Drarry

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Harry estava nervoso. Já era a terceira vez que Malfoy, um arrogante da Sonserina, chamava-o de "gayzinho" apenas na aula de Poções. Harry não queria que existisse essa barreira imposta que dividisse a Grifinória da Sonserina. Na verdade ele queria dar na cara do Malfoy, aquele pateta com um delicioso aroma de perfume e cabelos sedosos... "Como raios posso sentir atração por ele?", se perguntava Harry. A real é que Harry já tentara gostar de garotas, já até ficou com uma, a Chang, da Corvinal, mas como esperava, foi terrível, molhado de mais, nojento. Não era esse tipo de beijo que Harry precisava. Não, ele queria o que não podia, para variar. Queria sentir o sabor dos lábios do Malfoy contra os seus, desarrumar seus cabelos loiros penteados para o lado, sentir seu corpo no dele. 

Apenas uma pessoa sabia desse seu desejo, sua melhor amiga Hermione Granger. Harry não queria contar para o Rony por exemplo, tinha medo da sua reação. A princípio, ele guardaria  para si mesmo, mas sua amiga começou a desconfiar e ele não aguentou mais segurar tudo. Ela aceitou e disse que ele não deveria se esconder. Ele queria se abrir, mas sofreria o preconceito na pele. Poxa, o fato dele gostar de homens e não mulheres não deveria ser de interesse de ninguém. Por que as pessoas tinham que ser tão ridículas? Quando uma garota da Sonserina abriu seu relacionamento com uma da Lufa-Lufa, foi excluída de todos os grupos sonserinos e envergonhada na frente da escola inteira. Uma semana depois ela foi embora e nunca mais voltou.  E se isso acontecesse com ele também? 

Harry foi tirado de seus devaneios quando o professor Snape perguntou a diferença entre o pó de crina de unicórnio e o pó de rabo de unicórnio em uma poção para afastar afogados. Ele gelou, não fazia a mínima ideia de qual seria a resposta. Merda, isso que dá ficar pensando sobre sua sexualidade ao invés da aula. 

"Parece que o gayzinho não sabe", Harry ouviu do final da sala. O ódio tomou conta dele e, sem pensar duas vezes, ele se levantou e foi pisando firme até Malfoy com sua varinha em mãos ignorando às ordens de Snape que diziam para ele sentar-se imediatamente. Malfoy também se levantou e pegou sua varinha. Eles ficaram se olhando por um tempo. Olhos verdes em olhos cinzas. "E que olhos", pensou Harry. Foram interrompidos por um Snape raivoso dizendo que cumpririam detenções sábado de manhã organizando seus frascos em ordem de cor. E o típico "Menos 50 pontos para Grifinória!''. Ótimo, agora Harry teria que enfrentar Malfoy e suas brincadeiras de mau gosto por uma manhã inteira.   

Ao chegar no salão comunal ele encontrou Hermione esperando-o. Ele lançou um olhar de ''Agora não'', mas ela puxou o garoto para sentar no sofá vermelho ao lado da lareira. Cruzou as pernas, arrumou o cabelo para trás e olhou bem em seus olhos verdes.

— O que tá rolando?

— Você sabe bem o que tá rolando.

— Não vou te dar broncas pela detenção e pelos pontos. Quero saber como você se sente com a situação.

— Sinceramente, não sei. Acho que bem lá no fundo tinha uma chama de esperança. Eu acreditei que fosse ter uma chance.

— Certo, quem te garante que não tem?

— Há boatos de que ele está com a Parkinson

— Há boatos de que você está com a Cho

— Não tem nada haver

— De fato, pode ser que não de certo entre vocês. Mas também, você é muita areia pro caminhãozinho dele, Harry.

Harry abriu um sorrisinho

— Só você, Mione

Harry ficou pensando no que a amiga disse. Ela costumava ter razão, será que ele realmente tinha uma chance com o Malfoy? Era melhor acreditar que não a alimentar falsas esperanças. Mas que raiva, por que ele não podia ser normal? 

Harry estava andando com raiva pelas masmorras em direção da dispensa de poções. Quando ele chegou, encontrou o loiro sentado com os pés para cima da mesa de trabalhos que estava no centro do pequeno retângulo cheio de prateleiras com frascos cheios de líquidos coloridos. Ele começou a trabalhar silenciosamente ignorando os olhares que Malfoy o enviava ainda sentado. 

— Vai ficar parado me olhando, Malfoy?

— Na verdade, vou.

— E acha que vou permitir isso?

— Quem é você para me impedir, gayzinho?

Harry sentiu sua pele ferver. Rapidamente retirou sua varinha do bolso e o encarou.

— Não ouse me chamar assim de novo, Malfoy!

Por fora esperava ter uma pose heroica e intimidante, porque por dentro a mágoa o engolia.

— Por que não admite o que você é, Potter? — Ele disse sínico. 

— Quem é você para provar minha sexualidade?

Malfoy levantou da cadeira e aproximou-se.

— Alguém não muito diferente de você que apenas tenta chamar a sua atenção.

Harry demorou cerca de dois segundos para processar. Malfoy estava tentando chamar a sua atenção?

— C-Como assim?

Ele já estava com o rosto perto o suficiente para sentir em sua pele a respiração descontrolada de Harry.  

— Estou dizendo que você é meu, Potter.

E selou seus lábios rompendo a pequena distancia que havia entre eles. 

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Gente, não sou a maior shipper de Drarry, mas shippo um pouco. Comecei a gostar deles há um tempo curto, se parar pra ver desde quando conheço hp.

De qualquer forma, eu estava no meio da aula e me veio inspiração. Corri para cá e escrevi.

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Amor Traiçoeiro - Drarry - {One Shot}Onde histórias criam vida. Descubra agora