Capítulo 1 🎭

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Meu amor pela Arte - falando de uma forma mais específica - pela Dança, começou, acredito que já na barriga da minha mãe e só foi aumentando ao longo da minha vida.
  Quando pequena, adorava ver vídeos de dança, ganhar CD's de músicas e começar a criar coreografias simples.

Hoje em dia, quando alguém me pergunta o que a Arte, o que a Dança significam para mim, tenho uma certa dificuldade de explicar, pelo simples fato do sentimento que sinto dançando, atuando, admirando, ser algo inexplicável.

Sou do tipo que sorri sozinha para a tela do celular quando vejo dançarinos performando. E que sorri mais ainda quando essa dançarina sou eu nos palcos.
  Atualmente, aos meus 22 anos de idade, estou no meu penúltimo ano na Faculdade de Dança. É cansativa algumas vezes. Exige bastante esforço, como todas as outras. Tem dias que chego com dores musculares em casa. Mas, nada me faz desistir realmente daquilo que eu amo.

Meu sonho - que se tudo der certo - de me tornar uma dançarina, uma artista reconhecida, de poder ter meu próprio estúdio de dança para dar aulas, me faz sempre ter forças para não desistir tão facilmente. Aliás, nada é tão fácil na vida. Precisamos batalhar para tornarmos nossos maiores sonhos realidade.

                        ♡

— Já começou a criar seu solo? — Maria me pergunta sobre o último trabalho que foi pedido na Faculdade, enquanto estávamos em meu quarto nos alongando.

— Ainda não. Vou começar hoje junto com você.

— Ah, sim. Mas, já tem algo em mente?

— Tenho sim. Por que, amiga? Não tem?

— Mais ou menos. Mesmo tendo certeza de que é a dança que eu quero, me sinto um tanto pressionada às vezes... Tenho um bloqueio em processos criativos, entende? — diz, cabisbaixa.

— Eu te entendo, sim. Já fui assim há anos atrás quando ainda participava de uma Companhia de Dança na escola...

— Mas, fico preocupada porque já era para eu ter superado isso. Só falta um ano para terminarmos e...

— Ei. — a interrompo - respira, vai. Compreendo sua frustação, de verdade. Mas, mesmo assim, acredito que cada um tem seu tempo. E acho que deveria acreditar mais em si mesma. Você é super talentosa no que faz. Tanto que já ganhou vários prêmios. Só apenas não se tocou nisso.

— Eu...

— Você deve - dou ênfase na palavra. — acreditar no seu potencial. Literalmente olhar para frente, e não para o lado. Não para os outros bailarinos. Deve focar em si mesma.

— Você me entende tanto... Me sinto leve toda vez que conversamos. Sempre tem algo tranquilizador para me dizer. Obrigada por isso, amiga.

— Estou aqui para isso. Agora vamos colocar uma música que nos inspire e deixar nossos corpos ditarem o que querem que façamos, ok?

Maria concorda em um movimento leve da cabeça e um sorriso, me fazendo levantar do chão que estávamos nos alongando e colocar uma música que nos ajude na construção de nossos solos.

Vejo minha amiga, como poucas vezes na sua vida, fechar seus olhos, relaxar o corpo e a mente, respirar fundo e começar a movimentar seu corpo livremente.

Abro um sorriso em satisfação á aquela cena, e me permito fazer o mesmo que ela.

  Partes do meu corpo iniciam movimentos diversos. Memorizo alguns, descarto outros, assim montando minha própria coreografia.

A DANÇA NOS UNIU • 𝓝𝓽𝓝+𝓣𝓷𝓐Onde histórias criam vida. Descubra agora