capítulo 42

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Esperamos May ficar melhor para começarmos a explicar o que ela viu, Peter deu a sugestão de mentir mas ela viu tudo, então mentir estava fora de cogitação.

May se senta lentamente. Ao notar o traje de Peter, a mulher se levantou e foi para perto de Peter, ao ficar de frente para ele, May agarra uma orelha de Peter.

- VOCÊ PIROU, MULEQUE! - ela gritou, assustando nós dois. - O QUE VOCÊ PENSOU QUE ESTAVA FAZENDO AO ESCONDER ISSO DE MIM!?! - ela falou.

- calma May, eu... eu posso explicar, não é Ágata? - Peter falou apressado e olhando para mim pedindo ajuda.

- eu? Eu não sei de nada. - falei rindo.

- o quê??? Sua traíra. - Peter murmurou.

- Ágata, você sabia? - ela indagou se virando para mim, assenti.

- é que não é só ele que esconde um segredo, May. - comentei brincando com os dedos das mãos. - mas primeiro sente-se, por favor, senão você terá uma recaída novamente. - falei a separando de Peter.

- por quê não me contam o porque do meu sobrinho irresponsável ser o Homem-Aranha?! - esbravejou furiosa no sofá de dois lugares.

Eu e Peter nos encaramos por alguns segundos.

- eu não queria colocá-la em perigo, você já estava em perigo sem saber e agora que sabe pode ser pior. - Peter murmurou com os cotovelos sobre os joelhos e as mãos unidas. Peter me olhou e falou - ainda mais estando perto dela.

- eu já estava em perigo mesmo, o que custava me contar? Eu que sou como uma mãe para você Peter! - ela olhou para mim - e porque é mais perigoso ainda com ela.

- é uma longa história.

- temos tempo - ela falou cruzando os braços.

וווווו×

Comecei a contar do início tudo o que aconteceu, até o atual momento, ao terminar Peter contou a versão dele, desde o momento que Stark pisou ali até agora.

- deixa eu ver. - ela pediu para mim.

- o quê?

- tudo. - olhei para Peter que assentiu. Me coloquei em sua frente, peguei a sua mão.

Mostrei minhas mão e a energia começou ondular pelos meus dedos, com um movimento uma cobra de verde esmeralda surgiu no meu braço e se transformou em um pequeno dragão chinês.

- ai meu deus - ela exclamou um pouco, passei o pequeno dragão para Peter que pegou com receio, mas aceitou.

- legau né?! Ainda não sei bem do que sou capaz!

- é assustador! - exclamou ela.

Senti um sentimento estranho, como se alguém precisasse de mim, eu me senti preocupada, assustada e com aperto no coração, acabei desmanchando o pequeno dragão de imediato fazendo Peter se assustar.

- o que aconteceu? - Peter indagou me seguindo enquanto eu corria para o andar de cima para pegar minha mochila.

- e-eu tenho que ir, alguém precisa de mim, talvez o meu pai ou Wong.

- quem? Seu pai?

- é, Stephen é meu pai, Peter! - peguei minha mochila e desci as escadas correndo.

Ao chegar a porta eu fico imóvel. Eu senti o perigo com clareza, era Stephen que estava em perigo. Eu conseguia ver Wong e Stephen discutindo sobre algo, Stephen segurava um livro e eu conseguia ler ele, "magia negra".

- eu preciso ir, May por favor, não conte para ninguém - supliquei.

- pode deixar, querida! - ela falou e me abraçou. - você e eu temos que conversar mocinho - falou se virando para Peter, dei um leve sorriso e me teletransportei para o Sanctum.

Já em meio do Hall de entrada, corri para a biblioteca encontrando Stephen e Wong discutindo.

- o que está acontecendo?! - exclamei chamando a atenção dos dois que pararam imediatamente. Strange estava com três livros com capas de couro, Wong carregava mais dois. 

- alguém entrou aqui e mexeu nos livros de magia negra. - Strange se virou para mim - você arrumou os livros, Ágata, você leu algum? - Stephen perguntou à mim. 

- é claro que não, eu sei que parte da magia negra precisa de sangue para ser realizada. - respondi revirando os olhos - por que eu leria? eu nem sou maga, bruxa ou feiticeira. - dei de ombro. 

- por eu ser mago você pode ter uma maior facilidade com a magia. - Strange contou, dei de ombro.

caminhei até ele e tirei os livros das mão dele, me dirigi para a estante de onde eles foram tirados, coloquei eles um por um. Ao terminar peguei os os livro de Wong, o mesmo nos deixou sozinhos. 

- Ágata- 

- não fui eu - comecei, o cortando - eu sei que está pensando isso. - terminei ainda de costas para ele. Me mantive séria. 

- eu sei, só não quero que você acabe como eles. - murmurou, com certeza se referindo ao Ricardo e kaecilius. 

- eu não vou acabar morta. - falei em um sussurro letal. - eu não queria matar aquele cretino, se eu não o tivesse matado ele teria feito mais vitimas. 

- as vezes temos que escolher, temos que fazer algum sacrifício para salvar quem precisa. 

- eu sei - sussurrei.

Olhei para a estante longa, já arrumada, bati uma mão na outra para tirar o pouco pó delas.

- senhor, é melhor lanças encantamento nos livros, só por segurança. - aconselhei já saindo do comodo.

- por qual motivo? - indagou distraído com um livro de mistério.

- se alguém entrar aqui e roubar os livros de magia negra, a culpa não será minha eu avisei - falei finalmente me virando para ele. Ele assentiu.

Mas tinha um livro que eu teria que surrupiar da estante, um de magia negra, Strange iria me matar caso soubesse e por isso iria fazer de madrugada.

וווווו×

Esperei todos dormirem para então atacar, levei outro livro para caso alguém aparecesse, eu era burra mas nem tanto.

Desci o lance de escadas o mais quieta possível, mas um degrau rangeu alto o suficiente para acordar todos, me mantive parada para ouvir qualquer som. Nada. Gemi aliviada e continuei meu caminho.

De frente para a porta da biblioteca respiro fundo e adentro o local, muitas coisas estavam passando pela cabeça, O que me atraiu tanto naquele livro? O que fariam comigo caso descobrissem? Eu estaria traindo a confiança de Strange ao ler um livro de magia negra?

Estiquei a mão para pegar o livro, mas ao chegar perto da capa minha mão foi queimada e rapidamente eu a puxei para junto do meu corpo, logo surgiu o encantamento que Strange lançara em forma de rede. Droga, pensei.

Eu já tinha visto Strange desfazer barreiras de proteção várias vezes, estendi minhas mãos para frente e comecei a recitar o contra-feitiço, aos poucos a barreira foi de desfazendo.

- Strange tinha razão... eu posso ser maga como ele... -  murmurei olhando para minha mão.

Fui rápida ao pegar o livro que eu queria. Comecei a folear o livro e fui lendo alguns encantamentos e rituais.

- sacrifício, ritual ao qual o individuo devera consumir o sangue da vítima e fazer o símbolo do ritual no chão para conectá-los, se um se ferir o outro também será ferido. - li murmurando.

Então é isso, um ritual idiota? Suspirei de tédio ao jogar a cabeça para trás. Que coisa inútil! Pensei, porem continuei lendo.

- blá blá blá, só coisas maravilhosas! - comentei sarcástica.

The Strange daughter  - avengersOnde histórias criam vida. Descubra agora