1⟩ Blood Droplets ⟨

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fazia dezesseis graus naquela noite em atlanta, havia chovido o dia inteiro, e somente a noite a chuva havia cessado, e agora havia poças de água pela rua inteira.

a lua tentava brilhar no céu, mas seu brilho era ofuscado pelas nuvens que passeavam pela noite.

mas a única visão que sabrina teve, foi das gotas de chuva escorrendo pelo lado de fora da janela.

— onde está a grana? — perguntou monotonamente caminhando calmamente pelo cômodo.

— não sei do que está falando! — o homem engravatado falou ofegante, após sabrina tirar a fita que cobria a sua boca.

— existem apenas duas coisas que mais me deixam irritadas no mundo, a primeira são homens, e a segunda são homens que mentem! e sabe o que eu faço com homens que mentem? — falou se aproximando do rosto dele — eu faço eles sofrerem! você não quer sofrer, não é mesmo? — ele balançou a cabeça em negação — então, me fala onde está a porra do dinheiro!

sabrina estava cada vez mais impaciente com o homem sentado à sua frente com as mãos algemadas, mas sabia que teria que ter paciência, pois não poderia sair dali sem antes saber onde o dinheiro estava escondido.

ela respirou fundo, tirou uma arma do blazer preto e a apontou para o homem à sua frente.

— olha só, nós podemos fazer isso do jeito fácil, ou do jeito difícil, se preferir.

— eu já falei que não sei onde está a droga do dinheiro — sabrina ameaçou puxar o gatilho da arma — opa, calma aí donzela! por que você não vem aqui e chupa o meu pau enquanto eu penso onde o dinheiro pode estar?

sabrina não gostava quando a tratavam como prostituta, ela simplesmente repudiava o fato dos homens não a respeitarem, mesmo com uma arma apontada para suas cabeças.

ela arrastou uma cadeira de madeira maciça para perto da mesa.

— eu queria fazer as coisas fáceis, mas você não me ajuda a te ajudar! — falou ao se sentar em frente a ele — eu sei que sua mulher e filhas estão de férias em malibu, e seria uma pena o que aconteceria com elas caso você não me falar onde o dinheiro está.

o silêncio tomou conta do lugar. era possível ouvir as gotas de água dos canos furados pingarem no chão.

o homem suava frio, suas mãos estavam trêmulas e seu corpo todo formigava. agora não eram mais os negócios que estavam em jogo, mas sim a sua família .

— embaixo da cama tem um cofre, o dinheiro está lá dentro! — falou rispidamente tentando controlar o tremor das mãos.

sabrina guardou a arma de volta em seu blazer e olhou debaixo da cama e viu um pequeno cofre branco.

— qual a senha?

— zero, seis, um, três, sete, quatro! — falou após pensar por uns instantes.

sabrina digitou a senha no cofre, que logo se abriu, lá dentro havia um envelope laranja. ela conferiu o dinheiro e guardou o envelope em um outro bolso no blazer.

— sabe, eu adoraria te manter vivo, mas você sabe, negócios são negócios! — apontou a arma para ele.

— vocês mulheres são sempre as mesmas, é por isso que todas merecem ser… — sabrina puxou o gatilho antes que ele pudesse falar alguma atrocidade maior do que havia falado a noite inteira. além do mais, o contrato não permitia que ele ficasse vivo.

um estrondo ecoou pelo local silencioso, gotas de sangue escorriam pela janela, assim como as gotas de chuva. gotas de sangue também haviam voado em sua roupa e em seu rosto.

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