mercy parte 4

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- a gente precisa ir- maia sussurra para uma izzy em prantos, sua voz quebrada assim como seu coração depois de ouvir a música, o desespero e a dor na voz do Simon.
  As duas se levantam, saindo pela mesma porta que entraram, cada uma perdida em seus próprios pensamentos e dores quando escutam passos de alguém correndo.
- EI, ESPEREM.- E elas param, mais por choque que por vontade e se viram pra ver simon ofegante, apoiando- se em uma parede.
- eu conheço vocês de algum lugar?- não mais que um sussurro, mas parece um grito em meio a rua agora vazia.
-não, tenho certeza que não nos conhecemos.- responde maia sabendo que izzy não conseguiria falar.
  - não, eu... eu sei que eu ja conheci vocês em algum lugar. - ele treme, frágil como nunca se sentiu antes, mas ele precisa entender.
-não sei do que vc está falando.- a voz da caçadora de sombras corta o ar como seu chicote poderia cortar um demônio em dois.
   Como uma ultima alternativa para chamar a atenção daquelas garotas ele tira de seu pescoço um cordão e coloca na mão da caçadora de sombras que parece chocada com a pequena cruz de prata e ouro preso em um colar.
 - eu sou Judeu, então porque eu tenho um crucifixo? Porque eu sei que ele é tão importante pra mim? - lagrimas caem mais uma vez de seus olhos e ele sente raiva de si mesmo por não saber o porquê da dor.
   - quem é ele?
   -quem?- pergunta maia mesmo ja sabendo a resposta.
   -o homem dos meus sonhos, a pessoa que me deu essa jaqueta, o que ele é pra mim? Porque doi tanto pensar em alguém que eu nem sei quem é? 
   -Simon...- Izzy chega perto do Simon, que desmorona nos braços da morena, chorando corpiosamente em luto por alguém que ele nem ao menos sabe porque deveria sentir.
- porque ele é tão importante pra mim? Porque, porque... PORQUE?- seu grito ecoa por toda a rua e maia o abraça tentando dar a ele um conforto mesmo sabendo que ela não é quem ele precisa.
 O grito preso em sua garganta, a necessidade de pedir por misericórdia sem saber de seus pecados, a dor dilacerando sua alma, tudo isso se resume a uma palavra, ao seu céu e inferno, um nome de um anjo assim como aquele que o tem, sua voz escapa de si mesmo em tons errantes e a dor que parece o prender constantemente sem saber exatamente por que.
   Um grito na garganta.
  Braços que não são os braços dele, calor que não é o calor dele.
  E o grito, depois de desse tempo ecoou, a dor saindo de seus poros quando todas as lembranças inundaram sua mente.
                           RAPHAEEEEEEL!

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