Luquise

13 3 2
                                    

Depois de um longo tempo andando pelas montanhas finalmente encontramos o local da queda, como Rengar havia dito há muitas pessoas no local, eu calculo mais ou menos cem mil pessoas, algumas delas têm objetos estranhos e ultrapassados de captura de imagem nas mãos (câmeras), outros usam especies de armaduras no corpo com as siglas FBI, tem umas pessoas que estão proibindo a entrada do pessoal não autorizado e alguns humanos que estão vestindo roupas estranhas que protegem o corpo, não deixando nada à vista, como se nós fossemos radioativos ou algo do tipo. Não consigo enxergar quase nada de onde estou, só uma visão geral, nesse momento seria muito útil ter alguém do clã Togatta com a gente.

- Nocturno: Temos que nos aproximar, não dá pra ver quase nada daqui.

- Rengar: Tudo bem, mas não falem com ninguém, se alguém perguntar o porque vocês estão machucados digam que foi um acidente de bicicleta ou moto entenderam?

- Angus: Entendi sim senhor, senhor!

Fala alegremente, enquanto eu apenas confirmo com a cabeça.

Nós caminhamos até a multidão, demorou muito para chegar até a fachada, as pessoas se acotovelavam e as vezes empurravam umas as outras. Não consigo ver tudo o que gostaria, parece que estão pegando alguns corpos e colocando dentro de automóveis, muitos eu não consigo reconhecer, estão basicamente irreconhecíveis, se eu não tivesse ativado meu escudo provavelmente estaria assim também. Vejo um rosto familiar, um jovem mais ou menos da minha idade, ele era filho do cozinheiro no palácio, como era o nome dele mesmo....ah Heiden, nós nos conhecemos quando éramos menores, eu invadi a cozinha de noite com a Akame para pegar doces, quando chegamos lá o Heiden já estava com a boca toda suja de Luquise (pó extremamente adocicado que é retirado de flores do campo, geralmente utilizado para colocar em cima de doces), de início ficamos nos olhando meio assustados, até que ele disse "se vocês não contarem, eu também não conto", acho que nunca comi tanto doce como naquele dia, mas nossa alegria não durou muito, o general Zed acabou nos encontrando, desde então nos falamos, não éramos os melhores amigos nem nada parecido, nos falávamos pouco mais ainda assim....não era pra ele morrer de maneira tão fatal. Eu coloco minha mão no peito e me curvo discretamente, sei que não é uma despedida honrosa, ele merecia mais, assim como todos os outros que se foram... Espero que Akame e o General Zed estejam... Vivos. Respiro fundo, até ser interrompido ao ver o Angus conversando com um cara.

- Cara: Porque seu braço e sua perna estão enfaixadas?

- Angus: É porque eu tive um acidente de bicicleta ou moto.

- Cara: como assim bicicleta ou moto?

- Nocturno: Não, é que ele bateu a cabeça muito forte, ai ele não se lembra muito bem.

Acabei me metendo no meio já que esse idiota não faz nada direito.

- Angus: Não, mas o Rengar falou que...

Eu tapo a boca dele com a minha mão.

- Nocturno: As vezes ele ouvi vozes.

- Cara: E você, também teve um acidente?

Fala desconfiado.

- Nocturno: Foi o mesmo acidente... De moto, agente tava junto.

- Cara: Ahh.

Depois disso eu arrasto o Angus pra longe daquele cara.

- Nocturno: Você têm problema? ele poderia ter descoberto!

- Angus: Não que eu saiba...

Minha paciência está se esgotando com esse moleque. O Rengar se aproxima de nós.

- Rengar: E aí, encontraram alguma coisa?

- Nocturno: Não, não vi nada fora do "normal".

- Angus: Também não senhor!

- Rengar: Tudo bem, vamos continuar procurando, mesmo que não encontremos o que queremos, podemos achar outra pessoa que precise de nossa ajuda.

- Nocturno: Você está certo, vamos continuar...

Agora no Subúrbio de Los Angeles

Em uma sala escura com apenas um foco de luz, havia dois jovens acorrentados a duas cadeiras, um deles estava consciente, não aparentava nenhuma especie de ferimento, tinha estatura mediana, cabelos pretos, pele branca e olhos verde claro; O outro jovem estava inconsciente, este por sua vez tinha ataduras pelo corpo, estatura alta, musculoso, pele bronzeada e cabelo castanho escuro meio arrepiado. O jovem de olhos verdes começa a gritar, falando em uma língua diferente, diferente de qualquer outra língua terrestre. Jenny entra na sala com sua metralhadora espanhola.

- Jenny: Ei, cala a bocaa!

Fala apontando sua arma na direção do jovem de olhos verdes.

- Jovem de olhos verdes: Eu não vou me calar até saber porque estou aqui!

Diz irritado.

- Jenny: Então você fala minha língua...

- Jovem de olhos verdes: É óbvio, se não você não me entenderia.

- Jenny: Olha como fala comigo, seu....

Jenny foi interrompida quando percebeu que a cadeira na qual o jovem de olhos verdes estava sentado começou a se desfazer, assim como as correntes.

- Jenny: Mas o-oque é isso??!

Fala completamente assustada.

- Jovem de olhos verdes: Algo que sua espécie não entenderia.

Assustada com tudo o que viu, Jenny acaba atirando naquele ser estranho, ele é atingido no ombro esquerdo, o que o faz cair no chão. Do outro lado o jovem musculoso acorda, seus olhos são castanhos claros, mas é como se ouvesse uma chama em seu olhar, uma fúria visível.














Conflito entre mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora