Prólogo

37 2 0
                                    

                                   

   O exército de Alethes era fortemente preparado para proteger o seu povo, mas jamais fora preparado para um ataque sombrio e violento. Nada nem ninguém estava, e o que caiu sobre o reino naquela noite mudou completamente a história que seria disseminada dentre todos povos.

   O povo tomado por medo agitou as ruas de pedras no momento em que os guardas reais levaram uma mensagem direta do rei.
    Refugiem-se em suas casas e protejam suas mulheres e suas crianças, pois o que toma Alethes não fora identificado. Ordeno aos homens, que busquem suas armas e estejam preparados. 
As palavras reverberaram imediatamente em todos os cantos daquele reino, pois assim como uma mensagem de boas notícias corre rápido, uma má voa com o vento veloz.

   Diante do caos que se iniciava, um homem cujo a postura e o tamanho dos músculos poderiam dizer que ele era o guerreiro mais forte daquela pequena cidadela, no entanto, ali estava o ferreiro Martin, com uma calma e atenção admirável na frente de toda aquela agitação, mas não precisaria de uma explicação para o comportamento firme que ele aparentava, pois quando os olhos de qualquer pessoa encontrassem a mulher ao seu lado que carregava uma criança no ventre, saberiam a fonte daquela coragem. No momento em que a notícia chegou aos ouvidos de Martin, ele soubera no mesmo instante, que aquela não seria uma batalha para homens, porque a escuridão no horizonte era algo inexplorado e não havia mito ou música de roda que explicasse tamanho mal e nem o que abrigava.

    Martin deu um breve aceno para os outros homens que correram, então, ele segurou a mão de sua esposa e a guiou para dentro de sua oficina, para que estivesse segura. Da mesma forma, ele ordenara à seus amigos, para que levassem suas famílias para um lugar seguro e, se escolhessem lutar com ele, ou fugir, ele os apoiaria. Nada do que tomava o reino era uma escolha, então, os homens estavam livres para fugirem ou lutarem, ambos por suas vidas. A mão da esposa de Martin estava suada, entregando o quão nervosa ela estava, pois nem em seus piores sonhos, algo tão assustador chegaria ao reino de Alethes. Martin a guiou para a sua metalurgia e largou a sua mão assim que atravessou a porta. Ela poderia ficar chateada, mas sabia o motivo por trás do ato. O homem foi em direção à uma mesa retangular que tomava o centro do lugar, e , tudo o que estava sobre a mesa foi de encontro ao chão quando ele empurrou. Um desenho de um martelo surgiu na mesa de carvalho, e ela sorriria se não fosse pela situação pela qual ele estava mexendo em seu porta-joias.
     A imagem em sua mente a levou para as longas noites que via o marido talhar em um lindo e grande martelo com sua lamina. Aquela porta era uma passagem de um homem fiel aos mitos e antepassados. O homem empurrou a madeira revelando um lugar oculto, mas não por muito tempo, pois metal brilhou e a mulher lacrimejou ao se aproximar. Martin a contara que os dons de moldar ferros era uma dádiva dos deuses. Quando jovem, ela riu, mas quando ele mostrou pela primeira vez no que trabalhava, ela ficou sem palavras. A caixa de metal era quase cintilantes e divina.

— Olá crianças... — Martina encarou o que tinha dentro da caixa e respirou fundo ao puxar e espadas gêmeas curvas de doisgumes. A ornamentação dos cabos eram o que mais prendiam a atenção da mulher, depois do brilho das lâminas,um lobo, cujo a boca se fechava ao redor das mãos, e a outra, uma fênix de asas abertas. Ele guardara aquelas armas longe dos olhos, pois jamais pensou em usar. Elas eram suas obras de arte, esculpidas e detalhadas como joias. Martin era um artista de guerra se preparando para o que talvez fosse sua última luta e primeira ao lado de suas duas crianças metálicas.
— Venha, Agnes...—  Martin disse ainda virado de costas. Ela se aproximoueainda mais e ele virou com uma armadura apenas para o peito e colocou sobre a cabeça de sua mulher. Agnes vestiu e sentiu o frio do metal. Tilintar metálico soou quando Martin organizou um protetor àsua barriga. Os olhos da mulher encheram de lágrimas.
— Um bom guerreiro não vai à luta sem armadura. — Martin disse se curvando lara beijar a protuberância no ventre se Agnes.
— Ou guerreira... — Martin acenou com brilho nos olhos e em seguida, tomou as lâminas do local e as embainhou nas costas cruzando-as.
  Se fosse para proteger sua família, ele lutaria com o próprio rei se fosse necessário. Mas ele soubera no momento em que saiu da pelos pequenos pilares, que Vadélis enfrentaria algo inumano e ele morreria por sua família.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 01, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Renascidos Do TronoOnde histórias criam vida. Descubra agora