Raiz

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  Logo após a morte de meu pai minha mãe decidiu que seria melhor morarmos em uma casa menor na cidade, pois morávamos no campo, seria perigoso para nos dois se continuássemos lá, pois não haveria meu pai, e também seriam melhores as chances de trabalho para minha mãe, pois até o presente momento ela não trabalhava. Com o dinheiro do seguro de vida, minha mãe conseguiu comprar uma casa, pequena porém bem aconchegante, ela era feita de madeira, tinha cinco cômodos, as janelas eram grandes e o jardim continha belas flores, aquelas malditas flores vermelhas como sangue.

Depois de alguns dias caçando minha mãe conseguiu um emprego, ela estava trabalhando em uma loja de roupas, casuais eu acho, não havia muita coisa legal naquela loja a não serem os doces que eles davam para as crianças que iam com seus pais comprarem roupas, com a morte de meu pai, um tempo depois, cerca de 30 dias minha mãe começou a beber, logo após o trabalho com algumas amigas dela, mesmo eu sendo apenas uma criança de nove anos eu sabia de longe que aquelas "amigas" não eram pessoas boas desde que eu me lembre, eu tenho este sexto sentido, sei quais pessoas presta e quais não, quase sempre estava correto, mais como tem uma primeira vez pra tudo, às vezes meus argumentos estavam errados.

Certa noite minha mãe chegara tarde a casa em torno das dez horas, um homem havia trazido ela, alto e com barba feita, usava uma camisa social entre aberta branca e uma calça jeans, sapatos sociais e também um relógio, ele tinha um carro branco, um Ford Mustang, foi à primeira vez que vi um, ele desce do carro, da à volta nele e abre aporta para minha mãe, essa foi a primeira vez que vi ela daquele jeito, tão deplorável. O homem pega minha mãe e coloca o braço esquerdo da minha mãe em seu ombro e a carrega ate a porta e me pergunta.

- É aqui onde Esther mora? Você é o filho dela?

- Respondo que sim.

Então ele entra com minha mãe e coloca-a no sofá, então ele pede uma coberta.

- Garoto você poderia pegar uma coberta para sua mãe?

- Sim é claro. Não tinha noção do que esta acontecendo, por que este homem trousse minha mãe em casa? Como ele sabia o nome da minha mãe? Como e por que minha mãe esta tão bêbada.

- Aqui esta a coberta. Entrego a ele, então faço a pergunta. Como você sabe onde minha mãe mora e o que aconteceu pra ela estar assim? Pergunto a ele.

- Bem, primeiramente meu nome é Arthur e sou um amigo da sua mãe, ela bebeu demais hoje, disse que queria afogar todas as suas magoas.

Aquilo não me parecia nada convincente, minha mãe não bebia tanto assim, como eu disse anteriormente eu tenho um sexto sentido, e ele esta apitando disparadamente na presença de Arthur.

- Assim, entendi, quando na verdade não tinha entendido nada, e descido esperar minha mãe acordar no dia seguinte, para perguntar.

- Bem já é tarde é preciso ir, diz Arthur, cuide da sua mãe, ela é uma mulher muito forte.

Eu já disso, não precisava que alguém, um estranho me disse. Eu concordei com a cabeça.

- ok, obrigado por trazer minha mãe. Então ela sai, fecha a porta, a porta range ao ser feichada e escuto o motor do carro ligar e sair.

Minha mãe dorme profundamente, mesmo eu tendo apenas nove anos tenho que ser um adulto às vezes, meu pai me dizia que o caráter de uma pessoa esta presente com ela desde o nascimento, hoje eu entendo o que ele queria dizer.

No dia seguinte, acordo e minha mãe esta na cozinha é manha de sábado e ela não trabalha, passo pelo corredor e pela sala e chego à cozinha, me sento à mesa e então ela me diz.

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