Para sempre idiota.

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#EstranhoHeroi

JUNGKOOK

Seu beijo era inocente e calmo, acredito que seja o melhor que já provei em toda a minha vida, e temo que isso acabe, que amanhã sejamos apenas Park Jimin e Jeon Jungkook que trocam farpas.

Eu não sei o que deu em mim para abrir meus olhos, até porque, eu nem sabia como seria se ele visse meus azuis. Talvez eu não queira pensar nisso, mas me senti completamente aliviado quando olhei no fundo de suas íris e vi meus olhos pretos novamente.

Ele tirou a minha tristeza.

A tristeza de quem estava apaixonado e tinha medo por não ser correspondido. A tristeza de uma paixão unilateral.

A rosa do Jimin em sua história deu a entender que ela morreu, que ela exigiu tanto do garotinho e ele acabou indo embora, porém, ainda assim a amou muito. Mas na história real — que agora eu sei que se chama "O pequeno Príncipe" —, a rosa não morreu. Eu quero ser uma rosa para ele, não quero exigir nada, não quero que ele se cobre, não quero obrigá-lo a fazer nada. Quero apenas que esse beijo seja real e por sua livre e espontânea vontade. E se for, tentarei ser uma boa flor.

Coloquei minhas duas mãos em seu rosto, uma a cada lado de sua bochecha, e apartei, fazendo seus lábios formarem um bico fofo, então beijei muitas e muitas vezes, sentindo o seu piercing que agora não estava mais gelado.

— Gosto de leite de banana — ele diz, sorrindo logo em seguida. Talvez eu tenha ficado um pouco envergonhado. — Está com vergonha?

— Não. — Dei o meu sorriso mais forçado e me levantei.

Observei ele deitar a cabeça para o lado e cruzar as pernas, colocando o peso do seu tronco em seus braços, em seguida me olhar por inteiro.

— Tem certeza?

— P-para com isso! — Apontei para ele, completamente desacreditado na sua tamanha audácia.

— Parar com o quê? Já paramos de nos beijar tem uns dois minutos. — Sorriu igual cafajeste.

— Tô dizendo 'pra parar com isso aí. — Gesticulei em círculos para todo o seu rosto. — Esse sorriso ai de safado, essas pernas cruzadas igual bandido, essa pose ai de vagabundo. Pode parando.

Talvez ele tenha me achado com cara de palhaço e eu tenha contado alguma piada, porque o loirinho começou a rir do nada. Coloquei minhas mãos na cintura e fiz minha pose mais famosa, logo depois vi ele parar de rir e franzir o cenho.

Porra!

Desfiz minha postura em um pulo, em seguida me virei para ver a cidade.

— Cidade bonita. — Foi a primeira coisa que saiu pela minha boca.

Com minha audição aguçada, ouvi ele se levantar lentamente e caminhar até mim, senti suas mãos indo direto para minha cintura e me virando em seguida. No segundo seguinte ele acariciou minha bochecha e selou meus lábios mais uma vez.

— Não fique com vergonha.

Eu não estou com vergonha e me recuso a dizer que estou. Minha cabeça ainda não está em bom estado, talvez meus sentimentos estejam mais confusos que antes, seu beijo foi inesperado e suas ações também estão sendo. Eu deveria xingá-lo primeiro? provocá-lo? Talvez eu deva tacar uma pedra nele.

Acontece que meus demônios estão discutindo se isso é de fato real, então, não querendo que eles estejam certos, rodei meus braços em sua cintura e o puxei para mim. Suas botinas deixavam ele exatamente do meu tamanho, ficando mais fácil de retribuir seu beijo e seus toques leves enquanto eu me encostava em uma barra logo atrás de mim.

Golden Spider • jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora