CAPÍTULO CINQUENTA E OITO

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Alice.

Não está fácil superar os problema.

O George sumiu por alguns dias, não o vimos e isso está sendo complicado. O meu pai o procurou por todos os lados, e isso não foi rápido.

Parecia que as horas não passavam porque foi muito tempo que ficamos presos naquele hospital, por causa de Pedro, Luna e... Leon...

O tio Pedro não conseguia acreditar no que estava acontecendo, novamente, ele se sentiu muito culpado. Soube que George sumiu e o desespero nele foi maior ainda, P conhece George. E George para o lado do seu pai, era muito forte a ligação entre os dois.

- Porra, Igor. A gente precisa ir atrás desse moleque. - Pedro disse.

- Tem dois dias que ele tá sumido. - Igor sentou-se na cadeira - George é assim. É o pai dele, deixa o garoto ficar sozinho pra pensar.

- Mas faz dias que procuramos ele e nada. - Nicole diz. - Perdi o meu marido, mas não quero perder o meu filho também.

- Aí, George sabe o que tá fazendo. Deixa o cara! - disse - Procurei ele, não achei. George vai aparecer quando se sentir melhor.

- Meu Deus, o que é que eu faço com essa vida? - passou suas duas mãos no rosto.

- Vamos beber um café, você está precisando. - Vitória a levou para fora do quarto.

Eu estava sentada ao lado do tio Pedro na maca, Vanessa e Pablo foram em casa buscar algumas coisas e comer também.

- Foi mal aí, Alice... - Pedro me olhou - mas teu namorado é impossível.

- Eu o entendo, mas estou muito preocupada com ele. Tio Leon morreu... eu não acredito nisso.

- Mas é melhor acreditar. - meu pai foi me abraçar. - George vai aparecer, vamo resolver as coisa tudo que tem pra fazer.

- Eu preciso sair dessa cama, temos que ir atrás dos filhos da puta que fizeram isso pra o Leon. - Pedro tira a coberta que estava sobre o seu corpo.

- Volta pra cama, porra. A gente vai resolver quando tu tiver de pé, querendo ou não essa desgraça eu não vou esquecer. - diz - Eu sou o que mais quer resolver. Pelo o dinheiro, a mentira e ainda mais pelo o Leon. O filha da puta atirou no meu irmão... - olhou pra Pedro. - Nos meu irmãos. E tu tem sorte de tá vivo, caralho. Eu perdi um e não quero perder o outro, então tu fica deitado pra tu não piorar aí.

- Esquenta a cabeça não, eu tô bem. - falou - Como é que vamos ficar sem ele?

Igor se sentou, passou suas mãos na cabeça pensativo. Eu via seus olhos brilhando pela as lágrimas, ele estava derrotado.

- Não sei. Eu não sei. Me falta um pedaço, não sei o que fazer sem o Leon não. - negou ao tirar as lágrimas com os dedos. - E-eu preciso pensar. Se George voltar, ele não vai querer se afastar da boca e eu não posso força-lo a sair. - olhou para mim e depois para Pedro. - Tá faltando uma parada aqui entre a gente, vai faltar pra sempre e nunca vai ser preenchido.

Pedro tava de cabeça baixa, escondia seu rosto com a mão e o suspiro estava mais forte. Meu pai negava, olhando para o nada e estava tão pensativo.

Depois disso tudo, voltamos para o morro e ocorreu o funeral do tio Leon. O caixão foi fecha como todos concordaram pela as circunstâncias passadas.

A maior tristeza de toda a minha vida foi presenciar o funeral de quem eu nunca pensei que iria ver, eu chorava muito. Ia faltar uma parte de todos nós, a saudade e todo o amor por ele ia continuar, mas ele não está mais aqui. E não vai voltar.

FILHOS DO MORRO (GDDM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora