The Forces Of Nature

Capítulo 19 - Perseguição reversa.

- Será que você consegue ser mais lerdo Antônio? - Dizia Grace, esperando do lado de fora do apartamento.
- Tô indo, tô indo! - Tony vem descendo as escadas vestindo a camisa.
- Cadê sua moto?
- Estacionei na outra esquina.
- PRA QUE?
- Grace, relaxa aí vai. Me dá o capacete - Diz tomando ele de Grace - vou lá buscar, fique de olho nos papéis, pra sabermos pra onde temos que ir.

- Pro aeroporto, por favor. - disse Katrina ao motorista.
- Sim senhorita - Ele responde, fechando o porta malas com sua mala lá dentro.
- Espero que não demore muito... Acha que está muito trânsito?
- Não, acredito que não... se me permite a curiosidade, para onde vai?
- Para casa. Vancouver, Canadá.
- Uou... sempre foi meu sonho morar lá!
- E por que nunca foi?
- Minha esposa... Ela gosta do clima daqui.
- Entendo...

Um bom tempo perseguindo os papéis, Tony e Grace chegam ao aeroporto. Os dois descem da moto.
- Tony, será que ela já foi? - Grace pergunta preocupada. Estava realmente disposta a concertar as coisas.
- Eu acho que não. Os papéis pararam.
- Será que querem que a gente compre uma passagem?
- Ou devem querer que a gente espere.
Os papéis voam para dentro do local e pousam em cadeiras de espera. Eles os seguem.
- Ok, então... vamos só... esperar? - Diz Grace confusa.
- Grace, nem tudo é sempre uma grande emoção. Às vezes a gente só tem que esperar a Cinderela aparecer no baile.
- Tony isso não é engraçado. - Grace se senta na cadeira ao lado de Tony - Você me fez perceber que talvez eu tenha sido muito ruim com ela. Talvez eu realmente tenha errado. Preciso concertar as coisas. E logo.
- Você tem é que relaxar. Isso sim. Não sabemos quanto tempo vamos ter que esperar... você bem que poderia ir comprar uns salgados ali na lojinha não é?
- Folgado. - Grace se levanta para comprar os salgados.

Após muito tempo esperando por Katrina no aeroporto, Grace começa a ficar mais impaciente a cada segundo.
- Antônio, para de comer, pelo amor!
- Grace, já disse, fica tranquila!
- Tranquila? Tony, estamos aqui à mais de 30 minutos!
- GRACE OLHA ELA ALI! - Tony aponta eufórico para a porta.
- Finalmente! - Diz Grace, se levantando e olhando Katrina entrar no aeroporto, derrubando suas maletas.

Grace vai até ela, e se abaixa para ajudar com as maletas caídas.
- Você? - Diz Katrina surpresa.
- É... pois é.. Eu queria...
- Voltou para me humilhar? Por acaso está me seguindo? - Katrina toma a mala das mãos de Grace.
- Escuta aqui revoltadinha, eu vim me desculpar!
- Se desculpar? Por ter me atirado pela sua janela? Acha que só um pedido de desculpas vai bastar? Fala sério, dá licença que eu quero ir pra casa. - Katrina tenta se esquivar de Grace, que se enfia novamente em seu caminho.
- Espera. Espera ok? Eu quero ajudar você.
- Eu também queria ajudar você, mas advinha? Mudei de ideia!
- Katrina né? Olha, eu também ouvi o mago, prestei atenção e ele precisa de ajuda. Tony também me disse que talvez...
- Tony? Quem é Tony?
- Eu, prazer. - Diz Tony, todo animado, estendendo a mão.
Eles se olham nos olhos, se cumprimentam por um longo momento. Momento que incomoda Grace:
- Ok, já se conheceram. Agora vamos ao que interessa? Onde está o tal mago?
- Eu...Eu Não sei, ele disse para encontrarmos umas as outras. Eu encontrei você, mas recebi ainda outros dois papéis. Não fui procurá-las, não sei quem são, e também não sei para onde devemos ir...
- Talvez eu possa ajudar. - todos ouvem a voz de um homem.
Todos se viram, seguindo a voz.
- Quem é você? - Pergunta Katrina, intrigada.
- Muito prazer, eu sou Alex.
- Alex...?
- Só Alex. Olha, não temos tempo está bem? Me escutem: Para o mago encontrar, as origens do vento devem procurar.
- Como é? - Diz Tony confuso.
- Nova Iorque! - Katrina diz alto.
- Muito bom Kate, sabia que não ia me decepcionar. - Alex se vira e sai andando, pega uma mala pelo caminho e desaparece em meio as pessoas.
- O que? - Agora, Grace estava com a mesma expressão que Tony: confusão.
Katrina revira os olhos, e então finalmente esclarece:
- Não prestaram atenção? "Se o mago quiserem encontrar, as origens do vento devem procurar." Eu fugi de um orfanato aos 7, em NY. É pra lá que temos que ir!
- Mas pra que? - Tony parece interessado.
- É que... quando fugi, não deixei muitas coisas para trás.... Apenas uma em especial.
- E o que era? Acaba logo com esse suspense!- Disse Grace, já impaciente.
- Meu colar, a única lembrança da minha família verdadeira, fui encontrada nas ruas, ainda era um bebê, apenas com o colar. - Katrina respondeu, apenas relembrando de todas as vezes em que o usara.