Cansaço.

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Eu acho que eu sou a única pessoa da face da Terra que pensa "puts, tô sem criatividade pra terminar a fanfic, ah, vamos fazer outra pra ver se ajuda."

Espero que vocês gostem dessa história, eu particularmente sou apaixonada por esse filme.

E só pra lembrar, essa é uma adaptação, vai ter coisas muito iguais, mas também haverá coisas muito diferenfes.

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Cansaço.


                     

                        NOAH URREA

Acordo ao som do pequeno despertador que havia sobre a mesinha de cabeceira de madeira clara. Eram cinco e meia, e uma luz dourada que somente tem o alvorecer em San Francisco, iluminava a habitação.

Minhas pálpebras se fecham por dois segundos, porém esses segundos foram suficientes para que eu sentisse todo o cansaço presente em meu corpo. A noite havia sido curta. Meu plantão no Hospital Memorial de San Francisco, tinha se prolongado muito mais do que as vinte e quatro horas habituais, devido à chegada, já tarde da noite, de vítimas de um incêndio de grandes proporções. Lembro-me que as primeiras ambulâncias chegaram na área reservada às emergencias dez minutos antes do término do meu turno.

Depois disso, tenho apenas borrões sobre identificar os pacientes com uma fita colorida que determinava a gravidade da situação, e sobre os diagnósticos preliminares. A única coisa concreta que me lembro de quando ainda estava no meio de toda essa confusão e correria em prol aos pacientes, era sobre a ordem expressa do Dr. Morris de me mandar pra casa. Ele me convenceu de que o cansaço me faria não trabalhar a contento, com consequente perigo para a saúde dos meus pacientes.

Saí em pleno breu do estacionamento do hospital, as ruas estavam desertas, lembro-me também do susto que levei quando olhei em meu celular e descobri ser duas horas da madrugada. Comecei a aumentar a velocidade em que dirigia a caminho de casa. ''Estou quase chegando.'', repetia várias vezes para lutar contra o sono.

Quando entrei em casa, pude sentir a sensação de alívio. Os ponteiros do relógio em cima da lareira marcavam duas e meia.

-Duas e meia? Eu cheguei em casa às duas e meia?- Suspiro me aconchegando mais no cobertor.- Vou acabar morrendo desse jeito.

Hoje é sábado, e eu aceitei um convite para ir a casa de uns amigos passar o final de semana, em Carmel. E por mais que o meu cansaço acumulado justificasse totalmente a manhã na cama, nada poderia me fazer atrasar esse despertar cedo. Não posso furar outra vez com os meus amigos.

Olhei de relance para janela e vi que o amanhecer estava lindo, me encantava a estrada que, bordeando o Pacifico, une San Francisco à baía de Monterey.

Ainda sonolento, procurei tateando o botão que faria parar a campainha do despertador. Esfreguei os olhos com os punhos fechados e dediquei meu olhar ao Lucky, que estava estendido sobre a almofada.

-Não me olhe assim! Já não faço mais parte desse planeta.- Ao ouvir minha voz, o cachorrinho se apressou a rodear a cama, e quando enfim subiu, apoiou a cabeça em minha barriga se deitando também.- Vou deixar você, dois dias, amor. Sua titia vem te buscar às onze.

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