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O mês de outubro chegou e, com ele, o casamento de Chloe e Spencer. Estava tudo uma loucura. Caixas para todo lado, convidados chegando na cidade e últimos ajustes a serem resolvidos. Spencer estava gritando com tudo e todos, sendo mandona como sempre, querendo que tudo saia exatamente como ela tinha em mente, e Chloe estava sentindo aquele desespero que as noivas sentem quando o casamento se aproxima.
Na véspera do casamento, Spencer tinha planejado sair com algumas amigas como uma espécie de despedida de solteira, por isso, eu e Ben decidimos fazer o mesmo com Chloe.
— Então, como eu estou? — perguntei para Jason e Tommy, que estavam jogando videogame na sala, me exibindo. Afinal, era a primeira vez que eu saia com meus amigos em muito tempo e havia tirado um daqueles vestidos brilhosos e decotados e um batom vermelho de dentro do armário. — Não acredito que isso ainda serve em mim. — murmurei.
— Está como a minha mãe, só que com mais pele à mostra. — disse Tommy. Jason, que estava hospedado na nossa casa para o casamento, olhou para nosso filho indignado e pausou o jogo.
— Espera, espera, espera. Não é assim que se fala com uma mulher, projeto de Don Juan. — disse ele, me fazendo soltar uma risada. — Primeiro de tudo, você deve olhar para ela. — o loiro desviou seu olhar para mim. O mesmo olhar azul penetrante que há anos mexia comigo inexplicavelmente. Em seguida, Jason suspirou, levantou-se e caminhou em minha direção. Uma vez diante de mim, ele pegou na minha mão e me girou no lugar. — Você é, de fato, a mulher mais bonita desse cômodo.
— Não tem outras mulheres aqui. — apontei, sem conseguir tirar o sorriso envergonhado do rosto.
— É porque se tivesse, eu não notaria. — Jason deu de ombros. — Você está linda. Se divirta. — ele beijou rapidamente a minha testa.
— Vocês são estranhos. — riu Tommy.
— Oi, querida, cheguei! — a voz de Sam entrando na sala interrompeu o momento. Ele nos observou, desconfiado e foi para a cozinha para deixar as sacolas do supermercado no balcão. Suspirei, pois não queria que ele pensasse nada demais daquilo. — Jason, Tommy, podem me ajudar a tirar as compras do carro?
— Claro. — assentiu Jason. Imediatamente, os dois saíram da casa, nos deixando à sós.
— Então, o que acha? — perguntei, rodopiando na frente de Sam.
— Ah, sim, querida, você está linda. — disse o britânico, sem ao menos olhar para mim. Como ele continuou guardando as compras nos armários, me aproximei e segurei sua mão para que parasse.
— Não reconhece esse vestido? — insisti.
— Desculpe, querida, eu não lembro. — Sam negou, cabisbaixo.
— Você está bem, Sam?
— Quanto tempo ele vai ficar aqui? — bufou. Franzi a testa, chocada com a pergunta. Ele está com ciúmes? Jason e eu éramos muito próximos, eu deixei isso bem claro para ele desde o começo do relacionamento. Porém, se ele ma amava e queria casar comigo, deveria respeitar isso e confiar em mim. — Quer saber, não importa. — balançou a cabeça. — Eu tenho que te contar uma coisa.
— Diga.
— Eu sei que isso é inesperado, por isso estou te contanto com antecedência, para que possamos planejar tudo detalhadamente. — começou Sam. Me inclinei para prestar mais atenção. — A empresa quer que eu volte para Londres. — disse ele. — E eu quero que vá comigo.
Dei alguns passos para trás, tentando processar a notícia.
— Quer que eu me mude para Londres? — repeti, incrédula. Apesar de ter viajado muito a trabalho, eu nunca me imaginei deixando o país permanentemente. Meu filho, minha família e meus amigos estavam ali.
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A MÃE DO MEU FILHO
RomansaQuinze anos depois que Ariana Baker apagara aquela mensagem que o pai do seu filho deixara na caixa postal, a vida de Jason Martell nunca mais foi a mesma. Agora, ele vivia em New Heaven com o meio-irmão, tendo que administrar seu tempo entre o trab...