Capítulo 1

195 15 18
                                    

Era dia 30 de julho. Joana estava jantando com seus pais. Ela ainda se lembrava perfeitamente do dia em que chegou a casa depois do segundo ano em Hogwarts. Depois de ela ter ido para a enfermeira quando voltou da Câmara dos Segredos Mrs. Weasley mandou uma carta a seus pais dizendo que estava bem e que conseguiu sobreviver. Ao chegar a casa os seus pais abraçaram na bem forte e a mãe tinha lágrimas nos olhos de alívio de preocupação. E é claro que lhes contou tudo o que se tinha passado.
Ela agora tinha 13 anos e em setembro ia para o seu terceiro ano na escola Magia.

- Então filha, - começou a falar sua mãe.- Já acabou de preparar o presente para seu amigo? Como que ele se chama? Harry não é?

- Sim, é Harry. E estou quase, só falta acabar a carta.

Harry ia fazer anos no dia seguinte e Joana queria lhe mandar a carta e o seu presente à meia noite. O pai de Joana ligou nesse momento a televisão para verem as notícias.

- Todas as forças armadas andam à procura do assassino Sirius Black.- disse o jornalista.

- Ouvi falar nisso lá no trabalho- comentou.- Pelo que ouvi, ele fugiu da prisão e ninguém sabe onde anda.

- Só espero que o apanhem depressa.- disse a mãe.

Havia algo estranho no tom dos dois, mas ela não questionou, nem deu importância.

Quando acabou de jantar, Joana foi para o seu quarto e se sentou na sua secretária a acabar a carta. O presente já estava num pequeno embrulho. Era um pequeno acessório de metal com as suas iniciais para pôr na sua vassoura. Umas horas mais tarde quando o relógio bateu a meia noite, ela deu as coisas à coruja e a sua coruja foi até Harry.

Depois de um bocado ela foi dormir.

Adormeceu rápido, mas ela não ia ficar a dormir por muito tempo.

Teve um pesadelo. Quando acordou sobressaltada eram 4 da manhã.
Olhou no espelho que tinha na frente da cama. Os seus olhos estavam verdes, mas não era grande novidade. Teve pesadelos as férias quase todas e eram sempre sobre a mesma coisa. Embora às vezes não tivessem muito sentido.

No dia 1 de agosto, ela decidiu sair e dar uma volta por aí. O tempo estava muito bom para se estar na rua. Quando voltou para casa à hora do almoço os pais avisaram que iam sair a tarde toda, por isso ia ficar sozinha. Ela não se importou.
Passou a tarde quase toda a ler e a organizar seu quarto.

À hora de jantar os pais dela ainda não tinham chegado então fez ela o jantar. Ela adorava cozinhar e até o fazia bem. Não era como a sua amiga Mariana Lee que lhe contou que um dia quando estava a cozinhar queimou tudo e quase pegou fogo à casa.

Depois de comer, foi para o quarto responder a umas cartas. Uma da Mariana Lee, uma da Millie Lovegood, uma da Hermione Granger e outra de Draco Malfoy. E então no momento em que acabava de dar as cartas à coruja viu algo a voar no céu. Era uma coisa redonda mas deformada. Parecia uma pessoa insuflada.

E era mesmo. Joana começou a conseguir ouvir a coisa redonda a gritar por ajuda. Era uma voz de mulher, mas como é que era possível uma pessoa estar daquela maneira a voar? Uns minutos mais tarde tocam à campainha. Ela desce as escadas até à porta e abre. Era Harry e tinha o seu grande malão com as coisas de Hogwarts lá e a gaiola da Hedwig a sua coruja.

- Harry! Olá. O que faz aqui? E como é que sabe onde vivo?

- Olá. Você uma vez numa carta me falou onde morava. Então segui a morada e ao que parece você mora a dois quarteirões da casa dos meus tios, onde eu vivo.

- Oh.- Joana diz rindo. Não fazia ideia disso.- Mas o que está fazendo aqui com todas as suas coisas?

- Bem... Digamos que eu fiz minha tia parecer um insuflável...

- VOCÊ O QUÊ? Então era a sua tia voando no céu?!- gritou Joana

- Não grite. Eu explico tudo. A minha tia Marge é das pessoas que mais odeio na minha vida, e ela me odeia a mim. Hoje ela foi lá a casa e começou a fazer perguntas sobre onde eu supostamente estudo, e sobre os meus pais. Ela começou falando coisas horríveis sobre eles e eu quando me irritei a sério fiz com que ela se insuflasse. Mas foi um acidente. Só não consegui suportar ouvir as coisas que ela falava.

Joana ficou em silêncio uns segundos e rio leve.

- Essa é a história mais engraçada que me podia contar agora. Não se preocupa, ela teve o que merecia, ela não devia falar de seus pais. Mas tem a noção de que fez Magia fora da escola certo? Isso vai contra a lei dos bruxos.

- Eu sei, eu sei. Mas bom, eu já vou...

- E vai para onde?- Joana pergunta logo.

- Não sei bem, talvez para algum lugar no Beco Diagonal, eu depois vejo.

- Pode sempre ficar aqui.

- Não, não quero dar trabalho. Ainda por cima não estou propriamente longe dos meus tios.

- Está bem, então espera aí vou só buscar as coisas.- Joana diz simples.

- Como assim?- perguntou Harry olhando confuso para ela.

- Você acha mesmo que vou te deixar andar por aí sozinho? Nem pense. Eu vou com você. Senta aí no sofá, eu já venho.

Joana subiu as escadas até ao seu quarto e arrumou todas as suas coisas. Depois escreveu um bilhete para os pais explicando tudo.

- Pronto! Vamos- disse ela a Harry.

Ambos saíram e foram pela rua fora à procura de alguma maneira de chegar ao Beco Diagonal

✩Joana Frost✩ [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora