Ethan estava olhando para a janela do quarto de Antony, no qual o mesmo dormia profundamente, Ethan estava cansado, na verdade exausto, porém preferia não mostrar fraqueza para seu irmão que já estava com problemas de mais.
Toc toc ...
Batidas na porta foram ouvidas e Ethan pede que entre, a pessoa que abre a porta é um homem diferente, ele pensava que Andrew seria o primeiro a vir checar seu irmão.
_ Bom dia senhor Adam’s.
_ Bom dia, quem é você?
Questiona desconfiado para o médico a sua frente.
_ Me chamo Nicolas, sou um dos médicos responsáveis pelo seu irmão, doutor Andrew não está se sentindo muito Bem, por isso vim no lugar dele da uma olhada no paciente.
_ O que ele tem ? É grave ?
O médico sorri de lado.
_ Não se preocupe ele está bem, só indisposto.
Nicolas então examina Antony e mexe com as pernas dele, ele finca uma agulha no pé de Antony que acaba respondendo aí furo de forma até mesmo rápida.
_ Hum, isso é bom.
Ethan se aproxima da cama do seu irmão e olha o médico.
_ O que é bom ?
_ Seu irmão ter respondido aos estímulos mostra que ele pode recuperar rápido os movimentos das pernas, elas estavam dormentes antes, o motivo dele não ter sentindo elas, além do fato de ter sido esmagadas, e precisar por pino, seu irmão deu muita sorte, mas a recuperação vai ser dolorida e talvez ele sentirá dor nelas por muito tempo.
Ethan olha seu irmão dormindo e alisa seu cabelo.
_ Quero o melhor tratamento possível que ele possa ter nesse hospital, eu quero ele bem e forte pra voltar a fazer o que ama.
_ Não se preocupe senhor Adam’s, seu irmão vai ter o melhor tratamento possível.
Antony acaba de mexendo na cama e abre os olhos, ele vê seu irmão e sorri e olha para o outro lado e vê o médico que precisava.
_ Bom dia Antony, como se sente ?
Pergunta o médico medindo a pressão dele.
Antony sorri.
_ Estou bem doutor, estou feliz em te ver.
Ethan acha estranho a reação do seu irmão com o médico, ele não deveria ficar assim pelo Andrew ?
Nicolas sorri para Antony.
_ E posso saber por que está feliz ? Não me diga que é pelo o que eu disse naquele dia ?
Antony balança a cabeça em negação.
_ Por ter salvo a minha vida e do meu melhor amigo, você é meu salvador e preciso retribuir de alguma forma.
Ethan ergue uma sobrancelha sem entender nada.
_ Não foi nada, meu trabalho é salvar vidas e estou feliz que tenha sobrevivido, mas acho que você precisa agradecer uma outra pessoa também, você teve duas paradas cardíacas nesses últimos dias e quem te trouxe a vida foi outro médico.
Antony o olha confuso.
_ Eu quase morri mais duas vezes ? Quem me salvou além de você ?
Antony olha para Ethan.
_ Irmãozinho seu nome é Andrew, você estava bem ansioso para vê-lo aquele dia que acordou assustado, hoje ele não se encontra no hospital mas logo mais deve aparecer e peço que venha te ver.
_ Do que está falando Ethan ? A pessoa que eu queria ver era o doutor Nicolas, não sei quem é esse Andrew, mas se ele me salvou também preciso agrade-lo.
Novamente Ethan ficou em choque ao perceber que nem Antony e nem Andrew ainda perceberam o destino deles.
Três meses depois...
Hoje é o dia que Antony terá alta do hospital, mas continuará fazendo seu tratamento e exercícios, ele precisou ficar de observação por causa das sessões de fisioterapia, seu corpo se encontrava em bom estado, mas teria um processo demorado para voltar a caminhar novamente, nesses meses que se passaram Antony recebeu duas visitas, uma delas foi Nethan que vinha uma vez na semana para vê-lo desde que saiu do hospital e seu irmão que ia quase todos os dias vê-lo, Antony sempre recebia visitas de seu médico, o doutor Nicolas, porém sempre perguntava do doutor Andrew que nunca mais apareceu em seu quarto.
Nicolas e Antony se tornaram amigos, sempre que dava a Nicolas passava em seu quarto e eles variam papo ,falavam da vida e o que Antony faria depois de sair do hospital.
Porém Antony se sentia ansioso, quer muito agradecer o tal médico Andrew, já que falam muito bem desse médico e ele nunca o viu.
Enquanto estava imerso em seus pensamentos, alguém bateu na porta.
_Pode entrar.
Disse Antony vestindo sua camisa sentado na cadeira de rodas.
- Olá Capitão.
