Capítulo 4

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Eu a olhei, ela olhava da pequena que brincava próximo de nós e para mim, eu realmente a surpreendi o que a deixava mais adorável ainda.

- Acho que você está levando muito a sério esse lance de destino, não? - E ela voltou a olhar o livro. Uma mecha caiu no seu rosto e tive que controlar a vontade que sentir de colocar a mecha atrás de sua orelha.

- Bom, você não acredita em destino? 

- Não. - Ela disse ainda lendo o livro. Fiquei em silêncio uns segundos a olhando, até que ela saltou do banco e eu acompanhei para onde ela ia com os olhos. A pequena que a acompanhava estava montada em um menino e batia nele com as mãos fechadas, o menino era alguns anos mais velho que ela e mesmo assim ela batia com força, seu rostinho redondo estava vermelho e vi Olívia a arrancando de cima do menino e a colocando em pé. Fui para o lado delas e a ouvi dizer:

- Qual foi o problema Aurora? Por que você bateu nele? - A menina ainda olhava irritada para o menino que agora se escondia atrás de uma senhora corpulenta que usava um coque e mantinha as mãos na cintura encarando as duas como se fossem engolir ambas.

- Isso que dá ter filho na adolescência! Cria esse tipo de criança! - falou a mulher irritada.

- Me desculpa senhora. - Olívia disse e olhou para a menina ao seu lado. - Vamos Aurora, se desculpe... 

- Mas Olí, você disse que quando temos razão não devemos nos desculpar. - Eu dei um meio sorriso, isso era bem a cara dela mesmo, dizer isso.

- O que aconteceu? - Olívia perguntou novamente agora abaixando e ficando na altura da menina.

- Ele disse que nosso vô é caduco e nossa família é doente. - Olívia se levantou irritada, olhou de mãe para filho e pegou a mão da pequena para sair dali.

- Ei, espera, sua filha não vai se desculpar? - filha? Olhei para ela que percebeu minha cara confusa mas ignorou.

- Não, e agradeça que foi Aurora, porque se fosse comigo, seu filho não andaria por dias. - E saiu dali com a menina pegando rapidamente o balão que dei e estava amarrado no banco e arrastava um caminhão de brinquedo junto.

Eu a segui e depois que nos afastamos da praça ela se virou irritada para mim.

- O que você quer? O show já acabou. - Eu a olhei, eu tinha uma imensa vontade de abraçá-la, mas não o fiz. 

- Quer tomar um chocolate quente? - Eu perguntei agora olhando para a pequena, que assentiu sorridente. Olívia suspirou parecendo cansada, a pequena segurou minha mão para atravessar a rua, eu segurei aquela pequena mão e quando entramos na cafeteria Olívia já sentou em uma mesa calada e eu fui até a vitrine de bolos escolher o que ela queria e uma xícara de chocolate quente.

Voltamos para a mesa e ela sentou ao lado da Olívia eu me sentei na frente das duas. Ela sorriu quando a pequena mostrou o que trouxemos, ela começou comer animada e quando tomou o chocolate quente deixando um bigode marrom em cima da boca e sorriu quando Olívia limpou com cuidado. Depois que a pequena terminou, foi brincar em um parquinho que tinha dentro da cafeteria, com cuidadoras e crianças pequenas, e ficamos nós dois ali na mesa.

- O que você quer? Por que fica aparecendo nos lugares? - Ela parecia irritada.

- Quero ser seu amigo. - senti meu pau protestar na calça, ok eu queria ela como nunca quis uma mulher na vida, mas inicialmente só queria que ela me aceitasse próximo dela.

- Eu não preciso de amigos, eu não confio nos homens. 

- E o Ben? Ele pode ser seu amigo só porque é gay? - eu perguntei e ela franziu o cenho.

Meu Bom RapazOnde histórias criam vida. Descubra agora