CAPÍTULO QUATRO

697 76 28
                                    

                            Ariel Lewis:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                            Ariel Lewis:

           Minha mala estava pronta e a minha espera ao lado da cama, mas, todas as vezes que eu olhava para ela uma onda de pânico me invadia e eu tinha vontade de mandar com que Melissa cancelasse aquela viagem e nos mandasse para o Cancun, praia e sol, eu gostaria de me hospedar em um resort de frente para o mar e ser servida por barmens gostosos usando apenas uma sunga branca. Meu vinho tinha acabado, a insônia como uma velha amiga me fazia companhia e a cidade parecia ainda mais silenciosa do que nos últimos dias, meu desejo era ligar para Erick e mandar com que ele viesse me fazer companhia, uma trepada sacana iria me deixar mais relaxada para continuar com aquela ideia maluca de voltar para o Texas ou iria acabar com todas as minhas chances de cometer aquela loucura, já que o senador era muito persuasivo e iria me convencer de fazer qualquer coisa que ele quisesse.

         Arrastei-me pelo apartamento buscando apenas um motivo para cancelar aquela viagem, uma rachadura, um infiltramento, uma torneira pingando para que eu precisasse de uma reforma e não pudesse sair de Washington pelas próximas semanas, mas, parece que a providência divina estava me mandando ir para Charlotte e enfrentar de uma vez por todas o meu passado o difícil era ter coragem para isso, pois, eu podia ser uma mulher na capital, ser forte, arrogante e fria, pois, era isso que eles esperavam de mim, mas, em Charlotte, todos conheciam a garota doce e carismática que ajudava a todos e era o prodígio da pequena cidade e aquelas duas personalidades iriam entrar em conflito e tornar tudo ainda mais difícil.

           A noite mal dormida me deu de lembranças olheiras terríveis na minha pele branca, um mau humor do cão e uma fome de leão, eu não podia ficar nervosa, pois, eu comia tudo que eu via pela minha frente e esse era um grande problema, porque se eu continuasse daquela maneira, iria voltar do Texas rolando. Tomei um banho demorado, hidratei a minha pele e aproveitei o embalo e fiz uma maquiagem rápida no banheiro para que pudesse guardar a minha necessaire na mala e não esquecer nada essencial, pois, ir até San Antonio apenas para comprar um hidratante. Escolhi um tubinho mid branco para aquela viagem, se eu iria voltar para Charlotte que fosse em grande estilo, nada de xadrez e calças rasgadas, iria com o meu melhor. Calcei meu scarpan preto e peguei a bolsa de mão que tinha separado e coloquei o óculos antes de sair puxando a minha mala.

           O táxi já estava à minha espera e por mais que o transito estivesse tranquilo, a cada quilometro que nos aproximávamos do aeroporto meu coração batia descompassadamente e eu estava com medo de acabar no hospital e não no meu voo para o Texas, Melissa minha querida assistente não estava no local marcado fazendo com que eu quisesse estrangula-la, comprei algumas revistas e um café para melhorar o meu mau humor e me sentei na sala vip da companhia aérea, pelo menos assim eu me distanciava de todos os gritos e conversas indesejadas do saguão.

_ Você está atrasada. – Avisei quando vi um par de pernas finas parando na minha frente e pela respiração ofegante só poderia ser uma pessoa. _ Quase que nos fez perder o horário de embarque, sorte sua que a gentil comissária me deixou esperar aqui dentro ou eu irei arrumar um jeito de joga-la para fora do avião na metade do voo Melissa, por favor, me poupe das suas desculpas, isso apenas piorara o meu humor e você não vai querer me aturar dentro de um local fechado por quatro horas ininterruptas.

ARIEL - Livro 1 - FAMÍLIA LEWISOnde histórias criam vida. Descubra agora