Capítulo Único

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O que estou para contar agora pode acontecer com qualquer um, mas duvido que as situações poderão se igualar a minha. Eu sou considerado um dos garotos mais inteligente da escola, e isso contribui para eu ter uma certa popularidade entre as garotas. Não posso negar que eu gosto dessa atenção a mais do público feminino em mim, fazia bem para o meu ego. Mas havia uma garota em especial que não estava nem aí para mim, e agia como se a minha presença fosse inútil para a raça humana.

Sakura Haruno, era esse o seu nome, garota petulante e extremamente irritante. Eu não sei o que mais me irritava nela, se era pelas roupas estranhas que ela vestia, ou o pequeno detalhe dela está quase no mesmo nível de inteligência que eu, ou pelo fato de me ignorar. Aquilo mexia comigo de tal jeito que por muitas vezes cheguei a amaldiçoá-la internamente pelo fato de me deixar louco e quase obsessivo por sua atenção.

Eu me perguntava internamente do por que eu estava dando tanta importância para àquela garota estranha. Mas aquele incômodo que eu sentia toda vez que eu a via no colégio começava a me assustar, até chegar ao ponto de eu fingir uma cena ridícula no corredor e esbarrar nela de propósito. Mas eu não calculei muito bem a minha força e Sakura foi ao chão. Meu, naquela hora eu havia percebido a grande burrada que eu havia feito, pois o olhar mortal e faiscado que Sakura lançava para mim, fez com que eu sentisse um frio na espinha.

E, cara, ela havia me notado! Eu me sentia meio babaca por dentro.

- Tinha que ser Sasuke Uchiha, o rei dos idiotas. – A sua voz zangada soou, e eu não pude deixar de me sentir ofendido com que ela disse de mim.

- Ei, não precisa me xingar, eu não fiz por mal. – Mentiroso eu sou.

Mesmo com a sua falta de educação eu estiquei a mão para ajudá-la. É claro, Sakura ignorou minha ajuda e se levantou do chão por conta própria. Arrumou a sua saia clara que ia até os joelhos e me olhou - metralhou - e em seguida apontou o dedo na minha cara, o cenho franzido.

- Não chegue perto de mim. - Em seguida deu as costas e saiu.

Precisei de alguns minutos para que meu cérebro processasse o que havia acabado de acontecer. Eu havia levado um toco? Bom, não era exatamente um toco, mas doeu pra caralho no meu ego.

Eu fui rejeitado!

E agora mais do que nunca, eu queria àquela garota.

Algumas semanas se passaram depois daquele dia, eu estava mais atento aos movimentos de Sakura, e na moral, eu me sentia um stalker. Pode até parecer que eu não tinha amor próprio, por me interessar por uma garota que não estava nem aí para mim. Mas me senti confrontado. Eu sempre a observava de longe com suas amigas, e como se o meu olhar fosse uma espécie de ímã, ela sempre desviava o olhar para mim e franzia o cenho. Eu não me importava com o seu olhar maligno em mim, e muito menos as piadinhas escrotas dos meus amigos dizendo que eu estava apaixonadinho.

Que se foda eles, eu queria aquela garota.

E foi numa tarde que tudo mudou, e me fez ver as coisas diferentes. E foi aí que percebi que eu era estranho também. Eu estava voltando da educação-física e caminhando para o vestiário tomar uma ducha quando esbarrei - agora  a c i d e n t a l m e n t e - em Sakura.

Segurei os seus dois braços antes que ela caísse no chão. Observei de perto os seus olhos verdes e logo senti algo estranho no meu estômago, sei lá, parecia que havia uma corrida de carros nas minhas tripas, e a minha respiração ficou presa na garganta. Sakura franziu as sobrancelhas e automaticamente a soltei, me sentindo anestesiado.

- Me desculpe, eu não te vi. - Fui totalmente cavalheiro, eu não poderia me igualar a sua ignorância, e nem queria. Eu estava afim da mina.

É Ela Que Eu QueroOnde histórias criam vida. Descubra agora