Capítulo 17

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- Hora da comida. - O grandalhão sussurrou  colocando a bandeja perto da sela.

  Beatrice  apenas olhou de relance e acentiu. De costas para a porta, sentada de pernas cruzadas  no chão  frio da jaula, ela ficou a escutar o homem digitar no painel.

- Qual é o seu nome?- Beatrice perguntou.

- Terry. - O grande homem respondeu fechando a porta logo após sair do quarto.

  Em completo silêncio a porta fez um pequeno estralo e Beatrice arqueou a sobrancelha.

***

- Vocês sabem com quem Beatrice conseguiu o nome do interceptador? - Roland perguntou e todos negaram.

Curiosos, Stuart começou a ver as antigas gravações de Beatrice. Os vídeos os levaram até uma loja de bugigangas.

- Eu conheço esse lugar. - Stefan sussurro. - O informante dela é aquela ratazana de esgoto...

A revolta na voz de Stefan era clara.

- É quem estou pensando?- Ray perguntou e Stefan acentiu.

- Marlon. - Os dois sussurraram juntos.

- Quem é ele e o que faz? - Mônica perguntou.

- Ele é dono de uma casa de jogos ilegais nos subúrbios de Nova York. Todo tipo de jogo ilegal acontece lá, mas também é um local de vendas de informações. - Stefan respondeu. - Quer saber algo que esteja acontecendo em toda a cidade... É lá que tem que procurar informações.

- Devemos confiar nas informações que Beatrice recebeu? - Luck perguntou.

- Só há uma maneira de saber... - Ray sussurrou e todos o olharam a espera da resposta.

***
   A porta metálica se abriram, e por ela passos calmos ecoaram. Beatrice olhou por cima do ombros constatando que Klaus a observava em silêncio.

  No bolso do terno, uma ponta de um cartão branco com uma inicial em tons pretos.

- Como foram os negócios hoje?- Beatrice perguntou e Klaus a olhou avaliativo.

- Sabe com o que eu trabalho? - Klaus perguntou intrigado.

- Compra r venda de ações. - Beatrice sussurrou.

- Impressionante, Beatrice. Como descobriu?

- O cartão no bolso do seu terno. - Beatrice respondeu. - É uma empresa bem famosa. Deveria tomar mais cuidado.

- Você é muito esperta. Dúvido que outra pessoa descobriria isso em uma olhada tão rápida quanto a que me deu.  Além do mais, para as pessoas descobrirem essa informação teria que vazar.

- E você suspeitaria de mim. Logo eu que estou presa em uma jaula como um animal. Estou morrendo de vontade de ir ao banheiro...

- Deveria deixá-la livre no quarto?

- A decisão é sua. Não vou fugir. Em uma jaula ou presa em um cômodo fechando não tem muita diferença. Bom... Eu teria  banheiro para ir e um chuveiro para me banhar. - Beatrice disse calma.

Klaus a avaliou e resolveu ignorar o assunto por hora.

- Você não comeu. Não quero que minha mercadoria definhando.

- Como saberei se não está envenenada? - Beatrice perguntou humorada.

- Ora tolinha...- Klaus pegou uma fruta e deu uma mordida. - Viu, não está envenenada.

- Talvez não neste lado.- Beatrice brincou.

- Vou ter que comer toda sua comida?

    Beatrice estendeu a mão e Klaus entregou a comida para Beatrice. Ela comeu tranquila. Estava saborosa. Beatrice estava apenas brincando um pouco com Klaus. Ela precisava demostrar desconfiança para não levantar as suspeitas.

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