- Olha só quem veio me ver.
Sorriu ao ver o homem que entrava.
- Espero não estar te interrompendo, soube que você iria sair hoje então resolvi ver se precisava de alguma coisa.
Antony abriu seu belo sorrio torto.
-Major Yago, muito obrigado pela solidariedade, eu fico feliz pela sua visita.
- Peço desculpa Tony, era para eu ter vindo antes, mas acabou que não deu, depois do que aconteceu com você e sua equipe tive muito trabalho.
Antony fechou a cara.
- Eu sei senhor, peço perdão também, afinal eu fracassei na minha missão, aceito qualquer punição que me der.
O homem a sua frente sorriu mostrando suas covinhas, Yago era um homem baixo, com sorriso gentil e duas covinhas uma em cada bochecha, mas não se engane pelo seu olhar e sorriso gentil, era um homem ágil e inteligente, estrategista e sabia muito bem como manipular seus oponentes para derrotá-los, era o melhor na sua profissão e isso era incontestável, Antony tinha muito orgulho de fazer parte da equipe do Major Yago.
- Não irei te punir Tony, você não fez nada de errado e muito menos sabia o que iria acontecer então não se sinta pressionado, já aconteceu e você não fracassou totalmente na sua missão, não de preocupe, prendemos algumas pessoas que faziam parte , apenas nos resta descobrir quem armou para você e sua equipe pois tenho certeza que foi armação, parecia que tudo foi calculado, a pessoa permitiu a sua entrada de modo muito fácil.
- Eu notei que de fato foi fácil demais entrar na mansão e mais fácil ainda pegar um do políticos lá presente, não tinha nenhuma segurança naquele lugar, a culpa é minha senhor, eu fui negligente e confiei de mais no meu ego e quando vi tudo já tinha acontecido.
Antony abaixou a cabeça.
- Já te disse que não é sua culpa, me escuta, eu te conheço a muitos anos Tony, sei o quão ótimo você é no que faz, em um ano você já tinha súbido de patente e sendo o melhor agente daquele lugar, eu não o escolheria se não enxergasse potencial em você e hoje sem medo nenhum afirmo que você é o meu melhor policial e tudo que eu pude ensinar a você eu ensinei, eu poderia te passar meu cargo agora, mas infelizmente as coisas não são simples, você é o único junto a Nethan e Camily em quem confio, sabe disso não é?.
Yago tocou o ombro do seu discípulo.
Antony assentiu, sentindo certo alivio depois das palavras do seu Major.
_Com licença.
Yago e Antony olharam para a porta vendo certo médico alto com um lindo sorriso na boca.
_Quem é você ?. pergunta Antony extasiado com a beleza da pessoa na sua frente.
_ Sou o doutor Andrew, soube que você estava me procurando, me desculpa não aparecer aqui por tanto tempo, precisei me ausentar um pouco.
Andrew entra no quarto de Antony e se aproxima dele.
_ Prazer em conhece-lo Antony.
Ele estende a mão para Antony que aperta e fala:
_ Prazer em conhece-lo doutor, queria te agradecer por ter salvado a minha vida, sei que tive duas paradas cardíacas e você conseguiu me trazer de volta, obrigado, hoje posso voltar pra casa vivo graças a você.
_ Não precisa me agradecer, fiz o meu trabalho e estou feliz que está indo para casa bem, lembre- se de continuar as fisioterapia, sabe que mesmo que consiga ao menos ficar um pouco em pé, precisa exercitar elas.
Andrew sorri mostrando suas covinhas, ele tinha olhos acinzentados que brilhavam no sol, e tinha o sorriso mais encantador que Antony já havia visto, Antony estava tão fixado no rosto de Andrew que nem percebeu que seu chefe estava observando tudo em um canto.
_ Huhum...Muito prazer doutor Andrew, sou o major Yago, chefe dele.
Andrew estendeu a mão para cumprimentar o chefe de Antony depois de sair do transe que estava.
- O prazer é meu major, espero que cuide bem do meu paciente depois que ele sair.
Ambos rirem.
_ Não se preocupe, ele terá uma guarda excelente cuidando dele.
Andrew concordou e olhou novamente para Antony.
Yago percebendo o clima no quarto resolveu sair.
- Vou indo então Antony, seu irmão disse que já está vindo, espero você no batalhão depois que sair, não tenha pressa ok? Quando tiver melhor vai lá.
Ele lhe deu um abraço e se despediu do Andrew.
Andrew estava sentindo algo estranho, depois que saiu desse quarto a última vez, estava tendo sonhos mais complicados do que se podia imaginar e não conseguia dormir, além dos problemas com seus irmãos que o estava perturbando, de alguma forma ele não queria vir nesse quarto, mas por insistência de Nicolas, acabou cedendo .
