capítulo 2

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Os dois começaram andando pela rua escura e vazia em silêncio. E então Joana decide falar quebrando o silêncio entre os dois.

- Harry.- ela chama sua atenção.

- Sim?

- Se você não queria ficar em minha casa, porque é que lá foi?- ela pergunta com curiosidade.

- Eu não sei...foi impulsivo. E é que, eu nunca pensei que pudesse viver tão perto de mim, então quando encontrei a sua casa, vi que ficava demasiado perto dos Dursleys...

- Eles são tão maus asskm?- perguntou Joana lentamente.

- Eles não são maus... São cruéis. Me tratam pior que um elfo doméstico. Antes de dormir no quarto que tenho agora, passei uns 10 anos a viver num armário que havia debaixo de umas escadas. Fui sempre maltratado pelo meu primo. Por causa dele nunca tive amigos antes de ir para Hogwarts!- desabafou Harry libertando toda alguma raiva.

Joana se virou para Harry suspirando triste por ele e o abraçou fortemente.

- Lamento que tenha passado por isso...- sussurrou ao ouvido de Harry.- Eles não merecem você.

- Não se preocupe. Agora tenho amigos e uma família de coração. E eu não podia pedir melhor.- ele diz dando um pequeno sorriso retribuindo o abraço.

Se separaram e continuaram a andar.

- O que é que acha que vai acontecer?- perguntou Joana após pensar uns segundos.- Quer dizer, você fez Magia fora da escola. Acha que vão te expulsar, ou coisa assim?

- Não faço ideia, mas sinceramente não me arrependo de nada do que fiz àquela mulher.

- Acha que podíamos tentar ir para a Toca?

- Não, não vai dar. O Ron mandou uma carta a contar que o pai consegui ganhar algum dinheiro no trabalho e foram todos ao Egito. Não sabia?- perguntou Harry estranhando.

- Não, eu nestes meses não recebi nem uma carta do Ron. Mas não me admira muito. Eu notei como ele andou estranho comigo depois de saber o que aconteceu comigo no ano passado.

- Porque é que acha isso?- Harry pergunta não tendo notado nada.

- Bem, quando vocês foram me visitar na enfermaria ele quase nem falava e nem me olhava nos olhos. E aconteceu o mesmo no jantar de final de ano. É óbvio que ele anda se afastando de mim só porque sou a Herdeira de Slytherin.- explicou Joana olhando para o chão.

- Ah... Eu não tinha reparado. Ele vai mudar de ideias de certeza. É uma novidade nova, lhe dê tempo, ele se acostuma.

Joana não respondeu. Estava atentamente a olhar para uns arbustos que havia do outro lado da estrada.

- O que foi?- perguntou Harry

- Olha.- disse ela baixinho.- está qualquer coisa ali, nos arbustos nos observando...

Harry pegou na varinha largando o seu malão. Joana fez o mesmo

- Lumus! - disse apontando para os arbustos.

E ao verem o que era ambos se assustaram. Era uma espécie de cão, mas maior que qualquer outro, tinha um pelo muito escuro e olhos reluzentes.
Recuaram uns passos e ambos tropeçaram nos seus malões. Harry caiu no chão e Joana acabou por cair para cima dele raspando com a mão no chão.

- Aí!- disse Harry

- Desculpa...- Joana saiu de cima dele e se sentou no chão.

E de repente ouvem um enorme barulho de um veículo.
E apareceu mesmo na frente deles um enorme autocarro de três andares com uma pintura roxa. A porta do autocarro abriu e saiu de lá um homem com um pequeno papel na mão e começou a ler.

✩Joana Frost✩ [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora