É sempre o mesmo sonho, meu quarto fede a fumaça e eu acabo acordando para ver o que estava acontecendo, a casa inteira tinha sido tomada pelo fogo menos o meu quarto.
"MÃE! PAI!", eu grito por eles mas nada me responde de volta.
Então, tropeço em alguma coisa na escada, era o corpo da minha mãe quase todo carbonizado, eu tinha apenas 4 anos então comecei a chorar desesperadamente.
Escuto o som de algo rachando, e um pedaço do teto vem na minha direção, mas meu pai que ainda estava vivo consegue me proteger antes que a madeira me atinja.Acordo assustada, desde pequena que esses sonhos vem me assombrando, foi assim que meus pais morreram, os vizinhos viram o fogo e chamaram os bombeiros, mas não antes que eu ganhasse algumas queimaduras.
Elas até hoje me acompanham.
Olho ao redor e vejo que não estou no meu apartamento, e sim num quarto com tonalidades cinza e deitada em uma cama enorme.
Minhas roupas continuam em mim, ainda bem, a única diferença é que estava com um belo esparadrapo na barriga.
Ao lado da cama havia uma mesa de cabeceira, com uma muda de roupas e algumas bolachas.
Quando pego as roupas, um bilhete cai no chão.Helena,
Espero que se sinta à vontade aqui, infelizmente o local mais seguro que consgui foi no esconderijo da minha equipe, mas não se preocupe, eles vão cuidar bem de você.- V
Visto a roupa, que consistia em um suéter cinza e uma calça preta bem folgada, e escuto vozes do lado de fora da porta.
"Será que ela já acordou?", uma voz fina disse.
"Parece que sim, quem será ela?", uma voz mais máscula disse.
"Não sei, mas se o V quer que a gente tome conta dela, deve ser importante", outra voz mais séria disse.
Giro a maçaneta um pouco para sinalizar que estava saindo do quarto, e logo todos se calam.
Assim que saio vejo os donos das vozes.
"A gente não estava te espiando eu juro", a dona da voz fina era uma garota de pele morena e lindos cabelos cacheados, "meu nome é Trisha".
"O meu é Caleb", um garoto com o cabelo pintado de azul e pele branca aperta a minha mão, esse era o dono da voz máscula.
"Isso foi muito indelicado Trisha, meu nome é Gillian, sou a diva não-binárie daqui", a última voz se revelou.
"Sou Helena Blanchard, muito prazer em conhecer todos vocês."
Na minha frente havia uma espécie de varanda que dava para outros quartos, nunca havia visto tanta diversidade de pessoas em apenas um lugar.
"Vocês conhecem uma cara chamado V, não é?".
"Sim conhecemos, ele é um pouco fechado às vezes, mas é uma boa pessoa, sempre cuida da gente", Trisha responde.
"Pena que ele nunca tira a máscara dele, imagino o que tem por trás", Gillian completa.
"Vocês usam máscaras também?", pergunto.
"Sim, usamos elas quando estamos lá fora, aqui não precisamos delas pois é seguro, mas não sei que medo é esse que ele tem de não tirar", Caleb diz.
"Ah, mas chega de falar desse trevoso, fomos responsáveis por te levar em um tour, então vem logo", Trisha segura a minha mão e me leva junto com os outros.
"Lá eram os nossos quartos, todos os integrantes moram em cada apartamento, e cada um tem o seu para evitar algum tipo de invasão de privacidade", Gillian começa.
"O que é meio irônico já que invadimos a de vários governadores", Trisha automaticamente começa a rir, assim como os outros, e eu não posso evitar de rir também.
Fomos para um local cheio de caminhões.
"Aqui recebemos os nossos suprimentos diários já que estamos no subsolo-", Caleb comenta.
"Espera, nós estamos no subsolo?!", em que parte da cidade eu estava? Mas isso explicava o motivo de haver uma grande quantidade de ar-condicionados.
"Amada, em nenhum lugar da cidade estamos seguros, embora realmente tenha um carregamento de adrenalina, o perigo é muito grande", Gillian disse.
E assim fomos para a última área.
Quando eles abriram a porta, havia milhares de computadores gigantes e várias pessoas digitando neles, milhares de informações passando pelos monitores por segundo, era incrível.
"Chamamos essa sala de Placa-mãe, é aqui onde fazemos todo o nosso trabalho, derrubamos sites, usuários, e todos que tem acesso a algo não-ético como pedofilia."
Todos dizem que a pedofilia foi extinta, mas não é verdade, já presenciei várias pessoas contrabandeando fotos sexuais de crianças, tentava de tudo para convencer os Homens-Lobo mas eles não acreditavam em mim.
Talvez eles também estejam envolvidos nessa hedionidade.
"Agora vamos te levar para a sala de reuniões, por favor seja sutil ao entrar", Caleb abriu a porta pra mim, a sala tinha paredes brancas e uma mesa oval grande e cinza, havia 8 integrantes, e entre eles...
"V...", eu deixo escapar, ele era o único de máscara ali.
"Helena Blanchard, estávamos esperando por você", o homem na ponta da mesa me chama.
VOCÊ ESTÁ LENDO
So Long And Goodnight
RandomHelena tem 23 anos, vive em um pequeno apartamento nos subúrbios de Nova York, ela vive uma vida bem comum, porém essa calmaria é deixada de lado, quando ela conhece a organização Anonymus, que parece trazer respostas sobre a morte de seus pais, e u...