Meu maior presente

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Queridos leitores,essa história será contada da melhor maneira possível que encontrei por  um olhar de alguém que compartilha um amor incondicional,um olhar de vó. Por que toda vó  sabe que seus netos ou netas, sempre são seus melhores presentes; que a vida pode ter te dado durante toda a sua existência, e tem que ser para toda uma vida, senão não valeu a pena.
Em Dezessete de Agosto de dois mil e dezesseis, nasce as doze horas e dezesseis minutos da manhã no Hospital Sepaco em Vila Mariana, São Paulo. Uma linda menina pesando dois quilos e oitocentos gramas,medindo quarenta e sete centímetros de parto cesariano.
Até o presente momento tudo bem, tudo corria normalmente no quarto andar do hospital onde seus pais, Laís e Bruno se sentiam as melhores pessoas do mudo, pois antes mesmo de se casarem tinham um imenso desejo de serem pais. Casaram em Dez de Outubro de 2015, foram para lua de mel em Natal, até parece que já voltaram grávidos, porque quando tinham uma oportunidade, só falavam em ter um bebê. Aproximadamente dois meses depois...
Em início de Dezembro num churrasco em família,todos reunidos quando de repente  nos veio a notícia: Pessoal estamos grávidos! Bruno dizia em meio a euforia a Laís vivia me pedindo um bebê, ela sorrindo retrucava, você que sempre me pedia um bebê. Todos riam e diziam : Fala logo que vocês dois queriam. Durante os nove meses de gestação, tudo correu na maior tranquilidade,o que eles mais pensavam era no momento do parto ,qual seria o nome do bebê se fosse menino,mas se fosse menina? Que nome dariam? Como seria , com quem pareceria ; o melhor seria aguardar e comemorar somente quando nascesse o bebê,aí seria o momento de ver sua obra prima concluída e agradecer a Deus pelo presente.
Mas, como nem tudo é como a gente quer ou  espera , quatro horas depois do nascimento de Ana Luiza ,os médicos (...) Começaram a observar o bebê que começou a ficar roxinho(a).
Após constatarem que algo estava errado e segundo suas experiências anteriores, o bebê teria cardiopatia... Assim começaria a saga de Analu, vários exames foram feitos, após o resultado foi feita uma junta médica com vários especialistas inclusive psicólogos, em média de  doze médicos, faziam parte dessa junta, e de acordo com os resultados; foi sugerido um cateterismo,que segundo eles seria menos invasivo , mas precisaríamos da autorização dos pais.
É inimaginável a possibilidade de você ter que autorizar pegarem seu bebê e fazer uma incisão por menor que ela seja.  Então agora o pior ainda estava por vir porquê o cardiologista falou que era pra torcer para dar certo , pois se caso não desse certo, teria de ser feito uma cirurgia de peito aberto (...) As vezes só de pensar nisso me dá angustia; imagina passar por isso! Parece que tudo que você construiu pra aquele momento ser mágico, automaticamente torna se macabro. A partir de então depois dessa conversa, seu sonho , tornou se pesadelo e os pais que eram os seres mais felizes do mundo tornaram se os mais infelizes, só de pensar na possibilidade de algo dar errado e ... Mas eles tiveram que ser fortes,pois o bebê precisava deles mais que tudo e,Deus é fiel sempre! Médico dos médicos por excelência. Acredito que nesse momento faltam lhes o chão, faltam lhes a fé. Afinal somos carne, e como carne temos sentimentos e, talvez a melhor versão do ser humano é  ter sensibilidade, mas com eles vêem o medo, a dúvida; mas também a esperança de que tudo  daria  certo.
Autorizado o cateterismo, após uma noite conturbada, depois de tanta angustia; sete horas de manhã.
Analu foi levada para o terceiro andar onde faria o cateterismo. Os pais tristes mas esperançosos, aguardavam no quarto 4G. Pior que toda a angustia estava só começando,mas as vezes me pergunto por que não nos chamaram ? Por que quiseram sofrer sozinho? Mas dizem que coração de mãe não se engana ... Verdade eu sempre tenho alguns pré sentimentos, quando algo não vai bem , fico inquieta, tensa, e no fundo sabia que eles estavam tardando em dar notícias. Pois haviam saído de casa as duas e meia da manhã para a maternidade e havia ligado no meu celular as seis manhã e já era manhã do dia seguinte e nada. Bom voltando ao cateterismo, após passarem uma hora  aproximadamente que estavam aguardando o resultado do cateterismo. Saiu o cardiologista da sala onde havia sido feito o procedimento vai até o pai de Analu e diz:  Bruno você que é o pai da Ana Luiza? Bruno apreensivo responde que sim. Pai lamento tentamos o que foi possível,mas esse procedimento não vai adiantar. como assim Doutor? Perguntou o pai. O problema de sua filha é muito grave. Respondeu o médico responsável da equipe médica de cardiologia. E o que será feito Doutor?  retrucou Bruno , e o médico respondeu enfático: Ela terá de passar por uma cirurgia de peito aberto. A partir desse momento começava uma corrida pela vida de Analu. Obviamente um único pensamento veio a mente do meu gênro, como contar para a Laís que estava internada no quarto andar de dieta, sensível que sua filha que praticamente acabou de nascer teria de passar por uma cirurgia tão séria!  Pior ,eles teriam de decidir se assinavam ou não a autorização para que Ana Luiza fosse operada.
O médico deu a ele meia hora para falar com sua esposa e chegarem a um consenso, pois segundo ele quanto mais cedo fizessem a cirurgia, mais chance de sobrevivência teria Analu . Bruno foi até o quarto da Laís,tentando ser forte para não demonstrar  que estava abalado. Falou para ela o que o médico havia conversado com ele. Após chorarem juntos ,chegaram a conclusão de que se essa fosse a única saída para salvarem sua pequena grande guerreira, que eles assinariam a papelada e que eles  fizessem a cirurgia que fosse necessária, mas que  a trouxessem de volta para eles; por favor ! E o médico os respondeu , não se preocupem porque é isso que fazemos de melhor.

UMA PRINCESA CHAMADA ANALUOnde histórias criam vida. Descubra agora