Estava correndo, não sabia para onde, mas sabia que estava em perigo, que o quer que fizesse, não podia parar de correr, por isso continuou. Era uma floresta íngreme, pela escuridão ela se apreçou a fugir na floresta a noite, o pior erro de alguém. Conseguia ouvir passos de alguma coisa a seguindo, as folhas secas no chão, os galhos se partindo e formando um som assustador naquele silencio medonho.
Ela não conseguia enxergar um palmo a sua frente, corria por instinto, na busca de algum lugar que pudesse lhe servir como abrigo. Mas sempre que achava que estava em um caminho certo tropeçava e caia, seus joelhos estavam ralados, suas mãos em carne viva, sentia o sangue escorrendo pelos seus joelhos.
Estava descalça e por algum motivo que não sabia, estava usando uma camisola grande branca e que ia até os pés, a barra já estava preta de sujeira e onde cobriria os joelhos estava rasgada, parecia ser a única coisa que cobria o seu corpo. Seus cabelos pretos já estavam grudados em seu rosto pelo suor que escorria, sua pele uma vez branca agora se misturava o preto da sujeira e o sangue de seus joelhos. Como viera parar ali? Onde seus amigos estavam? E porque parecia que seus amigos não estavam vivos, que algo dentro dela sabia que era a única que restava e por isso tinha que fugir?
— Anna, não pode correr para sempre, seu coração já me pertence, você me pertence! — Gracejou a coisa.
O pânico se restaurou dentro de Anna, e ela pois se a correr, como nunca tinha corrido antes, olhava ao redor em busca de algo, qualquer coisa que pudesse usar como arma, mas o que usaria? Se nem enxergar ela poderia? Deveria ser alguma brincadeira de mal gosto, descobriria que seus amigos estavam bem e que nada daquilo estava acontecendo, mas porque parecia que tudo aquilo era real? Que ela devia saber, para se proteger?
De repente acabou encontrando um terreno firme, sem buracos e aparentava ser habitado, entrou aos tropeços em busca de alguém que pudesse ajuda-la.
— Socorro! Estou sendo seguida, alguém me ajude! — Gritou.
Porém quando chegou no meio do acampamento reconheceu sua barraca, a de Isabela, e de Pedro e Diego.
Não podendo acreditar em seus olhos ela olhou em volta, para ter mais alguma pista de onde estava e achou uma lanterna largada no chão, quando a ligou, virou em direção as coisas espalhadas pelo lugar e o que viu a aterrorizaria para sempre.
Barracas cortadas, rasgadas e roupas espalhadas pelo chão, sujas de sangue, pareciam leva-la a um lugar especifico e quanto mais seguia nessa direção, mais o seu coração palpitava, mas não conseguia fazer seus pés pararem por isso continuou seguindo, e o que parecia ser uma clareira estava seus amigos, todos mortos, pendurados no que parecia ser uma cruz de troncos de arvores, todos com símbolos estranhos no peito e barriga, o sangue pingava no chão deixado uma grande poça.
Sabia que eles estavam mortos, conseguia perceber isso, mas precisava de alguma forma chegar mais perto, contudo quando se aproximou de Isabela a garota soltou um grito tão estridente que Anna sentiu seu corpo se retesar de pavor, seus olhos focavam em algo a sua frente. Quando se virou viu uma coisa imensa, olhando-a, sorrindo por tê-la em fim capturado e quando se preparava para correr, a coisa pulou nela fazendo gritar por ajuda, qualquer um.
— SOCORROOO!
Oii, aqui é a Bia, esse conto veio por meio de um sonho e eu não podia deixar de trazer ele aqui, precisava colocar em palavras o que eu senti quando eu era Anna e sentia o que ela sentia.
As publicações serão uma vez por semana, não sei ainda o dia certo, mas será apenas uma vez na semana... Será de poucos capítulos, mas espero que gostem =)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinada a Morrer
Short StoryAnna uma típica garota de São Paulo, bonita de olhos claros e de cabelos muito pretos, tem amigos que ama e uma família que ela na maioria das vezes suporta. Está na metade de sua faculdade de letras, com a vida totalmente encaminhada, mas em um fim...