- Então... Bem, eu vim ver como você estava, já que está de alta do hospital e sairá agora.
- Hum, eu estou bem, graças ao doutor Nicolas , a paciência e capacidade dele me ajudaram a recuperar meus movimentos em tão pouco tempo.
_ Fico feliz por ouvir isso, espero que se recupere mais rápido ainda.
Antony estava sério, aquele jeito em que o medido o estava tratando tão friamente o deixava completamente irritado, ele não entendia como apenas o médico ficar no mesmo ambiente que ele já o irritava tanto.
Os dois estavam se encarando quando novamente alguém entra no quarto.
_Doutor Andrew, estamos com problemas, a doutora Miriam está brigando com a enfermeira Hanya no corredor da UTI.
Andrew suspirou pesado, aquela mulher lhe dava nos nervos, só aceitou ela no hospital por causa do marido dela, o doutor Nicolas que era seu amigo, por que se não fosse por ele, aquela mulher já estava na rua a muito tempo.
_Já estou indo. Ele se vira para Antony.
_Boa sorte fora daqui senhor Adam’s, a partir de agora seu medico fisioterapeuta será o Dominique, ele é muito bom espero que você se adapte, até mais.
Dizendo isso ele andou para sair do quarto.
_Doutor Andrew!.
Chamou Antony com certa urgência.
_Sim...
Antony pensou um pouco no que iria falar, mas nada saia da sua boca, ele abriu algumas vezes, mas não sabia se deveria só agradecer ou algo mais.
_Eu.. é...hum...Agradeço a você por tudo, foi bom te conhecer Doutor, você me salvou e não sei nem como te retribuir, prometo te recompensar depois.
Andrew sorriu para Antony, aquele sorriso fez o coração de Antony se esquentar e ele sorriu de volta.
_Não precisa, já disse que fiz o que minha profissão exige, que é salvar pessoas, jamais te deixaria morrer na minha frente sem fazer nada.
Ele então, sai e vai ao problema que o encontra, deixando um Antony totalmente embriagado pelo sorriso do seu medico.
Ao chegar no corredor da UTI, Andrew viu no exato momento que Miriam ia dar um tapa em Hanya, ele se apressou e segurou a mão de Miriam antes que ela atingisse Hanya, que estava totalmente encolhida.
O semblante de Hanya era totalmente preocupante, a garota tremia ao ser encurralada pela medica, Andrew separou as duas e se pôs na frente de enfermeira.
_Encosta nela e teremos um problema Miriam.
Assim que ela viu Andrew, ela abaixou sua mão e se fez de coitada.
_Doutor Andrew, essa enfermeira simplesmente me agrediu do nada, eu apenas revidei.
Andrew riu sarcasticamente.
_A senhorita acha que nasci ontem? Que eu sou burro ou que?
Ela forçou seus olhos para chorar.
_Doutor não penso isso, jamais, sabe que te admiro.
Hanya apertou o braço de Andrew, seu rosto estava vermelho pelo choro.
_Doutor Andrew, está tudo bem.
Andrew a olhou com raiva.
_Está tudo bem enfermeira Hanya? Olha para seu rosto todo vermelho, seu braço está com marca de dedos, isso é agressão.
Ele volta seu olhar para Miriam.
_Vamos para minha sala Miriam... AGORA.
Ela se assustou, Andrew não era de gritar, sempre preferiu falar mais baixo, aquela foi a primeira vez que ouviram ele aumentar a voz com alguém.
_Andrew, por favor...
_Não vou falar novamente.
Andrew se vira para Hanya.
_Vai no banheiro lavar esse rosto, e depois vai pra casa descansar, se eu te ver perambulando pelo hospital Hanya eu te demito entendeu?
Ela sacode a cabeça totalmente em choque e sai correndo para longe.
_Vamos Miriam.
Andrew andou ate o elevador e percebeu que ainda tinham muitos curiosos ao redor.
_VÃO TRABALHAR TODOS VOCÊS, OU QUEREM TER UMA CONVERSA COMIGO COMO A SENHORITA MIRIAM? GARANTO QUE NÃO VÃO GOSTAR.
Na mesma hora todos saíram para seus afazeres, alguns nem sabiam o que precisavam fazer, apenas fugiu.
_Andrew, me desculpa, por favor, isso não vai se repetir.
Miriam segurava o braço de Andrew com força, se precisasse ela suplicaria para que Andrew não a demitisse.
Ele solta o braço dela.
_Como você tem coragem de mentir pra mim Miriam? Sua cara nem treme com essa mentira.
