Até que não foi tão difícil

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–Disciplina, vocês sabem o que é isso?- abri a boca para falar, mas ele fez sinal para ficar quieta- Pelo visto não sabem. Você senhorita Swan, tem se mostrado muito indisciplinada, e você senhor Edward, não sabe que em sala de aula não se discute relacionamentos?

Edward tentou falar, mas foi impedido como eu.

–Dois alunos como vocês, com um ótimo potencial, me dando problemas?-ele balançou a cabeça e, desaprovação, sempre andando de um lado para o outro- Mas isso não vai ficar assim, vou fazer com vocês que nem se faz com criança, que nem fazem com o primário, só espero que não se matem.

–Como assim?-perguntei preocupada.

–Vocês ficaram as próximas duas aulas olhando um para o outro...

Parou de andar e olhou para nós esperando alguma reação.

–Você não pode fazer isso- dessa vez foi Edward a protestar.

–Ah, está duvidando? Mais uma aula acrescentada. As últimas três aulas vocês ficaram aqui.

–Mas eu tenho treino e aula de cálculo!

–Problema seu Sr. Cullen- ele foi em direção a porta- não se matem!

Eu. Não. Acredito.

–Como ele pode fazer isso?- perguntei depois que ele saiu.

–Cara, olha isso, eu de detenção.

Centro e trinta e cinco minutos com Edward Cullen, isso é um sonho, daqueles que não gosto...

Só de raiva fui até a mesa do professor e sentei em cima dela, com os pés na cadeira dele.

Edward foi até o fundo da sala e sentou-se também, com os braços cruzados.

Passaram-se alguns minutos e ninguém falou nada. Edward vestia uma camiseta branca e uma calça de moletom preta, seu cabelo estava mais bagunçado que o normal.

Eu não entendia o porque de ele se rebaixar tanto para a desgraçada da Denali, ele era bonito e popular, merecia uma pessoa melhor.

–Por que você ainda está com ela?

–Isso não é da sua conta!

Tudo bem, eu tentei...

–Porque ela é bonita , inteligente e rica, ela é adequada pra mim...

–Adequada?! Você é maluco, não deve procurar alguém adequado a você, mas sim alguém que se adeque, que te faça se sentir bem e que goste de você...

–Essa coisa de amor não existe Isabella!

–Como você pode falar isso? Claro que existe, só você não sentiu isso ainda.

–Eu nunca senti então, pelo menos não por pessoas de fora da minha família, você já sentiu?

Eu só amava meus pais, mas não foi por isso que deixei de acreditar no amor.

–Não, só senti amor por minha família.

–Viu, nem você sentiu, como é que pode existir algo que nenhum de nós sentimos?

–Talvez não tenhamos encontrado as pessoas certas, mas você não devia se humilhar, ficar com ela só porque ela é ¨adequada¨ a você.

Ele pareceu pensar um pouco, então fez um biquinho e se levantou.

–E você?

–Eu o que?-arqueei a sobrancelha ao ver ele sentar do meu lado.

Nós dois estávamos sentados na mesa do professor, se ele visse isso, seria mais um período de detenção.

Amor, Um Sentimento ConfusoOnde histórias criam vida. Descubra agora