Tᴀɴᴀᴛᴏᴍᴀɴɪᴀ | Pᴀʀᴛᴇ I

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   ᴘᴀʀᴛᴇ ɪ
𝘗𝘳𝘦𝘭𝘶́𝘥𝘪𝘰 𝘢̀ 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘵𝘳𝘢́𝘨𝘪𝘤𝘢 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘮𝘶𝘭𝘩𝘦𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘥𝘢

As gotas caem da telha de barro no chão, com uma delicadeza indescritível, como se o ar não importasse mais, como se a gravidade não fosse tão violenta quanto aparenta ser nos buracos negros espalhados pelo universo.
E um tempo depois dá de cara com seu destino final, um destino inevitável, um destino duro e frio e indiscutível... e se desfaz como uma lágrima se desfaz no rosto de alguém ao encontrar os lábios.
A moça que está bem vestida tropeça no meio fio da calçada e deixa que as folhas que antes estavam bem seguras em seus braços. E as folhas revoluteavam no ar, livres como pássaros... elas se distancearam. Como um amigo se distancia errôneamente do outro, como depois de um abraço quando dois corpos se distanciam... Como distancear e nunca mais ver de novo... E levadas pelo forte vento nunca mais voltaram a se ver.
O Muro caiu violentamente. Mas finalmente eu te vi de novo. Sinto saudades de você.

E foi isso que eles me disseramOnde histórias criam vida. Descubra agora