Cap 2: Fugitivo

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Krist On

Tudo parecia meio nublado para mim. Tentei me lembrar de como tudo ocorreu mas apenas pequenos flashes vinham em minha memória.

Levantei e reparei que vestia as roupas confortáveis do hospital que já vesti outras vezes.

Em um click, o rosto de um homem veio à minhas lembranças.

O cara que me levou ao hospital também tinha me atropelado.

Mesmo um pouco grogue, me forcei a ficar de pé e começei a caminhar lentamente para a porta.

Ao alcança-la, abri devagar e só o suficiente para poder ver oque estava acontecendo do lado de fora.

O corredor estava parecendo um pouco movimentado.

Enfermeiras vinham e iam, crianças choravam, médicos corriam para atender outros pacientes e foi ai que me dei conta de que estava na ala de emergência.

Um movimento acabou chamando minha atenção.

Alguém estava deitado em uma posição perigosa para qualquer coluna nas cadeiras desconfortáveis de espera do corredor.

Seus braços e rosto estavam cobertos por um moletom de malha fina cinza.
Ao que parecia, essa pessoa tinha passado a manhã inteira no hospital.

Mas eu não ligava para oque estava acontecendo na vida alheia.

Eu tinha a minha própria para cuidar.

E foi com esse pensamento que eu sai do quarto o mais discreto possível e fui embora.

A última coisa que eu queria era que o Delegado Kao me visse naquele estado, e à aquela altura ele já sabia onde eu estava e não me deixaria em paz até conseguir o que queria: me mandar para bem longe daqui

Autora On

_Como assim ele foi embora?- A voz de Prachaya soou estranha aos próprios ouvidos.

Estava bravo e isso poderia ser visto claramente através de seu rosto.

Mandíbula trincada, sombrancelhas arquiadas e os olhos arregalados em sinal de indignação.

Ele simplismente não poderia acreditar que passou a manhã inteira deitado na cadeira desconfortável do hospital para acordar e descobrir que o garoto fofo e com cara de inocente havia fugido.

Quem foge de um hospital?? Talvez, alguém com antecedente criminal.

Mas... Aquele menino realmente parecia inocente aos seus olhos.

Singto não poderia imaginar ele fazendo mal à uma mosca. Só que as aparências enganam meus amigos... E o nosso "mocinho" não poderia estar mais enganado.

_Pois é... Também estou indignado rapaz. Acredite em mim.

O Delegado passou a mão pelos cabelos tentando não expressar o quanto estava frustado. Krist nunca aprendia.

Não importava quantas vezes o garoto se metesse em encrenca, parecia que nada poderia para-lo.

_Enfim! De onde vocês se conhecem?.- O Delegado começou a executar os protocolos que deveriam ser seguidos.

_Eu não conheço ele... Quer dizer, eu atropelei ele mas foi sem querer eu juro!

Singto estava começando a ficar desesperado. Ele conhecia as leis e sabia que se aquele garoto, seja lá quem ele fosse, tentasse processá-lo, iria ferrar com sua vida.

_Eu acredito em você. O Sr. Songpotirat vive arrumando confusão. Eu sinto muito por ele ter te envolvido nisso.

_Não, ele não me envolveu em nada. Eu que atropelei ele.- Singto não sabia por que estava defendendo tanto aquele estranho, mas ele não poderia deixar outra pessoa levar a culpa pelos seus atos.

Sem limites - Krist&Singto(Em Hiatos)Onde histórias criam vida. Descubra agora