Capítulo 20

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   Beatrice levantou encarando Klaus séria, ele sorriu de canto vendo que a mulher havia perdido o bom humor.

  O médico colocou a maleta no chão e a abriu, retirando uma seringa e um frasco.

- O que é isso?- Beatrice perguntou seca.

- Algo para deixá-la mais soltinha. - Klaus comentou dando de ombros e Beatrice fechou o semblante com a resposta. - Seja uma boa menina e estenda o braço.

- Não vai aplicar nada em mim! - Beatrice rosnou inquieta, andando de um lado a outra na jaula como um verdadeiro felino furioso.

O médico aproximou da jaula, enfiando o braço dentro do objeto metálico para segurar o braço de Beatrice. Em um gesto impulsivo, ela agarrou o braço do homem e o torceu para o lado, tentando o quebrar.

- Eu disse que não! - Beatrice rosnou. - Sua mãe não lhe ensinou a nunca chegar perto da jaula de um animal feroz no zoológico?

- Beatrice. - Klaus a chamou. Beatrice levantou o olhar severo para Klaus. - Solte o médico! Talvez eu deva trazer certas crianças para visitá-la ...

- Se tocar nos filhos eu saio daqui e te mato, desgraçado! - Beatrice soltou o braço do homem.

    Ela agarrou as grades da jaula.

- Que tal uma garotinha de cabelos claros e curtos, ou uma tímida de cabelos longos e escuros? Ou melhor...que tal um bebê...

   Beatrice apertou a mandíbula e seus dentes começaram a ranger devido a raiva que começava a consumi-la. A mulher não teve escolha, teria que optar pelos seus filhos ou por uma suspeita quase certeira.

   Ela sentou no chão da jaula lentamente e estendeu o braço em silêncio e cabeça baixa. O médico se aproximou com receio e injetou o líquido no braço de Beatrice com cautela.

- O que é isto?- Beatrice perguntou em um sussurrou.

- Uma substância três vezes mais forte que um Viagra comum. - Klaus respondeu e Beatrice fechou as mãos em punhos.

- Eu vou te mostrar que nem o sua melhor droga vai me fazer cair aos seus pés. - Beatrice sussurrou.

- Veremos! - Klaus retrucou convicto.

    Ele se retirou junto ao médico, segundo os conhecimentos de Beatrice, não demoraria para a droga fazer efeito, em breve ela teria que estar totalmente concentrada sobre os domínios do próprio corpo.

    Depois de algumas horas, sua respiração estava ofegante, ela sentia o corpo mais quente e a pele mais sensível, a visão estava um pouco turva e seus sentidos aguçados. Sua intimidade latejava, mas Beatrice se mantinha quieta e focada.

   Klaus entrou novamente no quarto, retirando a parte de cima do terno preto e jogando em cima da cama.

- Venha, querida. Não pode mais me rechaçar. - Klaus sussurrou destrancando a jaula.

   Beatrice não se moveu, ela continuava alí, em um confronto mental poderoso entre a mente e a corpo.

- Vá para o inferno! - Beatrice rosnou ficando em pé com dificuldade, ela encarou Klaus e sorriu de canto. - É melhor fechar a jaula se tem amor a sua vida...

   Klaus percebeu que Beatrice não estava fora de si, ele então trancou novamente a jaula e alisou os cabelos para trás com decepção.

- Vamos ver por quanto tempo vai conseguir se controlar pantera... E garanto que não vai demorar. - Klaus falou pegando o blazer e jogando no braço.

Ele soltou uma risada nasal enquanto saía do quarto.

  Beatrice rosnou, levando a mão ao ventre e deixando o corpo repousar no chão devagar. Sentada ela apertou os dentes para não gemer de dor. Sentiu algo molhado e quente escorreu até a calcinha, Beatrice afastou a mesma constatando que era sangue.

Operação BIRDS 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora