dark romance | enemies to lovers | i hate everyone but you | forced proximity
"Um único toque foi o suficiente para mudar tudo, destruir tudo."
Michelle Brown tinha uma tendência de quebrar regras, mas uma que ela sabia que poderia levar seu fim se...
"não consigo parar de pensar em você não consigo parar de te querer desse jeito"
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Seattle, Washington
Desperto rapidamente com o susto de sentir um corpo sob o meu. Ao abrir os olhos, me deparo com Zoe sentada acima de mim, encarando meu rosto e se inclinando para depositar um beijo.
Não que isso já não tivesse acontecido outras vezes, mas de alguma forma isso me deixa desconfortável dessa vez. Com quase nenhuma delicadeza, jogo a mulher para o outro lado da cama, fazendo-a rir.
— Andrei! — ela protesta em meio ao riso.
— Desculpe Zoe, não vai rolar — anuncio me afastando.
Eu levanto da cama, rapidamente encontrando minha blusa no chão e vestindo-a, provocando um olhar confuso da garota.
— Onde vai? Não tivemos nossa dose de sexo selvagem matinal — protesta, tentando me alcançar novamente.
— Tenho um compromisso, gata. Vou ficar te devendo essa.
Visto minha camisa às pressas, desesperado para ir embora. A garota continua de braços cruzados sentada na cama, observando atentamente enquanto visto minhas roupas, ainda tentando compreender minha mudança de atitude repentina.
O problema é que sobre isso eu não iria falar. Nunca. Me recusava a admitir que o motivo pelo qual eu posso estar com esse bloqueio era porque não conseguia parar de pensar na filha da puta da Brown.
Às vezes eu gostaria que ela fosse um pouco mais como Zoe. Apesar de que esse pensamento em si seja controverso, se ela fosse um pouco menos complicada já teríamos resolvido nossa pendência em relação à tensão sexual que existe entre nós desde tudo que rolou no fodido dia 13.
Então eu sequer sabia o que estava fazendo no quarto de Zoe, ainda sem camisa. Tinha meus defeitos, mas também tinha meu próprio código moral que me dizia para não brincar com garotas assim. Isso sempre acaba se virando contra a gente no final.
— O que tá rolando? — ela se aproxima novamente — Não transamos ontem, nem hoje. Já cansou de mim?
— A gente não transou? — pergunto encarando seus grandes olhos castanhos.
Essa afirmação me surpreende. Nunca achei que fosse o tipo de pessoa que mantém o autocontrole depois que bebe, mas aparentemente era o caso.
