Vizinhança

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Crepúsculo não me pertence.
Olá! Essa fic faz parte do POSOward, onde autoras do fandom de Crepúsculo se uniram para criar uma One-shot narrada pelo Edward, afinal, agora é a vez dele!
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Pequenas dicas para facilitar a sua experiência: 

- A história vai e volta no tempo. 

- Edward não expressa preferencia pelo sexo do bebê, saiba que não é um erro ele chamar as vezes de filho ou filha. 

- Bella parece sempre ter algo faltando em sua história, mas isso é culpa do Edward. 

- Há portas que serão deixadas em aberto e esse é o propósito.

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Eu nunca pensei em ter filhos.

Nem meu pai foi um pai de verdade. Dar presentes, dinheiro, uma mensagem a cada aniversário ou final de ano, isso é tudo que um pai pode fazer?

Minha mãe tentou ser os dois. Até que ela casou de novo, Carlisle sim estava preparado para ser um pai. Mas já era tarde, eu não deixei me enganar. Ainda mais quando Jasper e Rosalie nasceram. Duas crianças biológicas dele. Pra quê ser pai de quem você nem tem o sangue?

Então, comigo aos dezoito, meus irmãos completando oito anos, finalmente pude sair de casa. Apesar de poder dar uma de playboy, mimado e privilegiado, eu fui atrás do meu. Trabalhei um tempo como mecânico, depois quis pescar, foi aí que eu descobri que poderia trabalhar num restaurante e logo passei a ser garçom por lá. Faculdade era perda de tempo, eu sabia.

Já tinha guardado dinheiro, até que finalmente ganhei na loteria. Trinta e dois mil dólares. Era pra ser alguns milhões, mas eu tive que dividir com algumas dezenas de pessoas. Aluguei um apartamento, o melhor que pude, sem exagerar, eu fechei a mão e não me fiz de doido indo atrás de pagar só por dez noites num hotel de luxo. Nem tentador era.

Agora, com vinte e seis anos, sem nenhuma perspectiva de vida, eu resolvi que ter filhos não era nada lógico pra mim. Pequenas miniaturas minhas? Não, obrigado. Mas... bem, eu tinha uma a caminho. Há sete meses atrás, descobri que Bella está grávida. Ela estava feliz, apesar dos problemas de saúde, ela conseguiu gestar uma criança e era a meta de vida dela. Eu logo avisei que não queria fazer parte daquilo, ela nem prestou atenção, eu disse a ela que não queria ser pai, e ela continua me ignorando. Ela vai ser uma mãe ótima, eu, apesar de vir um meu a caminho, nunca vou ser um pai.

A conheci quando a mãe dela precisou de um mecânico, lá no meu primeiro trabalho mesmo, você lembra, tem que lembrar, acabei de contar. Ela tinha quinze anos, sua mãe comentou durante o sermão que estava dando e eu só ria ao escuta-la brigando e gritando e, ainda tinha meus dezoito anos, e apesar dos hormônios adolescentes, eu era controlado. Até quando se tratava dela. Pelo menos foi o que pensei.

Eu tinha sujado a camisa mais cedo naquele dia e a mãe dela fez uma careta quando me viu daquele jeito. Depois, no sofá da "recepção" onde ela estava sentada. Mexia em um jogo, num aparelho que nem consegui nomear, revirava os olhos enquanto a mãe falava algo sobre compras para o jantar.

— Isabella, você já não está velha demais para esse tipo de brincadeira infantil, não? - Ela folheava uma revista de peças para carro e parou para colocar as duas mãos na cintura e bater o pé para a filha.

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