Capítulo 14 ✔

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O AMANHECER PRIMAVERIL de Dreamland surgiu magnificamente nas distantes cordilheiras do horizonte, quando o sol deixou a sua morada e espantou todo o anuviado que encobria o escuro céu da madrugada

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O AMANHECER PRIMAVERIL de Dreamland surgiu magnificamente nas distantes cordilheiras do horizonte, quando o sol deixou a sua morada e espantou todo o anuviado que encobria o escuro céu da madrugada.

Aqui estou, corroído pela culpa e pela saudade, observando solitariamente o despertar da cidade através da sacada. Depois de fazer o que tinha de ser feito, eu ainda ouso sentir falta dela.

Foram semanas tão amargas, sozinho em meu apartamento, lutando contra os recorrentes demônios que rastreia minhas fraquezas e tenta me lançar ao abismo.

Os flashes de quando voltei a vê-la depois de tanto tempo distante — evitando-a e lutando contra a dolorosa vontade de procurá-la, dizer que tudo estar errado e que meu lugar é ao seu lado — voltam a me atormentar sem nenhuma permissão.

Cada detalhe passa diante de mim como um filme; ela saindo da casa da tia, recuperada, linda, saudável e sem nenhuma dificuldade depois de semanas em rigoroso tratamento no hospital English; o sorriso espontâneo e brilhante que dirigiu ao garoto em que vi acompanhá-la ao Mason Night Pub; a suavidade de cada movimento, forte, etérea... estava claro para mim: Anna estava feliz sem me ter por perto.

Foi dureza assistir a interação tão íntima com àquele moleque.

Meus punhos estavam cerrados e tensos, posicionados para agir e ferir, prontos para tomar o que é meu por direito. Direito... francamente, que direito eu tinha, afinal?

 Porra, eu não significava nada mais para àquela menina. Não era um problema que me dizia respeito, mas apesar de todas as coisas que dizem que não posso e não devo, por que diabos era tão malditamente insuportável ver qualquer outro tocando-a, abraçando-a e tentando roubar suas risadas tão adoráveis?

Eu tinha que dissipar o maldito rastro dessa garota da minha vida, seguir em frente, ser discrepante e normal. Não poderia ser tão difícil, considerando o longo e traumático caminho que fui obrigado a fazer na tentativa de me livrar dos desastres de meu torturante passado.

Mas, eu sou um homem tolo quando se trata de sentimentos e estou sendo corroído por muitos deles.

Saudade e raiva que estão doendo em mim, paixão e descontrole dilatando-se e tomando conta de tudo. É enervante.

Tenho perseguido essa menina como um demônio à espreita, contido em minha ruína, observando-a de longe em cada chance que posso desde que rompemos com o que tínhamos.

Anna é persistente mesmo a vulnerabilidade descrevendo-a, eventualmente. Não desistiu, lutou, com paciência e dedicação recuperou-se da consequência daquele infeliz acidente e foram longas e dolorosas semanas de fisioterapia.

Amores Proibidos - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora