Capítulo 2 - O Grupo Dos Vencedores

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   Sentada em uma cama de ferro com colchão fino enquanto esperava um médico, ainda repassava toda a conversa que tinha tido a alguns minutos atrás e que se mantinha fresca em minha mente. Não conseguia fazer entrar na cabeça que eu era tão diferente assim da outras pessoas. Desde de pequena sabia que vivíamos dentro de uma distopia, mais não que as pessoas eram diferenciada por sua forma de pensar, e que tinham esses nome a diferenciando como Utópicas e Distópicos. Balanço minha cabeça lentamente irritada enquanto apertava o lençol do colchão ao meu lado tentando controla esses impulsos de raiva.

   Desvio o olhar para a cortina a minha frente quando ela é aberta, entra então naquele espaço pequeno dividido por cortinas um senhor de idade, seus poucos cabelos que ainda tinha era da cor grisalha, era baixo e a coluna reclinada deixava isso mais evidente, usava um óculos retangular a frente do rosto enrugado com uma sobrancelha  grossa. Ele sem dizer nada, põe o material em cima de uma bandeja que estava ao meu lado. Quando nota ele meu olhar atento finalmente se pronuncia.

       —Me disserem que tem uma fratura grave. – Ele diz e eu assinto. – Preciso dar uma olhada. – Ele fala por fim. Com um pouco de dificuldade levanto a blusa suja que estava usando deixando evidente toda a gaze que Christian tinha posto na esperança de me ajudar.

   Ele assente com a cabeça, começa então a desfazer o curativo antigo e gasto que ali estava, observei atenta todo o procedimento que ele fez com muito cuidado.

       —Sabe onde estão os meus amigos? – Pergunto depois de alguns longos minutos.

       —Acabei de sair da ala de um rapaz alto. – Spencer logo penso. Assinto com a cabeça, faço uma careta quando ele aperta com os dedos o lugar fraturado, olho para baixo e faço uma outra careta de dor, uma marca roxa que se misturava com outros tons de verde e vermelho forrava o lado esquerdo do meu corpo.

   Desvio o olhar agoniada de ver o quão estava inchado. Respiro fundo na esperança de que ele terminasse logo para poder ir atrás dos outros. Ele põe sobre o local um pedaço quadrado de algodão com um tipo de gel transparente e gelado que fez me arrepiar ao encontrar com minha pele, e então com apenas um volta da gaze ele termina o procedimento ali, indo em seguida para o machucado que tinha no ombro.

   O ombro descoberto mostrava a pele com arranhões fortes, algumas partes estavam com casquinhas mas em um ponto específico a pele estava levantada, nem precisou ele falar que precisaria de pontos. Faço outra careta e aperto o lençol quando ele joga um liquido no local causando uma ardência quase insuportável.

       —Pode me explicar um coisa? – Pergunto enquanto a minha frente ele enrolava uma linha na agulha. Ele como resposta ergue o olhar para mim. – Qual é exatamente a diferença entre... Utópicos e Distópicos. – Realmente falar aquilo soava estranho.

       —Pessoas que ganham os desafios, Distópicos. – Ele diz antes de me fazer sentir a dor aguda da agulha. – Pessoas que morrem nele, Utópicas. É mais ou menos isso.

       —Então meus amigos também são Distópicos.

       —Não, eles não. – Ele diz sem desviar o olhar do que fazia.

       —Mas eles também ganharam o desafio, saíram de lá vivos. – Indago.

        —Não significa que só por que saíram vivos que eles tiveram capacidade o suficiente para isso. Se sobreviveram foi por que você deixou que isso acontecesse. – Ele diz e com os seus olhos que eu noto serem azuis me encarava. Ele desvia o olhar mais uma vez para o meu ombro. Franzi o cenho quando noto que seus traços envelhecidos eram um pouco conhecidos. Desfranzo a testa quando um luz em minha memória acende.

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