Libertação

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Andy Herrera

"Mas que porra é essa?" Ouvir de Ryan que ele ainda me amara, não era algo que eu desgostasse por inteiro, porque parcialmente, era um sentimento recíproco. A diferença é que meu amor por ele, sempre fora como um laço intenso e único. Ele me entendia, sem que eu precisasse me explicar. Ele estivera comigo, nos momentos em que precisei. Enquanto para ele, éramos nossos "primeiros" tudo. Dissemos "eu te amo" pela primeira vez, um para o outro. Namoramos pela primeira vez, um com o outro. Fizemos amor pela primeira vez, um com o outro. E não poderia simplesmente fingir que tudo isso não tinha um significado.

Desta forma, era extremamente difícil não ter sentimentos por ele, mesmo depois dos últimos ocorridos. Apesar de ainda sentir coisas muito lindas por Ryan, me preocupava de verdade consigo e, não gostaria de machucá-lo de maneira alguma, o que parecera muito mais difícil de fazer, tendo-o em minha porta de casa me dizendo essas coisas, em um dia extremamente difícil e confuso. "Justo hoje que finalmente, entendi meus sentimentos por Robert!".

– Olha, Ryan. As coisas são muito mais complicadas, agora. – expliquei. – Muita coisa aconteceu nessas últimas semanas e não quero te prender a mim.

– Eu não quero me prender a você, Andy. Eu quero ter a oportunidade de estar perto. De te apoiar.

– Eu agradeço Ryan, de verdade. Mas... – peguei em sua mão e o olhei com ternura. – Não quero que você crie expectativas por algo que já está no passado.

– Então você não me ama mais. – soltou da minha mão e virou de costas.

– Eu te amo Ryan, sempre vou amar. Só não é mais da mesma maneira!

– Eu sempre vou estar do outro lado da rua, para você Andy. Como seu amigo, se é o que prefere.

– Eu te amo tanto que mataria a mulher que ousasse brincar com seus sentimentos. E não quero cometer suicídio, sabe. Sou maluca, mas não tanto. – sorrimos um para o outro, enquanto ele assimilava minha tentativa de amenizar a dor com humor.

– Eu ainda sou a pessoa que mais te conhece?

– Bom, uma das. Meu pai tá se esforçando bastante por esse posto também.

– Bom, mas te conheço?

– Sim Ryan, você me conhece. – acenei com a cabeça e sorri timidamente.

– Você precisa falar o que sente para ele. – nesse momento eu não pude conter meu sorriso de orelha a orelha, apenas em ouvi-lo mencionar subliminarmente Sullivan.

– É, eu preciso. – me aproximei de Ryan, e parei do seu lado. – Acha que eu tô encrencada? – perguntei, lhe cutucando com o cotovelo.

– Eu acho que você SEMPRE está encrencada. – sorriu, devolvendo-me o cutucão e descendo as escadas para se dirigir a sua casa.

– Eu te odeio Ryan Tanner. – gritei.

– Ah, você não odeia não. Você me ama. Acaba de me falar isso, mocinha. – trocamos sorrisos uma última vez e entrei em casa.

Eu não poderia estar mais cansada, então fui direto para o quarto, arranquei a roupa do corpo, liguei a ducha no quente e deixei a água cair em cada centímetro do meu corpo. Estava quente e ofegante. O silêncio era meu único companheiro e pude ouvir as batidas fortes do meu coração, ao lembrar de cada toque dele em meu corpo. "Meu Deus, isso é uma droga muito viciante!". Dei por mim, que já se passavam da uma da manhã e sequei meu corpo para deitar-me. Assim o fiz, cinco minutos depois já havia adormecido, totalmente despida. Da mesma maneira que desejara estar para Robert.

A FORÇA DO DESTINOOnde histórias criam vida. Descubra agora