Cap 7:Tal pai, Tal filha!

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-Ah meu Deus! Vista uma roupa!

Peguei a colcha que estava na cama e me enrolei meu corpo com ela.

-O que você quer Agnes? Desculpas? Porque se for, eu não darei.

-E acha que eu não sei? Não convivemos juntos, mas eu te conheço!

-Então? O que você quer?

-Só quero pedir que se comporte hoje.

-O que acha que eu sou? Uma criança?Falei chegando mais perto dela.

-Não. Mas se comporta com uma! Veja o que aconteceu ontem. Falou ela cruzando os braços.

-Aquilo não foi culpa minha!

-Não? Disse ela num tom de sarcasmo.

Eu não a respondi então ela continuou:

-Você estava de madrugada com o noivo da sua irmã, numa estufa a luz de velas.

-Eu não pretendia roubar sua vida! Nem sua coroa! Afinal, você ainda tem muito o que fingir para consegui-las. Falei.

Ela me olhou com seus olhos cor de mel e disse:

-Você se acha demais não é? Acha que pode roubar isso de mim? Isso já é meu, desde o dia em que nasci. Eu e ele estamos ligados! Eu sou dele e ele é meu. Eu o sinto a cada passo que dá, e ele sente cada passo meu! E daqui alguns meses, nós seremos um! Então pare de querer viver agora, porque isso não é do seu feitio! Esbravejou ela se aproximando de mim.

Ela realmente tinha entendido tudo errado. Mas não ia me deixar abalar pela Agnes. Eu não tinha medo dela!

-Está dizendo que vocês tem uma ligação? Não acretido em você! Só está fingindo, como o Aaron mandou você fazer! Soltei.

-Você ainda não entendeu não é? Então deixa eu te explicar irmãozinho. Falou ela chegando perto do meu ouvido e susurrou:

-Sabe como o rei chegou até vocês ontem?

Quando ela disse aquilo a cena do Rei Augustos me arrastando pelo pescoço veio a minha cabeça novamente, me fazendo tocar por inpulso no ferimento do meu pescoço, mas não senti dor nenhuma, a pomada realmente fez efeito como ele disse que faria. Ela continuou:

-Fui eu quem avisou a ele. Eu o senti! E senti o que ele estava prestes a fazer! Ele pode dizer que não, mas ele ia tocar você. E eu não quero morrer Jaimes, não quero! Disse ela deixando algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

-Agnes não era minha intenção. Falei pois não suportava a idéia dela pensar que eu a deixaria morrer, nós não nos conhecíamos muito bem, mas ela ainda era minha irmã.

Ela se recompôs e enxugou as lágrimas dos olhos.

-Toda essa gente que está aqui hoje veio por mim, para conhecer sua futura rainha.

Eu a olhava prestando atenção no que ela falava.

-E daqui dois dias partiremos para a capital. Se você se comportar hoje eu tento convencer o rei a lhe deixar ir também.

-Mas eu não vou de qualquer jeito? Soltei.

-Hahahahahahah. O rei te odeia! Ele disse que ou você ficaria aqui, ou seria jogado no ezilous junto, com os homossexuais, pobres, hereges e todo pessoal dessa laia.

Eu fiquei em choque ao ouvir aquilo e nem sabia do que ela estava falando mas aquela palavra era de dar medo.

-E o papai concordou. Soltou.

-Isso não me inpressiona, Agnes! Disse olhando em seu rosto fazendo com que ela acreditasse no que eu dizia.

-Acho melhor você me escutar irmãozinho. Não brinque comigo! Eu não quero morrer e quero aquela coroa! Falou ela se retirando do quarto.

Ela deu uma última olhada, foi quando eu falei:

-Tal pai, tal filha!

Ela olhou para mim com uma cara maligna e sorriu batendo a porta do quarto.

Fiquei sentado por um tempo, absorvendo aquelas informações.

Me arrumei e sai daquele quarto para respirar ar puro, havia muita gente ali. Mulheres com luxuosos vestidos e todo tipo de penteado, joias e mais joias, cobriam suas peles, homens usando caros paletós e chapéus elegantes. Passei direito por aquelas pessoas. Me retirei do palácio e fui caminhar no jardim.

Estava um lindo dia, o sol esbanjava calor, pássaros cantavam e borboletas e libélulas voavam pelo ar. Fui em direção a parte traseira do jardim atrás do Palácio pois nunca tinha ido lá. Depois de passar num enorme arco de rosas brancas, avistei um banco feito de porcelana, estava meio desgastado a parte direita das costas estava quebrada, havia uma linda fonte na sua frente da mesma cor e do mesmo material, também tinha uma aparência velha e desgastada, o que a deixava mais bonita.

Me sentei ali e fiquei observando a água jorrar, em quanto duas libélulas brincavam nela.

-Oi! Seu nome é jaimes não é?...

O que acharam da Agnes? Comentem!

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