A Garota da Faca

Capítulo Trinta e Dois

A iluminação no carro estava um pouco melhor conforme íamos entrando em ruas mais claras. Fiquei observando aquele homem extremamente sexy, ele era ruivo e tinha olhos verdes ou azuis, não consegui identificar. Mas ele me era bem familiar...

- Aí meu Deus! Que horas são? - Eu perguntei.

- Se a Cinderela deveria estar em casa antes de meia-noite... Bem, sinto lhe informar mais já passam das três da madrugada.

- Não. Não é isso... É que hoje é meu aniversário... - Eu disse olhando para minhas unhas, feliz por finalmente ter completado 18 anos.

- Sério? Isso pede uma comemoração! - Ele disse com aquele sorriso lindo.

Ele parou num posto e entrou na loja de conveniência (que ainda estava aberta), aproveitei daquele tempo para vasculhar as coisas daquele homem, mas não achei nada.

Eu não estava com medo, possuía minha faca, experiência em luta e tudo mais. Mas não podia negar, eu estava cada vez mais envolvida pelo desconhecido.

Ele voltou com umas sacolas e prosseguiu a viagem. Resolvi perguntar:

- Qual é o nome do meu príncipe?

- Kurt. E o seu, Cinderela?

- Karen. Idade?

- 21. E a sua, Cinderen? - Ele perguntou rindo.

- Cinderen? Hem?! - Perguntei rindo também.

- Cinderela misturado com Karen, Cinderen! - Ele disse rindo. - Mas não fuja da pergunta, qual sua idade? - Completou.

- Que podre! - Eu ri. - Dezoitão! - Completei feliz.

Fiquei tão entretida jogando conversa fora com ele que mal percebi que ele havia parado o carro.

- Chegamos. - Ele disse.

Saímos do carro e eu senti uma brisa gelada, olhei em volta e percebi que estávamos no ponto mais alto da cidade. Dali dava pra ver tudo, o lago da cidade iluminado pelas luzes dos postes; as luzes das casas, o movimento das luzes dos carros.

Eu olhava admirando cada coisa.

- Sabe o que eu mais gosto aqui? As estrelas. - Kurt disse e eu olhei pra trás, ele estava segurando um Cupcake com uma velinha. - Foi tudo que consegui essa hora, desculpa.