- Sweetheart! Hora de acordar! – ouvi uma voz calma e masculina me chamar, resmunguei me aconchegando mais ainda nos cobertores quentinhos a minha volta e meu travesseiro confortável. O homem soltou um riso abafado e senti um vento em meu corpo, minha cobertas quentinhas agora se encontravam no chão. Suspirei pesadamente irritada e abri os olhos com um bico quase sendo cegada pela luz, e vi o homem que eu chamava de pai ao lado do pé da cama em pé me olhando entretido com minha irritação matinal.
- Levante se não irá se atrasar, e eu tenho quase a certeza que você não quer isso, não é mesmo? – ele disse com um sorriso que deixava a população feminina e parte masculina como manteiga em dia de calor. Eu já estava sentada na cama há essa hora, revirando os olhos com o que ele disse.
Antes que ele pudesse sair do quarto para me dar privacidade para me trocar ele veio até mim dando um abraço urso que eu aceitei de muito bom grado, eu amava seu perfume.
- Senti falta da minha pequena, e sua petulância! – Ele disse me apertando, e não era nada sufocador era muito confortante, como um abraço de pai tem que ser. Soltei um risada e senti que ele sorria. – Agora, ande logo!
Ele disse me soltando gritando enquanto fechava a porta.
- As panquecas de chocolate já te esperam!
Isso foi como um interruptor, eu tinha passado um ano sem as deliciosas panquecas de chocolate do meu pai e eu tinha sentido uma enorme falta disso. Corri até a porta rapidamente a abrindo e gritando.
- Pai não deixa ele comer todas! - O que recebi em resposta foram risadas e um ok.
Corri até meu banheiro tomando um banho rápido coloquei o uniforme que eu sempre achára fofo, mas odiava, saia xadrez, um camisa polo e vans azul bebê, penteei meu longo cabelo e desci pelo corrimão – como eu tinha sentido falta disso – entrei na cozinha vendo meus pais, um sentado olhando para a tv e o outro em frente ao fogão.
- Me diz que ele não comeu todas, por favor! – implorei falando para o outro homem apoiando no balcão de centro da grande cozinha americana, que eu também chamava de pai.
Ele se virou dando uma leve risada com uma pequena pilha de panquecas com gotas de chocolate quentinhas, minha barriga roncou implorando por comida. Sentei sorrindo como uma criança em manhã de natal, ele as colocou no prato a minha frente e comecei a comer.
- Muito obrigada! – eu disse com a boca um pouco cheia, novamente eles riram, o que já era normal. Sim eles eram gays e meus pais, Liam e Zayn um dos homens mais bonitos que eu já tinha visto e carinhosos, os pais perfeitos. Alugaram uma barriga de aluguel combinaram seus genes e voá-la, eu nasci com a beleza de dois homens e curvas brasileiras, por causa da minha “mãe” de aluguel como eu gostava de chamar.
- EEEI! – falei, dando um tapa na mão alheia do Sr. Zayn, mais conhecido como pai, eu sei é confuso, mas dá pra acostumar.
- Zayn, você já comeu as suas, deixe as da Minnie em paz! – Liam disse, enquanto eu mandava um olhar de “Viu! Ouça o seu homem, não mexa com as panquecas da Minnie” ele revirou os olhos e por um momento de distração pegou os pedaços cortados e enfiou na boca em uma velocidade rápida. Minha boca se abriu em um perfeito “o”. Liam só balançou a cabeça e riu.
- Vou começar a lista das coisas que eu não senti falta em um ano, 1) Você paizinho roubando minhas queridas panquecas. 2) Minhas cobertas sendo arrancadas de manhã.
Eu disse listando entre uma garfada e outra.
- Só isso? – Zayn perguntou com um grande sorriso. Acenei a cabeça. – Estou levemente chateado, que só tem eu nessa lista!
- Por que eu sou o pai legal e você o pai pentelho! – Liam falou, então foi a minha vez de rir pela falsa cara de dor que o Zayn tinha feito.
Em poucos minutos terminei de comer, todos saíram da mesa e subi correndo para meu quarto terminar de me arrumar, eu já tinha meus acessórios que eram poucos e os mesmos, eram quase parte do meu corpo. Eu estava sentada na pia do meu banheiro concentrada passando diversas camadas de rímel em meus cílios, e de canto de olho vi Liam o pai “bonzinho” – por que às vezes ele era o chato, acho que seria a mãe hiper mega ultra protetora – parado encostado no batente da porta com um sorriso.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntei com o cenho franzido o olhando. Ele se aproximou e me abraçou forte e o abracei igualmente.
- Estava com saudades de te ver toda manhã nessa mesma posição e lugar e eu e seu pai dizendo que você não precisa de nada disso! – Ele dizia sorrindo. Sorri de volta mesmo sabendo que ele não veria, pois ainda nos abraçávamos.
-Bom eu voltei e não vou tão cedo e não vou parar de passar, porque você já viu como meus cílios ficam com rímel? Maravilhosos! – respondi enquanto ele me soltava do abraço e ria.
- É eles ficam realmente bonitos! – ele disse.
- Bonitinha, vê se não se atrase já vão dar 7:30! – Zayn apareceu na porta me alertando e revirei os olhos respondendo um ok. Os dois vieram até mim deram um beijo em minha cabeça.
- Tchau pai bonzinho, tchau pai pentelho! – Eu disse os vendo sair rindo, continuei a fazer o trabalho árduo, logo acabei escovei os dentes passei perfume, fui até meu quarto pegar minha bolsa as chaves e desci correndo, quase caindo no fim da escada por escorregar na passadeira.
Tranquei a casa toda e entrei em meu carro, há um ano eu estava em outro país, Brasil pra ser mais exata, fazendo um intercambio e agora eu tinha voltado pra Califórnia e para a escola, eu estava animada para ver todo mundo novamente, já que eu voltei não faz muito tempo. Em poucos minutos eu estacionava o carro em uma das milhões de vagas, a ansiedade em meu estomago que eu estava odiando.
- OK, Jaz, respira fundo! – eu dizia para mim mesma. Abri a porta do carro. Eu sentia diversos olhares enquanto eu andava até a porta principal, mas antes que eu pudesse chegar ao meu destino quase fui derrubada.
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Jerk with puppy eyes - calum hood
FanfictionEles são muito diferentes. Gênios opostos, eu diria. Mas tem algo em comum. A liberdade. O desapego. O medo da entrega. Quem sabe ficando juntos encontram uma solução. Bem que podia né? Ela sempre pensou assim: "Pra ficar do meu lado tem que ser mel...