Ele entram no elevador, Miriam não podia ser demitida, Nicolas e ela brigariam feio quando ele descobrisse esse deslize dela, os dois já não andavam muito bem, se ela fosse demitida ai sim eles terminariam de vez.
_Andrew, por favor, Nicolas vai brigar comigo, perdoa esse mau entendido e vamos seguir em frente, ninguém precisa saber do que aconteceu, eu prometo nem chegar perto daquela songamonga.
Andrew revirou os olhos, até a voz dessa mulher o irritava.
O elevador chegou ao andar de Andrew, eles caminharam até a sala dele, assim que entraram ela começou a chorar.
Ele suspirou.
_Eu nem falei nada e você já está chorando? Isso tudo é culpa?
Falou ele se sentando na sua mesa.
_O que vai acontecer comigo? Vai me demitir?.
_Eu deveria, o que você fez é imperdoável e antiético, você agrediu uma funcionaria minha, e essa nem é a primeira vez que você apronta aqui, se fosse, eu até poderia pensar em deixar pra lá, mas eu estou cansado de tentar te ajudar, sabe muito bem que só continua nessa hospital por que eu permito e por causa do seu marido que é muito amigo meu.
_Eu sei, eu sei Andrew, agradeço sua boa vontade comigo, sou eternamente grata.
_Muitos dariam a vida pra trabalhar aqui Miriam e você desperdiça essa chance cada dia que passa, portanto a partir de hoje você não vai trabalhar nesse hospital mais, você vai para o hospital publico que fica na região mais carente da cidade, você irá ajuda-los como medica geral.
Quando ela ouviu aquilo, seu choque se transformou em pavor, trabalhar em hospital publico era o cumulo, ela sabia que seria o fim da sua carreira, seu olhar de ódio não deixou de ser percebido pelo Andrew.
_Por que do olhar Miriam? Estou te dando mais uma chance, não deveria estar feliz?
Ela estava furiosa com aquele deboche em forma de gentileza.
_você é um tremendo cretino, filho da puta, não é atoa que matou seu ti..
Ela tampou a boca.
Andrew se levantou da sua mesa e se aproximou dela, Miriam era pequena e cheinha, mas tinha um rosto muito bonito, mas não valia nada, ele a encarou de perto, sem expressar nenhuma emoção.
_Eu estava querendo te ajudar, mas agora não quero mais, pega suas coisas desse hospital Miriam e dê o fora, suma da minha frente, desapareça, por que se eu te ver de novo, não sei do que sou capaz, se não sair sem fazer escândalo, vou pedir os seguranças para que te tire daqui a força entendeu.
Ela tremeu de medo, Andrew conseguia ser assustador de mais quando falava olhando fixamente para alguém, infelizmente aquele olhar assassino que ela sentiu até arrepios no corpo, eram direcionados para ela.
_An..an..dre...e..w me..me des..cul..pa eu juro que não foi minha intenção, não queria lhe machucar, me perdoa.
Ela se joelha no chão, foi nesse momento que seu marido entrou na sala.
_O que é isso? Se levante Miriam.
Ele a ajudou a se levantar, ela o abraçou.
_Nico, conversa com Andrew, por favor, ele quer me mandar para o hospital público.
Nicolas olhou para seu amigo, e viu que Andrew olhava Miriam com desprezo.
_Andy, por que vai manda-la pra lá? O que está acontecendo?
Andrew estava tão irritado daquela conversa que simplesmente pegou uma pasta de ocorrências e entregou Nicolas.
_Essas são as ocorrências da sua esposa, nota-se que ela gosta muito de humilhar enfermeiros, mas hoje foi o ápice da loucura dela, ao agredir Hanya, a garota estava com o braço com a marca certinha da mão da sua esposa, eu tentei ajuda-la, todas as vezes eu a perdoava em consideração a você Nicolas, mas dessa vez ela ultrapassou os limites, eu dei a opção do publico para que ela não ficasse sem emprego, mas ela simplesmente não sabe controlar a língua, agora eu quero ela fora do meu hospital e não quero mais discutir isso.
Nicolas estava furioso enquanto lia as ocorrências, ele apertou o braço de Miriam que se desesperou com a força que seu braço estava sendo apertado.
_Vamos para casa Miriam... Andrew eu vou corrigir minha esposa.
Nicolas puxa Miriam e os dois saem da sala de Andrew que se viu mentalmente cansado com aquela conversa, agora era mais uma pra colocar a culpa da morte de seu tio nele.
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Na Vida e Na Morte ( Uma Nova Versão)
عاطفيةSinopse: ''Esse amor vem de Deus, sinto que é eterno, mesmo em outras vidas te amarei, é verdadeiro, já estava no roteiro, o Criador te fez para eu amar você por toda vida.''