Beatrice levantou encarando Klaus séria, ele sorriu de canto vendo que a mulher havia perdido o bom humor.
O médico colocou a maleta no chão e a abriu, retirando uma seringa e um frasco.
- O que é isso?- Beatrice perguntou seca.
- Algo para deixá-la mais soltinha. - Klaus comentou dando de ombros e Beatrice fechou o semblante com a resposta. - Seja uma boa menina e estenda o braço.
- Não vai aplicar nada em mim! - Beatrice rosnou inquieta, andando de um lado a outra na jaula como um verdadeiro felino furioso.
O médico aproximou da jaula, enfiando o braço dentro do objeto metálico para segurar o braço de Beatrice. Em um gesto impulsivo, ela agarrou o braço do homem e o torceu para o lado, tentando o quebrar.
- Eu disse que não! - Beatrice rosnou. - Sua mãe não lhe ensinou a nunca chegar perto da jaula de um animal feroz no zoológico?
- Beatrice. - Klaus a chamou. Beatrice levantou o olhar severo para Klaus. - Solte o médico! Talvez eu deva trazer certas crianças para visitá-la ...
- Se tocar nos filhos eu saio daqui e te mato, desgraçado! - Beatrice soltou o braço do homem.
Ela agarrou as grades da jaula.
- Que tal uma garotinha de cabelos claros e curtos, ou uma tímida de cabelos longos e escuros? Ou melhor...que tal um bebê...
Beatrice apertou a mandíbula e seus dentes começaram a ranger devido a raiva que começava a consumi-la. A mulher não teve escolha, teria que optar pelos seus filhos ou por uma suspeita quase certeira.
Ela sentou no chão da jaula lentamente e estendeu o braço em silêncio e cabeça baixa. O médico se aproximou com receio e injetou o líquido no braço de Beatrice com cautela.
- O que é isto?- Beatrice perguntou em um sussurrou.
- Uma substância três vezes mais forte que um Viagra comum. - Klaus respondeu e Beatrice fechou as mãos em punhos.
- Eu vou te mostrar que nem o sua melhor droga vai me fazer cair aos seus pés. - Beatrice sussurrou.
- Veremos! - Klaus retrucou convicto.
Ele se retirou junto ao médico, segundo os conhecimentos de Beatrice, não demoraria para a droga fazer efeito, em breve ela teria que estar totalmente concentrada sobre os domínios do próprio corpo.
Depois de algumas horas, sua respiração estava ofegante, ela sentia o corpo mais quente e a pele mais sensível, a visão estava um pouco turva e seus sentidos aguçados. Sua intimidade latejava, mas Beatrice se mantinha quieta e focada.
Klaus entrou novamente no quarto, retirando a parte de cima do terno preto e jogando em cima da cama.
- Venha, querida. Não pode mais me rechaçar. - Klaus sussurrou destrancando a jaula.
Beatrice não se moveu, ela continuava alí, em um confronto mental poderoso entre a mente e a corpo.
- Vá para o inferno! - Beatrice rosnou ficando em pé com dificuldade, ela encarou Klaus e sorriu de canto. - É melhor fechar a jaula se tem amor a sua vida...
Klaus percebeu que Beatrice não estava fora de si, ele então trancou novamente a jaula e alisou os cabelos para trás com decepção.
- Vamos ver por quanto tempo vai conseguir se controlar pantera... E garanto que não vai demorar. - Klaus falou pegando o blazer e jogando no braço.
Ele soltou uma risada nasal enquanto saía do quarto.
Beatrice rosnou, levando a mão ao ventre e deixando o corpo repousar no chão devagar. Sentada ela apertou os dentes para não gemer de dor. Sentiu algo molhado e quente escorreu até a calcinha, Beatrice afastou a mesma constatando que era sangue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Operação BIRDS 2
SonstigesLivro 2 - Mexer com uma mãe normal, pode trazer grandes problemas. Mexer com os bebês de uma mãe Pantera, pode ser fatal. Após cinco anos vivendo a favor da vida de seus três filhos, Beatrice já não sente mais falta da adrenalina das missões. J...