o começo do fim

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Estudo o homem na minha frente, medo, é isso que eu sinto! Cameron está sentado na minha frente com os punhos fechados e me encara, o motivo? O mesmo da maioria das nossas brigas nos últimos cinco anos: Ciúmes! Dessa ocasião da parte dele... Irônico é porque ele deveria sentir ciúmes da namorada dele, não de mim! Quase meia hora de um silêncio quase mortal, no entanto nenhum de nós vai dar o braço a torce para começar a falar e até assim já sabemos onde e como essa discussão vai parar.
-Sério isso mesmo Maya? Você vai ficar andando com aquele babaca? Ele anda te ostentando como se fosse seu dono, quem ele pensa que é para colocar a mão na sua cintura?
Cameron fala, ou melhor rosna, ainda me encarando com aqueles malditos olhos cor de mel. Gay é isso que o Tyler é, meu amigo e gay, que inclusive tem um crush no ciumento que está bravo de mais pra ouvir ou entender qualquer argumento que eu chegue a falar, por isso escolho o silencio.
-Vamos Maya Chavim responda! Eu apenas te fiz uma pergunta! Dessa vez ele grita e se levanta, eu me levanto ficando cara a cara com minha maior dúvida, estamos tão próximos que consigo sentir sua respiração, tenho a ligeira impressão que a sala fica mais apertada nos segundos seguintes, crio coragem para a falar.
-"Eu..." Começo a gaguejar, respiro fundo mas antes que eu consiga me recuperar e continuar o raciocínio sou interrompida por um beijo, intenso, cheio de desejo e raiva. Raiva essa que vai ser descontada em mim, não, ele de modo algum me bateu ou me machucou, ele não seria capaz de me magoar não fisicamente, ele começa a distribuir beijos e chupões pelo meu pescoço, puxa de leve o meu cabelo me fazendo soltar um suspiro e me encosta na parede, sinto seu sorriso contra a pele do meu pescoço.
-"Você sabe que eu odeio te ver com outro my" Ele fala apertando minha bunda com a mão livre, sou empurrada em direção a parede da sala em seguida em direção ao meu quarto, nunca consegui entender como a gente nunca caiu ou quebrou algum objeto nessa movimentação sala-quarto sem parar de se beijar, Cameron tira minha roupa e me deita na cama, o observo tirando a roupa, sua pele é bronzeada, ele tem o corpo definido mas sem ser exagerado, nunca vou me cansar dessa visão, "meu homem" meu consciente fala, um sorriso convencido surge em seus lábios, ele sabe que eu estou admirando-o, sabe que ganhou a briga sem fundamento que nem começou porem mais uma vez e como sempre, as nossas brigas acabam na cama.

Acordo com o som que demoro alguns segundos para identificar, um celular esta tocando mas eu não reconheço o toque, o barulho vem do celular do Can, estou deitada sobre seu peito, ele continua me abraçando com apenas um braço, o braço livre agora esta esticado procurando o ser celular na cama bagunçada, me aproximo mais do seu corpo quando ele atende.
-"alô?... Sim... Sim... Certo... Estou indo!", É tudo que ele fala. Sei que fazer dengo ou perguntar o que houve ou quem era na ligação não vai adiantar muito.

Olho para o relógio ao lado da cama são 03:07 da manhã, a sena se repete mais uma vez: ele sabe que me tem nas suas mãos, inclusive quando faz de tudo pra me perder, ele sabe que eu o amo. Por isso estou aqui de novo, sentada na cama, com as pernas trêmulas de mais pra levantar, olhando ele vesti a roupa, Ele se despede e eu fico sozinha na cama que agora aparenta grande e fria de mais pra mim, pego uma das camisas que o can deixa aqui, visto, ligo o notebook, "não vou conseguir voltar a dormir, mesmo com sentindo o maldito cheiro dele", abro minhas redes sócias, mas acabo seguindo para o tumblr e uma frase me chama atenção.

 Por isso estou aqui de novo, sentada na cama, com as pernas trêmulas de mais pra levantar, olhando ele vesti a roupa, Ele se despede e eu fico sozinha na cama que agora aparenta grande e fria de mais pra mim, pego uma das camisas que o can deixa ...

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(Cuidado. A carência cria afetos imaginários)

Essa citação fica ecoando na minha cabeça varias e varias vezes, será que eu crio afetos imaginários?
Até quando eu vou conseguir ver ele indo embora sem falar nada? até quando vou ser inteira de alguém que é meu pela metade? Isso não pode permanecer desse jeito! eu não consigo viver uma fantasia que eu sei que não vai se realizar, envio uma mensagem pedindo para Cameron vir amanhã aqui sem falta, digo que o assunto é sério e que não pode esperar, nesse momento rezo baixinho pra todos os santos e deuses para que me deem forças, que amanhã eu consiga dar um basta nessa loucura, peço para resistir não terminar na cama.

Só queria saber como foi que eu me envolvi com ele? Como foi que fiquei tão apaixonada a ponto de colocar as necessidades de alguém a cima das minhas? "A quem está querendo enganar Maya Prudence Chavim?", Meu subconsciente acusa, eu não engano nem a mim mesma, sei exatamente o momento que me apaixonei pelo Dallas, no momento em que eu o vi 16 anos atrás.

Eu o amo, sei cada definição de músculo, cada cicatriz, como a que ele tem no queixo por causa de uma queda de bicicleta quando ele tinha uns 15 anos e a barba não cresce no local, sempre fico passando o dedo quando estou com ele, sei qualquer expressão facial, cada mania, sei até o significado da alteração do tom de voz dele. Ele já namorou antes mas eu nunca senti que fosse realmente perder ele, mesmo quando eu namoro ou gosto de alguém, o que não acontece muito, não me importo se acabar porque no outro dia vou tá na cama dele dando gargalhada depois de uma transa intensa, mesmo que ele não sinta o mesmo, acho que no máximo é atração, eu sempre me satisfiz e fiquei feliz apenas com isso.

Lust- Jack Gilinsky/ Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora