A Assassina do Rei

Capítulo 5

Ravena Villin.
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— Você está tão linda minha querida.

Os olhares param assim que Anastácia e James se aproximam de mim, o carinho deles era estranho, não um estranho ruim, mas fazia anos que meus pais morreram que eu até havia me esquecido de como era ter aquele olhar gentil sobre mim me fazendo sentir protegida e cuidada, não conseguia pensar em como eles reagiriam quando descobrissem.

— Não ligue para os olhares, as pessoas precisam apenas se acostumar — Diz James calmamente.

— Tudo bem, não é como se não estivessem certos em ter medo — Falo baixo.

— Não precisam! Agora tente se misturar, fazer alguma amizade, iremos cumprimentar algumas pessoas e então nos encontraremos — Anastácia pega em minha mão e sorri — sua mãe estaria maravilhada com você querida — Diz sorrindo e sai de perto de mim com James.

Orgulho é algo que ela realmente não sentiria, vergonha talvez. Começo a andar pelo salão enquanto vejo as pessoas dançarem no meio do salão, o afastamento e dos olhares das pessoas, fazia com que eu me importasse cada vez mais de estar ali, parecíamos estar em um circo, e eu era atração principal daquele lugar.

— Então é verdade, trouxeram uma criminosa para dentro do castelo — Quando chego na parte das mesas com comidas sou interrompida por duas garotas, a que havia acabo de me irritar tinha os cabelos castanhos com pele morena, ela usava um vestido salmão que fazia contraste em sua pele. Se quisessem saber o significado de beleza e nobreza, poderiam usar ela como significado. Geralmente existe uma menina que julgava que poderia mandar em tudo e todos, e tinha aquela que era a cobaia. A menina de olhos verdes com pele clara e cabelo loiro era a cobaia.

— Como foi que disse? — Pergunto baixo soltando um morango sobre a bandeja olhando para elas.

— Não sabia que além de criminosa você também era surda — diz ela sorrindo — o rei e a rainha estão realmente fazendo um projeto de caridade.

— Olha garota acho melhor dar meia volta e não me irritar — falo calmamente.

— Ah! Por favor, você vai fazer o que? Me matar? — Diz dando risada.

— Se continuar pode ter certeza que é isso mesmo que farei — Digo em ameaça.

— Então faça, aí todos terão certeza do monstro que você é — Fala ela cruzando os braços e chegando perto de mim, sua cobaia parecia querer sair o mais rápido possível o que seria cômico se não tivesse começado a me irritar — Penso que seu papai e sua mamãe não estariam felizes que a filhinha deles se tornou, opa esqueci, eles morreram!

Eu sentia a raiva aumentar em meu corpo após sua fala. Eu poderia pensar mil maneiras de machucá-la, mas apenas faço a primeira coisa que veem em minha cabeça fazendo com que eu pegasse um copo de suco e jogo o líquido em seu rosto.

— Nunca mais volte a falar dos meus pais! — coloco o copo sobre a mesa ignorando os olhares horrorizados.

— Sua louca! Você não deveria estar aqui! Olha o que você fez na minha roupa! — A histeria dela estava me cansando, apesar de não me importar com os olhares das pessoas, meu olhar passa por Anastácia e James que olhavam a cena, confusos, a música havia parado, parecia que todos esperavam que aquilo aconteceria. Vejo alguém se aproximar e quando olho vejo Alexander me olhar sem reação, quando ele se aproxima o suficiente e faço o que já estava acostumada. Corro para fora dali.

Começo a correr indo ao único lugar que me faria sentir melhor e que não teria ninguém para me perturbar. Quando chego no jardim tiro meus sapatos me sentando no chão e abraço meus joelhos, tendo uma certa dificuldade pelo vestido. Fecho meus olhos tentando não pensar no que havia acontecido. Sinto alguém sentar em meu lado e continuo de olhos fechados sem me importar.