perguntassem sobre sua família, então fez o que qualquer um faria em uma situação de desconforto: ele levantou se dirigindo a todos ali presentes- Licença ! Tenho que ir ao banheiro!- Certo! Disse o pai de susan de boca cheia, apontando para um corredor . Primeira porta a esquerda.No banheiro ele se desesperou, o que diria para mudar de assunto? Ele não sabia, saiu do banheiro pronto para falar sobre sua família quando observa um quadro grande, que pelo ângulo que estava pregado na parede apenas quem estava indo em direção à sala de jantar conseguia vê-lo.Joshua sentou-se na mesa já perguntando sobre o tal quadro, que foi respondida rápida e brevemente pelo pai de susan, porém sua resposta foi totalmente incompreensível, logo após sua resposta, Sr. Broom já retornou ao assunto de família perguntando sobre Joshua, pouco animado Joshua respondeu brevemente:- É c-complicado. Guaguejando- Tudo bem! Respondeu Sr. Broom com tom de desânimo.Por alguns segundos, por apenas alguns segundos, o silêncio tomou de conta da casa. A família que à alguns segundos estava sorrindo e alegremente jantando, por esses segundos pareceram completos estranhos, inclusive Susan, que olhava seu prato, ao mesmo tempo rodando seu garfo em cima do mesmo.Joshua que normalmente era calado e gostava do silêncio, esse o incomodou, e se sentiu obrigado a quebra-lo, ele se levantou dizendo que precisava ir para casa, sra. Broom disse voltando com toda a animação da família:- Claro, Te acompanharemos até a porta!Sr. Broom foi na frente e abriu a porta para que Joshua saísse, susan foi logo atrás dele, ele parou no jardim junto a susan onde Joshua se virou e viu o casal unidos pelo braço do sr. Broom envolta da cintura de sua esposa olhando para eles, aquele dia tinha sido estranho porém bom, naquele instante ele se sentiu em casa.Quando dirigiu seu olhar a Susan, que o acompanhava, para se despedir ela olhou no fundo dos olhos de Joshua que retribuiu o ato, susan foi chegando perto dele, seus olhos verdes o hipnotizavam e uma das mãos de susan que se posicionava em um dos ombros de Joshua, escorregou até o pescoço do menino, ele também chegou mais perto, seus labios estavam quase se tocando quando susan de uma maneira estranha e retorcida abriu a boca de maneira descomunalmente grande, o terror subiu até o último fio de cabelo de Joshua , que nesse momento apenas conseguiu pensar:- Tem algo de errado...

Joshua BrownOnde histórias criam vida. Descubra agora