Estaciono a mota mesmo á frente da escola e os olhos de todos os outros indivíduos presentes, são postos em mim, tiro o capacete e prendo o meu cabelo e os sussurros e risinhos começam a ecoar nos meus ouvidos. Tranco a ignição e sigo para dentro da faculdade enquanto ouço música.
-Aluno- Diz o porteiro.
-Bom dia- Olho para ele e recuo até ao seu encontro.
-Bom dia- Olha me de cima abaixo- Noto que é novo aqui.
-Sim sou porquê?
Ele olha me com cara de nojo e de um homem com falta de sexo isto é, todo rabugento.
-Não pode estacionar ali, aquele espaço é para os alunos passarem- Aponta para a minha mota- não se nota que é um passeio- Encara-me novamente com uma cara e nojo.
-Peço desculpa- Saiu de perto do mesmo e vou até á minha mota.
Depois de arrumar a mota num sitio decente e que respeita as ordens daquele homem, entro na minha primeira aula, história das artes. Os olhos mais uma vez são postos em mim por ter chegado atrasado, sento-me numa cadeira livre e abro o meu computador para tirar apontamentos.
~O meu telemóvel começa a vibrar~
*Mensagens On*
Pai-Olá filho, espero que a faculdade esteja a correr bem, esqueceste-te de avisar que chegaste, estamos a passar agora na tua faculdade. boas aulas puto.
Eu- Desculpa pai, houve stresses a entrar na escola, dá um beijo á mãe por mim e pede-lhe desculpa, falamos em casa.
*Mensagens Off*
Toca para sair das aulas e saio do recinto e vou até a um sitio sossegado e pego no meu maço para fumar um cigarro mas apercebo-me que me esqueci do isqueiro em casa.
-Merda- Falo alto e guardo o maço de novo na mala.
-Toma- Uma voz ecoa nos meus ouvidos e no meu campo de visão surge uma mão com um isqueiro na mão e olho para o rosto do humano que me estava a esticar a mão.
-Obrigada- Digo-lhe dando um leve sorriso , com uma mão seguro o isqueiro e com a outra tiro um cigarro e pouso o capacete e a mala no chão para o acender.
- Sou o James - Estende-me a mão para o cumprimentar- Tu és?
-Dylan- dou um bafo no cigarro e devolvo-lhe o isqueiro- Foste a minha salvação.
-Acontece a todos- Ele acende o seu cigarro e guarda o isqueiro na mala-Não és de cá pois não?
-Não sou de Cabo Verde mas estou cá desde dos meus 12 anos.- Encaro-o.
-Como é viver aqui dada a tua cor de pele?- Eu encaro-o e fico um pouco sem saber o que responder.
-Normal.- Digo de forma arrogante.
~Depois de alguma conversa e dois cigarros fumados ~
-Bem -ele pega na mala dele - amanhã á mesma hora?- Ri-se.
-Sim- Respondo-lhe um pouco de pé atrás- Amanhã és tu que te esqueces do isqueiro- Pego no capacete e na mala.
Vou em direção á minha mota , visto-me , ponho o capacete e vou direto para casa.
-Cheguei- Abro a porta e deixo as chaves no Hall- Mary?- Grito em direção á cozinha.
-Boa tarde menino- Sorri-me- Já fiz o seu lanche e o seu saco para o treino.
-Obrigada- Sento-me e começo a comer os meus cereais mas reparo que há duas tigelas e começo a pensar, a Mary nunca come comigo e não há mais ninguém aqui em casa que goste deste cereais, oque se passa aqui? Mas sou interrompido dos meus pensamentos.
-Mãeeeee- Ouço uma voz feminina que não me era familiar a ecoar na casa toda.
A Mary olha para trás e reparo que essa voz feminina fez com que ela ficasse mais feliz, pousa tudo na bancada muito rapidamente e vai ao encontro da voz.
-Onde estás?- Grita o ser humano feminino que ainda me era desconhecido.
-Meu amor já chegaste- Ouço a Mary a chorar e levanto me para ir ter com a Mary curioso com quem seria a voz suave que estava dentro da minha casa e para descobrir quem era o tal "meu amor".
Chego ao encontro das mesmas, a Mary sente a minha presença e acaba com o abraço tão duradouro.
-Menino- Limpa as lágrimas- Esta é a minha filha que lhe falo tantas vezes- Ela acena-me.
-Olá- Aceno-lhe de volta- Sou o Dylan prazer.
-Sei quem és- Ri-se- Ouço falar muito de ti também- Coloca o braço por cima do ombro da Mary- Sou a Allison.
-Tenho já uma tigela pronta para ti filha- A Mary disse e pegou na mão dela para ir para a cozinha e eu vou atrás.
-Os meus cereais favoritos- Senta-se na cadeira e põe o leite na tigela e de seguida os cereais.
Eu começo a comer os meus enquanto vejo um vídeo de motas no meu telemóvel mas sou interrompido pelo toque da Mary, a mesma olha-me seriamente e eu largo o telemóvel.
-Sabe menino- Vai para perto do fogão- A minha filha passou 9 anos longe de mim.
-Mãeeeee- A Allison diz- Ele não deve estar de todo interessado na história da minha vida- Olha-me e mexe no cabelo.
-Não é questão disso- Olho-a de volta- Eu já estou atrasado para o treino- Levanto-me- Desculpem.
A Mary olha para mim e eu vou lhe dar um beijo na testa como era habitual e vou até ao meu quarto trocar de roupa, desço novamente, pego na mala, ponho os fones , agarro nas chaves e saio.
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A minha vida num livro
Фэнтези18 anos e uma prenda anónima é recebida.. um livro que o fim está em branco. Quem controla vida? Nós próprios ou a escrita?