Sonhos são possíveis, até os mais pervesos

Capítulo Único

Eu assistia o treino dos meninos, Lucas e Gabriel me tiravam do sério, estavam suados, com a camisa grudando, tão convidativos, Lucas mordendo o lábio eu adoraria beijá-lo, Gabriel como capitão gritando com o time, eu adoraria sentar em seu colo, acho que estou sentindo o problema aceso no meio das pernas...

Sim a nerdzinha aqui é uma pervertida, ficou encharcada vendo os garotos e precisou ir ao banheiro se aliviar, estou suada, com a saia erguida e com muito calor. Eu tentava evitar os gemidos, mas era difícil, depois de mais algumas estimuladas eu terminei.

Fechei os botões da minha blusa, arrumei a saia, uma arrumada no cabelo, lavei as mãos e fui saindo do banheiro, dando de cara com um dos garotos indo para o vestiário, de longe ele me viu e deu uma piscadela para mim, eu logo entendi e fui até ele.

-Qualquer dia a professora te mata - disse rindo pegando a mochila dele.

-Talvez, mas já estou reprovado em química, o que adiantaria?- ele disse simpático.

-Lucas, Lucas, precisa entrar em pelo menos em uma aula -disse preocupada - Bom, até.

Conheço o Lucas desde o primário, somos colegas desde que perdemos os dentes de leite, ele é o meu primeiro amor, sobre o nosso pequeno diálogo, ele não entra na aula de química e pede para mim guardar a sua mochila para ninguém saber que o mesmo, está furando aula.

Entrando na sala de química, me sentei na terceira carteira da parede, olhei para Gabriel no fundo da classe, ele tem a pele bem clara, o cabelo castanho quase loiro, aquele sorriso lindo, às vezes me acho maluca por gostar de dois meninos.

Eu não converso tanto com Gabriel quanto com Lucas, Gabriel me pede ajuda nas matérias, ele é meio abusado, sempre tenta me cantar. Depois de uma aula bem chata e tediante, a Sra. Jensen passou um trabalho em dupla para nossa próxima aula, teremos o fim de semana para fazer, quando eu ia saindo pela porta escutei alguém me chamando.

-Ei Olívia, quer fazer o trabalho comigo? - Gabriel me lançou um olhar diferente, malicioso talvez, aquele sorriso no rosto, algo até piscou lá em baixo- Os caras são uns imbecis, é óbvio que vou zerar fazendo o trabalho com eles, você é inteligente, então... vamos?

-C-claro, p-p-posso sim- eu me imaginei trepando de vários jeitos com esse garoto, odeio ser tão, sei lá...pervertida?- Quer ir hoje na biblioteca?

-Claro, podemos ir às 17h, no fim das aulas - ele me deu um beijo na bochecha e foi na direção dos amigos dele.

Fui para o gramado, era hora do almoço, vi Lucas de longe, fui em sua direção levar sua mochila.

-Obrigada gatinha, o que eu seria sem você - ele disse em tom de brincadeira.

-Só um puta gostoso?- pensei alto demais

-Que? - indagou ele, puta merda Olivia Jones.

-Nada n-não, disse que perdeu um gostoso trabalho em dupla, até a manhã- morrendo de vergonha, virei as costas e fui saindo. Antes de conseguir me afastar, ele me segurou pelo pulso e sussurou baixo em meu ouvido.

-Eu também te acho muito gostosa...- estremeci, meu coração errou as batidas - Gatinha -ele disse me soltando, olhei para seu rosto que sorria naturalmente, eu estava rubra.

Sabe uma coisa que é muito difícil? Andar de pernas bambas pela escola.

As aulas passaram bem tranquilas e tediantes, já são 16h20 e vou indo para a biblioteca, começar o trabalho.

Sra. Osment a bibliotecária, disse que iria a direção, como já somos bem próximas (eu sempre estou por aqui) ela pediu para mim cuidar da biblioteca até ela retornar, o que sempre demora, por que ela passa um bom tempo na sala do diretor, não querendo insinuar nada, mas seu batom nunca volta do jeito que estava.