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    Durante nosso trajeto até a casa de Sakura nós encontramos com Ino e Tenten. Assim que elas nos viram elas vieram até nós.

Ino: Não acredito que estava indo para a casa de Sakura e não ia passar na minha casa - ela dizia bastante chateada.

- Não faça dramas, Shika disse que você mudou para um apartamento novo com Tenten e eu ainda não sei onde é, mas ia chamar Sakura para me levar até lá - abracei minha amiga e olhei para Tenten - Oi Tenten, como você está ?

Tenten: Feliz por ver vocês aqui, espero que estejam bem também.

  Dei um sorriso forçado na tentativa de esconder a realidade delas e juntas fomos até a casa de Sakura. Chegando lá Naruto nós recebeu muito bem, e enquanto ele e os homens conversavam, eu me juntei com as meninas para fofocar.

Sakura: Tô falando sério, carregar um filho não é brincadeira, eu estou me sentindo tão bem, mas ao mesmo tempo eu passo tão mal.

Ino: Não reclame, esse é o fruto de transar que nem uma doida.

Tenten: Olha quem fala, se for assim já era para você ser mãe de uma creche Ino.

Ino: Tá falando do que hein, pensa que eu não vi você de conversinha mole com o Shino pela vila ?

- Vocês não sabem o quanto eu sinto falta de ouvir essas brigas bobas todos os dias ...

Ino: Duvido, você deve estar é se deliciando com o gostoso do Gaara

Tenten: Pra ser sincera eu notei um clima estranho entre vocês, está tudo bem ?

- Não, mas eu não quero falar sobre isso.

As minhas amigas respeitaram meu silêncio e arrumaram outro assunto para não estragar o momento. Mais tarde os meninos se juntaram a nós.

Naruto: Eu convido todos vocês para comer ramén, eu pago.

- Desculpe Naruto mas eu não estou me sentindo tão bem

Sasuke: Mí você está bem ? Quer ir ver um médico ?

Gaara: Vamos querida - ele passou os braços pela minha cintura e me puxou para si em um tom de pose - Eu te acompanho até Tsunade.

   Saímos da casa dos nossos amigos e caminhamos em silêncio pela vila. Eu não estava afim de brigar, muito menos de sair do seu aperto possessivo, mesmo lutando contra meus sentimentos confesso que estar colada ao seu corpo me deixou feliz e eu não queria e não tinha forças para colocar uma distância entre nós, não naquele momento. Enquanto caminhávamos ele parou de andar e se colocou a minha frente, depois ele levantou delicadamente meu queixo com o intuito de me fazer olhar em seus olhos. Assim que nossos olhos se encontraram ele acariciando minha bochecha se aproximou.

Gaara: Estou preocupado com você, há dias você tem tido essas dores. Eu sei que não estamos no nosso melhor momento, mas eu prometi cuidar de você.

- Gaara - minha voz saiu tão baixa diante do impacto de seu olhar sobre mim, e mesmo lutando para continuar firme na minha vingança minha voz me traiu.

  Ele se aproximou mais de mim e me beijou. Não tinha forças para me afastar e me odiava por ser tão fraca a ponto de ceder aos seus beijos. Ultimamente esse conflito dentro de mim estava me deixando muito perdida e sentimental, tanto que nem havia percebido que eu estava chorando. Ele parou nosso beijo e começou a limpar as lágrimas que caiam pelo meu rosto, mesmo que os seus olhos também estivessem marejados.

Gaara: Eu me odeio por te fazer chorar, por te fazer sofrer - ele não conseguiu segurar o choro - Eu juro que estou arrependido e que se eu pudesse eu faria tudo diferente. Eu sei que já pedi isso milhões de vezes mas por favor Mí, por favor, me perdoe.

  Ver ele chorando me desarmou. Os milhões de conselhos de Hinata e Temari começaram a fazer sentido para mim quando eu o vi desmoronar na minha frente. O temido Gaara do deserto estava chorando com o rosto enterrado em meu pescoço implorando por perdão. Meu coração bateu tão forte quanto já tenha batido na vida, tudo o que eu queria naquele momento era estar a sós com ele.

