VICIADA EM VOCÊ

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Sendo garçonete em um Bar francês eu vivia, vendo aqueles velhos imundos, escória da terra, homens que deixavam as sua mulheres em casa para passar a noite naquele lugar imundo, "Como eles conseguiam?" eu me perguntava, e isso não era o pior dos problemas, ter que aturar eles me chamando de "Baby doll" todas as vezes que eles queriam me pedir algo, e não, não era para me pedir nada para beber ou comer, e sim eu, eles me queriam, queriam o meu corpo, apenas isso, meus sentimentos e escolhas não importavam para eles, só queriam saber de pedir para que eu sentasse em seus colos, enquanto bebiam e enchiam a cara eles me tocavam, e eu sem poder fazer nada, aceitava, não poderia reclamar, queria manter o meu emprego, sem ele eu não era ninguém, esse sim é o pior dos problemas, mas isso mudou no momento em que eu pude sentir o cheiro de perfume, perfume que empesteava todo o bar trocando o cheiro de suor misturado com cachaça por um cheiro doce que por sinal era muito mais agradável, ele vinha de uma mulher, com as suas belas e esteticamente pensadas curvas ela entrou no bar, ela era belíssima, cabelos ruivos como o por do sol, usando um vestido preto com uma fenda nas pernas que se abria toda vez que ela dava um passo com o seu salto, "CLAP, CLAP, CLAP,CLAP " o barulho de seu salto não saia de minha cabeça, parei tudo que estava fazendo para olhá-la, ela percebeu é claro, eu não estava disfarçando, chegando ao balcão "Um Martine por favor" ela pediu com aquela voz sexy que rasgava o ar até chegar a mim, o Martine ela entao bebeu deixando a marca do seu batom vermelho na borda do copo, mas levei um grande susto quando eu a vi tirando um revolver prateado que se escontrava escondido entre as fendas do seu vestido, "BANG, BANG", o barulho do salto foi trocado pelos sons das balas, ela havia dado dois tiros para o alto.

"Mãos ao alto" ela gritou tacando o copo de Martine na parede, "Passa, todo, o, dinheiro" ela falou pausadamente mirando o seu revolver dourado na cabeça do Balconista, vendo aquela cena toda eu não pude resistir, soltei um sorrisinho, mais com medo que ela percebesse logo parei, tarde de mais, "E você, vem pra cá" sem tirar os olho do balconista ela falou comigo, eu sem hesitar fui em sua direção, "Chega mais perto" ela falou novamente, eu olhei em minha volta e cheguei mais perto, havia homens chorando, escondidos em baixo das mesas, estava amando aquela cena, mas novamente levei um susto quando eu senti uma mão indo da minha perna até parar em minha cintura, toque forte, olhei para baixo e pude ver, era mão feminina, "Maredith, esse é meu nome" ela sussurrou em meu ouvido me deixando toda arrepiada, "Vamos comigo" falou Maredith tirando a mão da minha cintura para ser ocupada pela bolsa que continha o dinheiro roupado, "Eu vou sair daqui e vou levá-la comigo, se alguém chamar a polícia eu volto e mato todo mundo, me escutaram, todo mundo" Maredith falou me puxando pelo braço, eu fui, ela iria me tirar de lá, qualquer lugar era melhor do que ali, e parecia que ela poderia me dar uma vida melhor, eu sentia isso, eu também sentia o perfume dela, ahhh o perfume, estava viciada, Maredith era como uma droga para mim.

Sai daquele lugar com ela, entrei em seu carro, vagamos pela cidade até achar um bom e luxuoso hotel, sabíamos que havia policiais atrás da gente, mas continuamos. Foi nesse hotel que ela me deu a minha primeira arma, um revólver, muito parecido com o dela, Maredith então me contou como que era a sua vida, ela vivia sendo bandida de luxo, andando sempre bem arrumada, fazendo com que ninguém desconfiasse dela, até que ela assalta e leva todo o dinheiro do local, ela me disse que se eu quisesse continuar com ela deveria fazer o mesmo, eu aceitei, e naquela noite ela me levou para o meu primeiro assalto, minha iniciação seria em uma joalheria, "Não use a arma" ela me disse, "Só em casa de vida ou morte", eu a ouvi, "BANG, BANG" Maredith então deu dois tiros para o alto, essa era a sua marca registrada, o assalto foi um sucesso, entramos e saímos sem nenhum problema, em recompensa saimos com belas joias, depois disso, juntas, fomos para outros países e cidades

"BANG, BANG" Paris.

"BANG, BANG" Houston, Texas.

"BANG, BANG" Brasil.

"BANG, BANG" Los Angeles.

"BANG, BANG" Las Vegas, lugar em que oficializamos a nossa união, no quarto do hotel, em meio a homens nús nós nos beijávamos, sem parar, estávamos comemorando, pois na manhã seguinte iriamos fazer o nosso mais perigoso assalto, Banco Central, esse era o nosso alvo.

Acordamos pela manhã, 7:00hrs para ser mais exata, colocamos as nossas melhores roupas, eu coloquei um vestido que Maredith havia me dado, parecido com o que ela vestia no dia em que nos conhecemos, já ela, como gosta de chamar atenção, colocou uma calça de couro de cobra, uma blusa de ceda bem decotada e por cima um sobre tudo roxo com botões banhados a ouro, então guardamos as nossas armas, "Espero não ter que usar" eu pensei, e saímos do Hotel de mãos dadas rumo ao nosso maior assalto.

"BANG, BANG" Maredith deu dois tiros para o alto, como sempre, para iniciar o assalto e eu gritei "Mãos ao alto" também como sempre enquanto ela fazia a limpa no cofre, Maredith então me chamou, era muito dinheiro, nunca tinha visto tanto dinheiro em toda a minha vida, jogamos todo o dinheiro para o alto, fazendo eles caírem sobre nós, enquanto nos beijávamos, isso nem sempre acontecia, nos desligamos por um momento, foi uma gafe, só escutamos o barulho da sirene ao fundo, eles haviam nos pego, Maredith tentou atirar, mas "BANG" uma bala dos policiais vinda de fora atravessou o vidro e a acertou bem no peito fazendo com que ela caísse imediatamente, eu larguei minha arma no chão, e arrastei Maredith para o canto do banco para salvá-la deixando um rastro de sangue por onde ela havia passada, mas já era tarde demais, ela deu o último suspiro em meus braços.

Ao tirar a vida de Maredith eles também tiraram a minha, e eles iam pagar, a se iam, eu então sai do banco com a bolsa de Maredith, nela continha um bomba, eles iam se arrepender de ter feito aquilo com ela, eu corri em direção aos policiais, havia poucos segundos, 3, 2, 1 e "BUMMM".

O que eu poderia fazer, eu era viciada por ela.

Addicted to You (Viciada em você)Onde histórias criam vida. Descubra agora