SÉLLON - Saga Rajadas de Vento - Parte II

🔱 A bandeira 🔱

KEITH narrando...

Alguns quilômetros de distância não foram suficientes para me manter longe de Trézzius, quando não pedia a Lim eu ia escondida mesmo, ele me falava que não era seguro para mim lá, muitos andavam desacreditados da inocência da minha família - eu falo como se ainda houvesse uma por que não desisti de encontrá-la - diferente de mim que ansiava para atingir os meus tão esperados vinte anos e poder lutar pelos meus bens principalmente por Trézzius, as pessoas que continuavam por lá não faziam o mais remoto som sem falar nas cores da cidade, praças e canteiros murcharam junto com as flores. Era como se nunca tivessem saído do luto.

Contudo eu pretendia ver hoje pelo menos a cor e o movimento da nossa bandeira que ficava na entrada do distrito, num mastro alto e que por alguma razão enquanto nos aproximava - eu e Lim fomos ver quais concertos, mudanças iria precisar na minha antiga casa - uma pequena aglomeração se formara.

--- O que estão fazendo? --- falei ao ver em meio às pessoas alguns guardas. --- Lim não posso admitir que troquem essa bandeira, é uma afronta!

--- Você não pode fazer nada agora, se for lá só vai causar um tumulto e nós não queremos isso. Lembre-se de que seu tio também deseja Trézzius e... --- ele se esgueira para olhar pela janela do carro, Lim deveria ter um e oitenta de altura, o cabelo raso recém aparado fez cócegas no meu braço. --- Veja é o brasão do Conselho. Isso é um bom sinal.

--- Queria poder acelerar o tempo. --- falei com uma sensação frustrada logo no início do dia.

--- Vamos fazer o que viemos fazer, o que acha? --- Lim tem esse efeito sobre a gente em querer virar a chave de entusiasmo.

--- Acho que se meus pais me vissem estariam decepcionados. --- falei de uma vez.

--- Com o que? Se você só fez o que eles te pediram pra fazer.

--- Você num vai começar com aquele papo de auto ajuda. --- retruquei.

Sim eu sabia que fora apenas isso mas algo me dizia não ser suficiente.