- Eu quero você - eu me espantei com as palavras que saíram da minha boca e ele também parecia espantado enquanto me olhava com os olhos ainda molhados - Eu, eu quero você aqui e agora.

   Ele entendeu as minhas palavras, o que eu desejava dele. Pela pressa com que ele me puxava até a torre Kage acho que ele também me desejava da mesma forma. Assim que passamos a porta da torre encontramos com Kankurō, Shikamaru e Temari.

Shika: Ei, a gente tava indo procurar vocês para almoçarmos juntos.

Gaara: Sinto muito mas Mí e eu temos assuntos para discutir - ele me puxou para si - Pode nos dizer em qual quarto estamos hospedados ?

Kankurō: Pelo visto vocês se acertaram. A gente sabe muito bem o tipo de assunto que vocês vão discutir, só não façam barulho.

- Cunhado - dei meu pior olhar para Kankurō que pareceu entender o recado - Só não te mato agora porque nós realmente temos coisas para resolver, e como você mesmo disse, o assunto é bem particular, só peço para que não nos interrompa desta vez.

Shika: Estão hospedados no mesmo quarto da última vez. - ele pelo menos foi sensato e se restringiu a responder somente o que foi perguntado.

Kankurō: Recado dado, recado entendido. Vai la Gaara e honre o nome da família mano, e mostre pra sua esposa a potência do seu ...

Gaara: Termine essa frase e eu juro que serão suas últimas palavras.

- Deixa ele amor, já perdemos tempo demais aqui - puxei o ruivo pelas mãos pelos corredores da torre.

  O ruivo mal fechou a porta e eu me joguei em seus braços. As mãos deles eram tão ágeis que percorreram por meu corpo tão rápido quanto o jutsu do relâmpago amarelo. O beijo estava tão intenso que seria o suficiente para me levar a loucura. Eu estava com muita saudade dele, tanta que estava me controlando para não rasgar a roupa dele com uma kunai, mas ele parecia estar gostando de me ver tão sedenta por seus toques. Assim que ele terminou de se despir ele me colocou gentilmente já cama e antes que ele pudesse começar qualquer coisa ele me olhou carinhosamente.

Gaara: Embora eu esteja cheio de vontade de você, quero que nosso primeiro round seja carinhoso, porque eu te amo e quero demostrar isso em cada toque, em cada gesto, em cada beijo.

   Não foi preciso dizer mais nada, o quarto foi tomado por uma atmosfera de amor, ele voltou a me beijar mas era um beijo de saudade, de amor e de felicidade. As mãos que antes percorriam meu corpo com pressa agora acariciava cada milímetro de mim e os toques eram como chamas, faziam minha pele queimar de desejo.  Pela primeira vez nós nos amamos sem nos preocuparmos com nada, naquele quarto tudo o que era relevante era nosso amor.

     Algum momento eu já estava cansada, deitada nele, desfrutando daquele momento de amor quando eu senti uma pontada muito semelhante a uma cólica menstrual. Ele estava cochilando tranquilamente, com um sorriso enorme quando eu tive que interromper aquele momento.

- Amor - ele me olhou com ternura - Eu senti uma pontada de cólica, acho que é melhor eu ir falar com a minha prima.

Gaara: Você está bem? - ele já estava sentado acariciando meu rosto enquanto esperava aflito minha resposta - Se quiser eu vou chamar sua prima.

- Se puder fazer esse favor eu serei grata mas antes - eu deslizei minha mão pela sua nuca e o puxei para mais um beijo - Agora sim.

   Ele se colocou de pé, recolheu as roupas espalhadas pelo chão do quarto e se vestiu, caminhou até a porta e me deu um sorriso tranquilizador enquanto me dizia: Eu já volto.

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Esposa de MentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora