Um flash back.

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Algumas horas haviam passado naquele dia, Giovanna ainda se encontrava sentada em sua poltrona, de frente ao notebook e resolvendo questões de seu trabalho.

12h00, o sinal da escola toca, fazendo a mulher sair de seus devaneios, finalmente um tempinho para almoçar, descansar.

Respira fundo, envia um último e-mail para fechar negócio sobre o baile que aconteceria na escola. Os alunos adoravam! Antonelli também, gostava da animação dos adolescentes.

Enviando o e-mail, leva sua mão ao notebook e fecha-o. Levanta da cadeira, passando as mãos por sua saia, ajeitando sua roupa rapidamente.

Faz um coque desajeitado em seu cabelo caminhando até a poltrona onde estava sua bolsa, pega o objeto e caminha até a porta, abrindo-a e fechando a mesma em seguida assim que saiu.

── Diretora! ─ Disse uma aluna simpática que era muito apegada a Giovanna, Nanda.

── Nanda! Como você está, querida? ─ A diretora não hesitou, envolveu a menor em um abraço apertado, a aluna retribuia com total carinho.

Eram apegadas uma a outra, Antonelli tinha um carinho enorme por Nanda. Infelizmente o pai da garota tinha falecido, e, em Giovanna foi onde Nanda achou confiança, consolo.. um abrigo novamente.

Afinal, Pedro, pai de Nanda, sempre foi muito amigo de Antonelli. E, depois do ocorrido, Giovanna prometeu cuidar dessa garota com unhas e dentes, e cumpriria a promessa.

~ Flash back On. ~


── Não! Não.. por favor, não! ─ Nanda gritava, enquanto via os assaltantes baterem fortemente em seu pai. ── Por favor! Não façam nada com ele, por favor! ─ Implorava, sentindo seus olhos marejarem, rapidamente seu rosto já estava molhado em lágrimas, Nanda não sabia o que fazer.

Se soubesse que uma ida ao shopping causaria a morte de seu pai, certamente nunca teria pedido para ir. Ela só queria se divertir com o mais velho, eram grudados desde a morte de sua mãe.

── Para de gritar, porra! Mas que caralho! Fica quietinha! ─ O rapaz que estava com uma máscara preta e uma faca em mãos, gritava com a menor.

Nanda estremecia de medo, mas, mesmo assim, se mantinha forte para fazer o possível e o impossível para ajudar seu pai.

Ela tentava tirar os assaltantes de cima do mais velho, o pai de Nanda era um empresário, era bem de vida no quesito financeiro e tinha alguns inimigos ao decorrer de sua vida.

A garota não sabia no que o pai era envolvido, mas, certamente não dava o direito para dois homens armados atacarem ele.

O outro assaltante empurrou a menina, que bateu as costas na parede, fraca, caindo sobre o chão, um pouco desacordada.

"Bora, bora sair daqui, porra!" Eles falavam um para o outro, o movimento foi se acalmando, eles haviam fugido. Nanda abria os olhos com dificuldade, logo lembrou o que estava acontecendo.

Mesmo sem forças, correu em direção ao pai, eles estavam na garagem do shopping, e era estranho não ter nenhum policial ali, a menina pensou, mas logo deu de ombros, queria fazer algo para salvar seu pai.

Se jogou ao lado do mais velho, segurando seu rosto, tentando ver se ainda existia vida, embora a visão fosse terrível para uma filha.

── Pai.. por favor, acorda! Já passou, estamos bem, sim? Acorda! ─ Dizia segurando o rosto do mais velho, lágrimas escorriam do rosto da menor, ela não sabia o que fazer.

Deitou sua cabeça sobre o peito de seu pai, sentindo assim a outra parte de seu coração indo embora, se partindo, despedaçado.

A outra parte foi embora quando perdeu sua mãe, uma mulher tão forte e tão amorosa com Nanda.

Era você. (Incompleta)Onde histórias criam vida. Descubra agora